Simon sempre achou Hayle estranha.Achava ainda mais quando eram pequenos,a irmã vivia trancafiada dentro do quarto conversando com seu amigo imaginário Bag's,que na versão de Hayle,batiam um longo papo todas as noites.E agora a irmã estava ali,rindo feito hiena,com os olhos esbugalhados derramando água.Simon conteve a vontade de correr,mais como era um macho alfa deveria manter a pose,impinou a crista ruiva de galo para trás,andou desconfiado até o toalhete,tomando a devida prevencão de olhar a todo o momento para ter certeza que a maluca não o seguia.Fechou a porta do banheiro,arriou o pouco de sua roupa,deixando a bengalona de fora.Sorriu aliviado ao tirar a "água do joelho",até permitiu-se um peidinho,terminou de mijar saindo do banheiro sem ao menos lavar as mãos.Simon sentou novamente procurando no bolso da calca por um maco de cigarro,cacou o Hollywood,mais so encontrou algumas camisinhas,baseado enrolado para o próximo tapa, e um pacote de Malboro,acendeu bufando,detestava perder suas coisas ainda mais um cigarro como aquele, o fumou do mesmo jeito.
A verdade era que seu nome era Joe,igual o do pai.Mas sempre achou um nome de viado,era mais sensato opitar por Simon,um nome legal e bacana,a única coisa boa que o pai fez por ele em vinte anos.Simon já tinha quase trinta anos de idade,e ainda morava na casa do pai,ocultava a imensa vergonha que sentia pelo fato de Hayle ser oito anos mais nova e já estar com a vida ganha,e lá estava Simon o fanfarrão e mulherengo não tinha emprego e nemum puto no bolso.Era além do foda estar naquela situacão,mesmo que achasse Hayle maluca e retardada tinha certa adimiracão pela irmã,até mesmo inveja e ciúmes dependendo do momento.A garota sempre foi o xodó do velho,tudo ele fazia para ela deixando Simon de sobra.Depois que a mãe partiu ficou sem chão,Sarah era tudo o que Simon tinha,cuidava dele,contava historinhas antes de dormi e dizia sempre que o amava imensamente quando sentia que o filho estava enciumado o absmado com alguma coisa,beijava sua testa todas as noites deixando a luz do abajû acesa,mesmo que o menino contrariasse e afirmasse que não tinha nemuma aversão ao escuro.Fora sempre assim até sua mãe ir embora.Naquela noite Simon havia sido colocado de castigo pelo pai,pois tinha passado a máquina de corta grama nas bonecas de Hayle,o pai nunca lhe bateu nem mesmo Sarah sua mãe.Simon havia notado o comportamento estranho dos pais,nunca mais tinha visto eles trocando qualquer tipo de carícia,e nos últimos meses de verão viviam como Tom e Jerry,via o pai bater na mãe pelo menos duas vezes,pelo o que recordava,mais viu que naquela dia a mãe estava de saco cheio.Simon nunca via a mãe em casa,ela sempre dizia estar na casa de sua irmã,a tia Molly a três quadras dali,onde levava ele e Hayle para brincar com Jody o primo mais novo.Nunca suspeitou de nada,até ver a mãe saindo de um taxi,onde um homem acenou deixando-a na porta de casa,isto já eram 22:45 ,a noite em que os pais discutiram e a mãe foi embora.Simon ficou parado a porta do quarto enquanto via Hayle descabelada e inconsolável bater a porta segurando a Lisa,a boneca de pano ,com o pijama de bolinha conpletamente encharcado.Observou tudo da porta,desdo do momento que a mãe saiu do quarto com a metade da face rouxa avermelhada pegar Hayle e sumir na escuridão,Sarah voltou meia hora depois secando lágrimas que não paravam de cair.A mãe entrou no quarto e fechou a porta,fora pouco o que pode ouvir.O pai estava mais calmo e murmurava:__Por quê Sarah,por quê?__Como vão ficar?Como vou ficar?
