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Era uma manhã calma, e o templo estava envolto em uma serenidade que quase podia ser tocada. Buddha, com seus olhos fechados e seu rosto sereno, meditava em silêncio. Embora fosse um deus iluminado, capaz de enxergar além das preocupações mundanas, ele ainda sentia uma conexão com os humanos e seus sofrimentos. Ele estava ali, ouvindo as orações, sentindo cada súplica que chegava até ele.
Então, uma oração diferente surgiu. Era uma voz delicada e desesperada, quase um sussurro, mas cheia de angústia. Buddha abriu os olhos lentamente, curioso com a intensidade daquele pedido. Na entrada do templo, uma jovem ajoelhava-se, os olhos fechados e as mãos unidas em uma prece sincera. Sua figura era frágil, marcada por um cansaço que não combinava com sua juventude. Ela parecia carregada de uma dor profunda, e ele percebeu que ela estava buscando mais do que proteção — ela buscava esperança.
A jovem era S/n, uma seguidora que viera ao templo, buscando um refúgio do tormento que enfrentava em sua própria casa. Seu pai, um homem abusivo, controlava cada aspecto de sua vida, e ela havia vivido anos de medo e solidão. Naquele dia, ela decidiu que não podia mais suportar, e com o coração pesado, decidiu buscar o apoio e a proteção do único ser que acreditava poder salvá-la.
— Buddha, por favor... — ela sussurrou, a voz entrecortada pelas lágrimas. — Eu não aguento mais. Preciso de forças para seguir em frente. Por favor, me ajude a encontrar uma saída.
Buddha a observou por um instante, sentindo um aperto no peito. Ele, que já havia alcançado o desapego do mundo material, sentiu um estranho desejo de ajudá-la de forma mais profunda. A pureza daquela súplica tocou algo dentro dele, e ele decidiu que não a deixaria sofrer sozinha.
Em um piscar de olhos, ele apareceu à frente de S/n, sua figura irradiando uma leve luz dourada. Ela ergueu o rosto, surpresa ao ver o deus que venerava em carne e osso à sua frente. Buddha sorriu suavemente, estendendo a mão para ajudá-la a se levantar.
— Não precisa mais ter medo, S/n — ele disse, a voz calma e tranquilizadora. — Estou aqui para ajudá-la, e você não está mais sozinha.
As palavras dele pareceram penetrar em seu coração, enchendo-a de um calor que ela não sentia há muito tempo. S/n olhou para ele, os olhos marejados de gratidão, e sem pensar duas vezes, lançou-se em seus braços. Buddha hesitou por um breve instante, mas então envolveu-a em um abraço reconfortante, sentindo a fragilidade dela e o quanto precisava de alguém que a apoiasse.
Os dias passaram, e Buddha continuou aparecendo para S/n, sempre que ela vinha ao templo. Ele a ajudou a encontrar forças dentro de si mesma, encorajando-a a ter coragem e a buscar sua liberdade. Juntos, passaram longas horas conversando sobre a vida, o sofrimento e a possibilidade de renascimento. Aos poucos, ela foi recuperando a esperança, o que antes parecia impossível agora era uma realidade tangível, graças ao apoio de Buddha.
Conforme o tempo passava, algo mais profundo cresceu entre eles. Buddha, o deus que alcançara a iluminação, sentiu seu coração bater de uma forma diferente quando estava com ela. Ele sabia que o que sentia ia além do simples desejo de protegê-la. Havia uma admiração silenciosa, um carinho que o fazia querer vê-la feliz, querer vê-la livre de todas as correntes que a prendiam.
Uma tarde, enquanto caminhavam pelo templo, Buddha se virou para S/n, o olhar suave e a expressão gentil.
— S/n, você me ensinou algo que eu havia esquecido — ele começou, a voz baixa, mas cheia de sinceridade. — Ao tentar ajudá-la, descobri que mesmo alguém como eu, que renunciou ao mundo, pode ainda sentir um amor puro e sincero.
Ela o olhou, surpresa e emocionada. A ideia de que o próprio Buddha pudesse nutrir sentimentos por ela parecia algo impossível, mas, ao mesmo tempo, tudo fazia sentido. A maneira como ele a olhava, como estava sempre ao seu lado, tudo isso a fazia perceber que havia algo além da simples compaixão.
— Buddha... — ela disse, a voz trêmula. — Você me deu uma nova vida, algo que eu nunca pensei que poderia ter. — Ela segurou sua mão, entrelaçando os dedos nos dele. — Se não fosse por você, eu nunca teria encontrado a coragem para seguir em frente.
Eles permaneceram em silêncio, apenas sentindo a presença um do outro. Buddha, que sempre buscou a paz interior, encontrou-se em paz com aquele sentimento. Ele sabia que o amor que sentia por S/n era especial, um amor que transcendia o físico e alcançava a própria alma.
A partir daquele dia, S/n continuou a viver sua vida com a força e a coragem que Buddha lhe ensinara, sabendo que ele sempre estaria ao seu lado. E Buddha, por sua vez, nunca deixou de velar por ela, seu coração conectado ao dela de uma forma que nenhuma barreira divina poderia romper.
Mesmo em sua eterna iluminação, ele carregava o amor por S/n, um amor que o lembrou da humanidade e de que, às vezes, o maior poder de um deus está em ser tocado pela simplicidade do coração humano.
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Esse cap ficou uma merda, desculpa! To meio triste esses dias
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One-shots Ror
FanfictionAlguns One shots de ror onde estará focado na S/n, seja como esposa, amiga, irmã ou filha, yep! É versão feminina, outra hora faço de um ponto de vista masculino Nem os personagens e nem a capa são meus! 🥇 Poseidon - 21/11/2024