O taxi parou em frente a Antonie.
PagueiR$:25,90 pela corrida até ali.
Evitei olhar-lo nos olhos,não me lembro de ter visto quele homem peranbulando pelas ruas novayorquinas,pensei que era algum tipo de cigano,ou bruxo sei lá,nunca fui de acreditar muito nessa merda toda,para mim era Deus e o Demônio e estava tudo certo.
Após sair do veículo,caminhei até o hall de entrada,mas antes parei para observar o estranho homem que sorria e acenava,como se eu fosse uma velha amiga de longa data.
Mais...foi como se o cara já me conhecece.
Bem,deixei para lá o pensamento de mau agouro(não sei nem que Diabos era aquilo),parti rumo a entrada da Antonie.
A Antonie era uma das melhores editoras de Nova York,sua entrada reluzia com todo o seu explendor o mármore branco,as letras prata quase cegavam os olhos dos pedestres que ali transitavam no local.
A luz do sol refletia no letreiro um tanto exagerado,mais ainda sim belo.
O dia se prolongou.
O tempo estava limpo,poucas nuvens sujavam o céu com borros brancos e disformes,o vento balançava as árvores que se mexiam preguicosamente de um lado para o outro,de acordo com a posicão do vento.
Na de entrada pude sentir o cheiro de trabalho.
Um dos aromas que mas gosto no mundo,o odor de folhas de ofício,café fresquinho e móveis novos.
Era ali que gostava de ficar,no calor daquele ambiente quente e aconchegante,bem estou falando da minha sala.
Caminhei rente e firme,calculando cada passo,cada movimento,a precisão e a postura,estava determinada,algo cresceu dentro de mim,ninguém acabaria com o meu dia.
Ninguém menos que...Walter Dimons!O pior chefe de toda a terra.
Sempre que vejo ele contenho uma irresistível vontade de me enfiar no primeiro buraco que aparecer.
Era sujo e repulsivo,vivia gritando com o pessoal da administracão,menos comigo,sempre soube que o palerma era doido para me ter,e eu claro nunca daria esse gostinho ao gordo barriga de chop.
A cada passo fui avaliando o ser montruoso que se aproximava.
VGrande.Muito grande,tipo grande pra cacete,quase chegando ao ponto de entalar na porta.
Sua barriga pendia no cinto frouxo da calca cinza pardo,era quase calvo,mas ainda lhe restavam alguns miseros fios de cabelo ruivo,a pele branquela por falta de sol estava coberta por pintas misturadas a sardas e manchas.
Walter devia ter mais ou menos quarenta e oito anos,na casa dos cinquenta,mas o execesso de banha fazia-o aparentar o dobro da idade,sofria de diabetes,colesterol e coração grande.
Bem,completamente fodido,e mesmo assim não fechava a merda da boca,mais um pouco iria explodir,e eu estarei bem longe quando essa coisa divina acontecer.
Mas...por enquanto,sabe Deus quando,irei continuar aqui com este gordo velho enchendo a porra do saco até eu desencalhar,uma coisa que parece mais distante que o planeta Netuno.
Walter estava mais que impossível de se aturar naquele dia.
Os assuntos eram sempre os mesmos:"Seu cabelo está bonito!Ainda mais bela esta manhã!Disponível ao meio dia?".
Fiz como se não tivesse ouvido direito.
Até cutuquei o ouvido como se a água do chuveiro estivesse caído dentro.