Provocações no 𝑪𝒂𝒓𝒏𝒂𝒗𝒂𝒍

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Stela estava diante do espelho, penteando os longos cabelos ruivos com paciência

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Stela estava diante do espelho, penteando os longos cabelos ruivos com paciência. A luz suave do abajur refletia nas madeixas, enquanto ela prendia os fios em um rabo de cavalo. A porta do quarto se abriu, e Douglas apareceu, encostando-se na moldura com um sorriso impaciente.

— Vai demorar mais quanto tempo? Tô quase te largando aqui — provocou, cruzando os braços.

Stela lançou-lhe um olhar pelo espelho e, sem hesitar, passou por ele e deu um leve tapa na cabeça do irmão.
— Já tô pronta, moleque.

Douglas se virou, rindo.
— Tá feia como sempre.

Ela arqueou uma sobrancelha e respondeu:
— A feia aqui pega mais mulher que você.

Douglas gargalhou.
— Espera só mamãe ouvir isso.

— Eu ia gostar — Stela sorriu ajustando o colar em seu pescoço.

— Você adora provocar ela, né? — Douglas perguntou, balançando a cabeça, rindo.

Stela deu de ombros.
— Gosto de ser a ovelha negra da família. Alguém tem que carregar esse título com orgulho. Agora, vamos logo, antes que eu mude de ideia.

Douglas abriu um sorriso e fez um gesto de reverência.
— Sim, sua majestade da rebeldia.

Ambos saíram em direção ao carro alugado, onde Douglas se jogou no banco do motorista. Stela entrou logo atrás e se abanou com a mão, sentindo o calor abafado da noite carioca.

— Tá quente demais aqui — reclamou. 

Douglas deu partida no carro, ajustando os espelhos com um sorriso.
— Assim que é bom.

Stela fez uma careta.
— Eu prefiro o frio.

Douglas deu uma risadinha e lançou-lhe um olhar rápido.
— Você diz isso porque não gosta de praia.

— Não gosto mesmo. Mas gosto da farra carnavalesca — ela admitiu com um sorriso.

Douglas gargalhou enquanto acelerava pelas ruas da cidade.
— Sempre a contradição ambulante, hein, Stela?

— E você sempre o clichê do irmão caçula mulherengo.

— Ei! Eu sou um romântico incompreendido.

— Claro que é. E a prova disso é que você não lembra nem o nome da menina por quem disse estar apaixonado ontem.

Douglas deu uma risada gostosa.
— Ah, não começa! Eu tava... distraído.

Stela balançou a cabeça, rindo.
— Você é um caso perdido, Doug.

Ele piscou para ela enquanto virava a esquina.
— E você me ama assim mesmo.

Stela soltou uma risada, batendo de leve no braço do irmão.
— Fazer o quê? Alguém tem que amar.

A música tocava baixinho no rádio, acompanhando a conversa descontraída dos dois enquanto o carro serpenteava pelas ruas do Rio.

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