Mais Simon só ouviu um fechar de mala, lágrimas,e sua mãe sair pela porta deixando o ambiente em um silêncio gutural.No dia seguinte viu da janela do quarto o pai corta lenha desolado,totalmemte sem chão.Partia uma depois outra e outra,logo depois enchia a cara até cair,tia Molly e alguns vizinhos próximos o trazendo para a casa um homem totalmente contrário do pai que conheceu.Com o passar do tempo o velhote perdeu peso,fumava feito viciado e dava murros em Simon sem motivos.O velho Joe sempre se mostrava diferente para Hayle,trava a menina como uma boneca de porcelana,por isso Simom nunca brincava com a irmã,porque se por caso ela caisse no chão e ralasse o joelho Simon Laurence estaria fodido e a culpa sempre era dele.Simom nunca fora de ter muita paciência,ainda mais para com o pai,era sempre assim,sempre que Simon colocava o pé dentro de casa o pai começava.Levantava a bunda do sofá com uma garrafa de conhaque nas mãos e o controle remoto no outro,trazendo consigo uma série grotesca de insultos.
__Onde você estava seu patife filho da puta?__Lembrou que tem casa lembrou?_zombava o velho dando mais um trago logo voltando a falar.
Como Simon não perdia o humor,também entrava na"brincadeira".__Arrumando um emprego._zombou tapando a boca com a mão para esconder o riso,mais seus olhos o denunciaram.
__Está rindo do quê seu merdinha?_Vá lava a merda daquela louça antes que eu de nessa sua cara de cacrudo!_brandia sacodindo o controle de um lado para o outro cospindo as palavras no rosto de Simon.Quando a Simon,não dava a miníma para o velho Joe que latia paralvrões fora de si.Era uma exelente manhã até o pai descer para tomar café.Assim que Simon viu o pai apagou o cigarro jogando metade do filtro dentro do jarro de tulipas que se encontravam em cima da mesinha de centro.O pai o olhou com certo rancor,como se o filho fosse o Alzaimer que levara sua mãe.Podia ser apenas imaginação de Simon ou o efeito da droga mais pode sentir que o pai gostava dele,nem que fosse do tamanho de um grão de mostarda.O velho beijou Hayle em ambas as faces,depois que a filha pediu sua benção,ele se dirigiu a Simon com um bom dia seco,mais do mesmo modo era um bom dia,pensou Simon.Quando viu o pai beijar Hayle,pergunta como fora sua noite,o modo com a tratava sentiu uma profunda tristeza,não só pelo fato de enveja-la,mais no fundo Simon quis ser Hayle naquele momento.Nunca esperimentou com era sentir um carinho de pai,daria tudo para sentir, nem que esse dia fosse no dia de sua morte.Mais Simon guardou seus pensamentos platônicos para si mesmo,como sempre fazia.
Depois do acesso de riso Hayle deu bom dia a Simon que retribuiu com um aceno de cabeça.Simon olhou Hayle ir até a cozinha preparar o café,até mesmo sorriu quando a viu queimar a língua com a colher quente,por um momento ele se sentiu parte da família,ou o que restou dela.Por mais que não demonstrasse Simon se preocupava com o pai.Havia semanas que o pai estava tossindo,tia Molly tentou inumeras vezes levar o velhote até o hospital,mais como os velhos sempre são cabeças-dura,o pai rejeitou a ajuda.Batia no torax dizendo que estava com a saúde em dia até desmaiar no vaso.Em outras situações Simon se mijaria de tanto ri,mais naquele momento esteve realmente preocupado.Hayle também havia notado a tosse seca e sem catarro do pai,ele trocou olhares misteriosos com ela.Hayle apenas arqueou a sombracelha como quem diz:__"É,eu também percebi".Joe notou a conexão estranha dos filhos,mais ainda sim fingiu de cego.Simon já havia tentado mudar de vida,mais a paciência não permitia.Por mais que ele tentasse a raiva lhe subia a cabeça,e no final sempre mandava seu chefe se ferrar e batia a terra dos pés seguindo em frente.O velho Joe não colaborava muito,sempre que Simon voltava para casa depois de uma entrevista de emprego zombava o filho.Então Simon opitou em entrar para o mundo do crime e do crack até o armamento ilegal.O pai sempre pagava sua fiança dando-lhe um pescotapa toda a vez que Simon se envolvia em algum merda.Sempre quis dar orgulho ao pai com Hayle lhe dava,queria arrumar um bom emprego,conhecer uma garota legal,ter filhos,emfim,contruir uma família que nunca teve,bem,essa baboseira toda que "Almofadinhas"fazem.Mais seus sonhos ainda estavam muito distantes,ou até mesmo impossíveis de se concretizarem.Engoliu o seu baicon,abotou a blusa e saiu.