AMOR EM CONTRATO -CAMREN G!P DARK ROMANCE

11

Camila.

A lua estava alta no céu, e a luz suave filtrava-se através das folhas das árvores. Com um suspiro de alívio, respirei fundo, sentindo o cheiro da terra fresca e a sensação de liberdade que vinha da ausência de Lauren. Ela tinha saído, e eu finalmente estava sozinha.

Decidi aproveitar esse momento de tranquilidade e me conectar com a natureza, então peguei uma pequena pá e fui para os fundos do jardim, onde havia um espaço vazio que parecia clamar por vida. Comecei a cavar, movendo a terra com um ritmo relaxante, enquanto plantava uma muda. Havia algo de terapêutico naquele ato, e eu me deixava levar pela simplicidade da atividade, esquecendo, mesmo que por um momento, a tensão entre mim e Lauren.

Aos poucos, o som de vozes e risadas dos seguranças, jogando cartas na sala, começou a se dissipar. Estava completamente sozinha, com apenas os pássaros como companhia. O momento de paz foi, no entanto, interrompido por uma sensação estranha que começou a me incomodar.

Algo na grama chamou minha atenção. Era uma área que se destacava, diferente do restante do gramado. Olhei ao redor, garantindo que ninguém estava me observando, e me aproximei com cautela. Um calafrio percorreu minha espinha ao notar que a grama parecia se mover, como se algo estivesse escondido por baixo. A curiosidade tomou conta de mim.

-Que porra é essa? -Murmurei, cutucando a grama com o pé. A parte superior balançou levemente, revelando um pedaço de madeira escura sob a superfície. Meus batimentos cardíacos aceleraram enquanto eu me agachava para investigar mais de perto.

Com as mãos trêmulas, comecei a puxar a grama, descobrindo que era falsa, como um disfarce para o que estava por baixo. Um alçapão de madeira velha apareceu, seu tom escuro quase camuflado entre as raízes das plantas. Um xingamento escapou dos meus lábios, surpresa por finalmente ter encontrado a entrada para o tal porão que tanto me intrigava.

-Nem fudendo. -eu disse para mim mesma, olhando fixamente para o alçapão. Havia uma sensação de excitação misturada com medo. A ideia de que algo obscuro e desconhecido estava escondido logo abaixo de mim era quase insuportável.

Movida pela adrenalina, tentei abrir o alçapão, mas a madeira era pesada e ressoava com um som surdo quando eu puxava. Fiquei frustrada, desejando desesperadamente descobrir o que havia ali. Eu havia finalmente encontrado. Com um impulso, corri de volta para onde tinha cavado o pequeno buraco e peguei minha mini pá novamente.

Voltei até o alçapão, determinado. Com um esforço considerável, coloquei a pá sob as bordas, forçando-a a se levantar levemente. A madeira rangia, e o cheiro de mofo subia, misturando-se ao aroma da terra que eu acabara de mexer. Com um último empurrão, finalmente consegui abrir a entrada.

Um pequeno clarão se formou à minha frente, revelando uma escuridão que parecia engolir a luz do dia. Meu coração disparou, e a mistura de medo e curiosidade fez meu estômago revirar. O que havia ali embaixo? Com um passo hesitante, me inclinei para olhar dentro do buraco. A escuridão era profunda, e um frio cortante emanava do porão.

"Camila, você realmente vai fazer isso?"

pensei, enquanto o eco da minha própria voz se dissipava. Mas não havia como voltar agora. A curiosidade era maior do que meu medo. Eu precisava saber o que Lauren estava escondendo.

Com um último olhar para o jardim, respirei fundo e me preparei para descer. A adrenalina pulsava em minhas veias, e a sensação de que estava prestes a descobrir algo que mudaria tudo me deixou nervosa. Com um pé, entrei no alçapão, mergulhando na escuridão e nos segredos que ela guardava.

Minhas mãos tremiam enquanto eu descia os degraus do alçapão, a escuridão envolvendo-me como um manto opressor. O cheiro de mofo e metal se misturava, criando uma atmosfera densa que fazia meu estômago revirar. Cada passo era uma batalha entre a curiosidade e o medo, e a única coisa que eu conseguia pensar era no que eu poderia encontrar.