Entre linhas e fardas

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Laura sabia que a situação estava se agravando e que precisava agir rapidamente. A pressão estava aumentando e a possibilidade de perigo real para sua família e Henrique a deixava inquieta.

"Mãe, não podemos apenas esperar que eles venham até nós. Precisamos ser proativos. Podemos usar as informações que temos e trabalhar juntos para desmantelar essa ameaça," Laura sugeriu, com determinação.

Heloísa olhou para a filha, admirando sua coragem. "Você tem razão, Laura. Precisamos nos unir e enfrentar isso como uma família. Vou convocar uma reunião com Lucas e Henrique. O que estamos lidando não é apenas uma ameaça vazia; é sério."

Laura assentiu, sentindo a urgência da situação. "E se eles souberem que estamos nos preparando? E se atacarem antes que possamos agir?" ela perguntou, inquieta.

"Precisamos ser cautelosos. Vamos fazer isso em sigilo e preparar um plano de segurança. E, por favor, evite ir a lugares arriscados por enquanto," Heloísa pediu, sabendo que era difícil para Laura abrir mão de sua liberdade.

Com o coração pesado, Laura concordou. "Está bem, mãe. Farei o que for preciso."

Assim que a reunião foi marcada, Laura e Heloísa se prepararam. Lucas, sempre protetor, chegou à delegacia com uma expressão grave. "O que está acontecendo? Por que você me chamou assim?" ele perguntou, olhando de Heloísa para Laura.

"Precisamos conversar sobre as ameaças que estamos recebendo. É sério e precisamos de um plano," Heloísa disse, chamando Lucas para se sentar.

Laura explicou a situação, detalhando as mensagens anônimas que a mãe havia recebido e como isso poderia afetar todos eles, especialmente Henrique. "Ele é um alvo devido à sua posição no BOPE. Precisamos protegê-lo e a nós mesmos."

Lucas franziu o cenho. "E Henrique? Como ele está lidando com isso?"

"Ainda não conversei com ele. Queria que tivéssemos um plano antes de envolvê-lo. Ele já está sob pressão, e não quero que se preocupe mais," Laura respondeu.

"Você precisa falar com ele. Henrique precisa saber que ele é parte da sua vida e que estamos todos juntos nessa," Lucas afirmou, seu tom firme.

Laura hesitou, mas sabia que Lucas estava certo. "Sim, eu vou falar com ele mais tarde. Precisamos que ele esteja ciente do que está acontecendo e de que estamos aqui para apoiá-lo."

Depois de discutirem as estratégias, Heloísa e Lucas decidiram que seria melhor aumentar a segurança em torno da família. "Vou pedir para a equipe do BOPE fazer patrulhas em volta de casa e garantir que tenhamos segurança 24 horas," Heloísa disse, já pegando o telefone para iniciar os arranjos.

Laura se sentiu um pouco mais aliviada com o plano em ação, mas sua mente estava preocupada com Henrique. "Eu realmente espero que ele entenda e não fique irritado por estarmos tomando essas precauções," pensou.

Mais tarde, ao encontrar Henrique na academia onde costumavam se encontrar, Laura estava nervosa. Ele estava suado e focado, mas ao vê-la, seu rosto se iluminou. "Oi, você está bem?" ele perguntou, limpando o suor da testa.

"Oi, eu... precisamos conversar," Laura disse, puxando-o para um canto mais tranquilo. "É sobre a situação que estamos enfrentando."

Henrique imediatamente ficou sério. "O que aconteceu? Você está preocupada."

Laura respirou fundo. "Sim. Minha mãe recebeu mais mensagens anônimas. Eles estão fazendo ameaças e podemos estar em risco, especialmente você," ela explicou.

Henrique estreitou os olhos. "Você não deveria estar preocupada com isso. Eu posso me cuidar. O que eles querem?"

"Eles querem vingança. Não só contra você, mas contra toda a nossa família. Eles deixaram claro que você é um alvo por ser capitão do BOPE e por estar perto de mim," Laura disse, sentindo o peso de suas palavras.