One-shots Ror

Nikola tesla 📚

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Desde o primeiro dia em que pisou na sala de física, S/n soube que aquela seria sua matéria mais desafiadora. Ela sempre preferiu o palco às fórmulas complexas, onde a dança a fazia sentir-se livre, ao contrário das equações que a deixavam confusa. Mas, para passar de ano, precisava melhorar em física, e isso era um problema que nem toda a paixão pela dança resolveria.

Foi então que, durante uma aula, Nikola Tesla, o aluno mais dedicado e conhecido por seu amor à ciência, percebeu sua dificuldade. Ele era sempre o primeiro a levantar a mão nas aulas, o garoto com um brilho no olhar toda vez que o professor mencionava uma nova teoria.

Ao fim da aula, com uma coragem que nem ele sabia que tinha, Nikola se aproximou.

— S/n, eu vi que você tem um pouco de dificuldade na matéria — ele começou, ajeitando os óculos com nervosismo. — Eu poderia te ajudar, se você quiser. Acho que posso explicar de um jeito que fique mais fácil.

S/n sorriu, surpresa e grata pela oferta.

— Sério? Eu adoraria, Nikola! Obrigada! Talvez assim eu consiga não repetir de ano — disse, rindo.

E assim, começou a rotina de estudos. Todos os dias após as aulas, eles se encontravam na biblioteca, onde Nikola pacientemente explicava cada conceito. Às vezes, ele desenhava esboços engraçados para ilustrar as leis da física, arrancando risadas dela, que rapidamente se afeiçoou ao jeito tímido e encantador dele.

                                                                                                                                                                                            

Certo dia, enquanto ele explicava as forças gravitacionais, S/n o interrompeu:

— Sabe, Nikola, você é muito diferente dos outros garotos. Eles só falam de futebol ou do que vão fazer no fim de semana, mas você... você realmente gosta do que estuda.

Nikola ficou vermelho, surpreso com o comentário.

— É que... a ciência me fascina — ele admitiu, com um sorriso tímido. — E, bom... estou gostando de ajudar você também.

S/n notou o leve tom de hesitação na voz dele e sorriu, percebendo que estava gostando mais de suas sessões de estudo do que imaginara. Aos poucos, ela começou a perceber detalhes que a faziam admirar cada vez mais Nikola: o jeito como ele se concentrava ao explicar algo difícil, a forma como ele parecia se perder em seus próprios pensamentos, e a gentileza que mostrava em cada gesto.

Os dias foram se passando, e S/n foi se tornando mais confiante nas matérias. No entanto, nem ela poderia negar que a cada encontro estava mais focada em estar ao lado de Nikola do que nas próprias lições. Mesmo quando ele falava de teorias que ela ainda não compreendia, sua presença era suficiente para fazer o tempo passar de forma agradável.

                                                                                                                                                                                     

Finalmente, o dia da prova chegou. S/n sentia um misto de nervosismo e empolgação. Ela queria fazer bonito, tanto para provar a si mesma quanto para retribuir o esforço de Nikola.

Quando a prova terminou, ela se encontrou com Nikola na saída. Ele parecia tão ansioso quanto ela, aguardando o resultado.

— E aí, como foi? — ele perguntou, nervoso.

— Eu... eu acho que fui bem! Pela primeira vez, tudo fez sentido! — S/n disse, sorrindo de orelha a orelha.

No dia seguinte, os resultados foram divulgados, e S/n havia conseguido uma nota excelente, surpreendendo a todos — inclusive a si mesma. Com os olhos brilhando, correu até Nikola, que a esperava em frente à escola, com um sorriso tímido.

— Consegui, Nikola! Passei na prova! — disse, abraçando-o sem pensar duas vezes.

Ele ficou paralisado por um momento, sentindo o coração acelerar com o abraço inesperado, mas, aos poucos, um sorriso suave surgiu em seu rosto.

— Eu sabia que você conseguiria — ele disse, com uma voz baixa, quase como se estivesse falando apenas para si mesmo.

S/n se afastou, ainda sorrindo. Ela esperava um simples "parabéns", mas então Nikola respirou fundo, como se estivesse reunindo toda a coragem que tinha, e olhou nos olhos dela.

— S/n... eu... — Ele hesitou, e as palavras pareceram travar em sua garganta. — Gostaria de fazer algo para comemorar. E, bom... na verdade, eu tenho uma coisa para te perguntar.

Ela arqueou uma sobrancelha, curiosa.

— O que seria?

Nikola mordeu o lábio, tentando reunir coragem.

— Eu gostaria de te pedir para ser minha namorada. — As palavras saíram de um só fôlego, e ele a olhou com expectativa e uma certa ansiedade.

S/n o encarou, surpresa, antes de abrir um sorriso radiante.

— Nikola... é claro que eu aceito! — respondeu, sem pensar duas vezes.

Ele pareceu relaxar, e um sorriso tímido iluminou seu rosto. Naquele momento, ambos perceberam que, além das lições e dos encontros de estudo, algo especial havia crescido entre eles, um laço que só o tempo e a proximidade tinham construído.

Assim, entre risos e novas descobertas, os dois se tornaram inseparáveis, compartilhando não apenas as lições de física, mas também a emoção de um primeiro amor que tinha nascido de encontros inesperados e momentos simples.

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Fim! Obrigado por ler

não revisado. (802 palavras)