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O dia amanheceu chuvoso, infelizmente, estava louca para entrar no mar cristalina de Angra dos Reis. Era por volta de 𝟏𝟓:𝟐𝟎𝐡 da tarde, Rafe estava sentado na poltrona da sala com uma espécie de livro na mão, usava um óculos bem culto para sua idade, parecia um idoso.

── Não sabia que gostava de ler. ── digo, já esperando sua resposta bruta.

── Não gosto, porém me obrigam a ler. ── retrucou, rude como de costume.

── Quem te obriga?

Cameron apertou os olhos e a boca, respirou fundo e prosseguiu:

── Querida podemos não falar nada? Porque não vai dormir um pouco. ── disse voltando seus olhos ao livro.

── Não consigo.

Realmente não conseguia, estava pensando demais.

── Porque não? ── ele fechou o livro e o óculos ridículo de velho, veio até a mim, que estava largada no sofá.

── Esse anel, é do meu stalker. ── peguei o objeto prateado do bolso mostrando para Rafe.

Sem querer tinha trazido o acessório aqui pro Brasil, oque é uma merda por me preocupar mais ainda.

── Como tem tanta certeza disso? ── diz, pegou o anel da minha mão o analisando.

Inquieta eu me sentei no sofá, pus as mãos na testa afastando fios de cabelo dali. Rafe me olhava perdido sem entender oque estava acontecendo.

── Quando mamãe desmaiou e tivemos de levar ela pro hospital... ── crispei os lábios. ── No dia em que descobrimos a doença. Eu o vi, vi o vulto dele, e parece que deixou isso cair. ── digo tensa.

Rafe juntou as sobrancelhas, parecia juntar peças.

── Meu bem... Já pensou na possibilidade 𝘥𝘦𝘭𝘦 ser 𝘦𝘭𝘢?

── Rafe eu já pensei em muitas coisas, mas porque está me dizendo isso? ── me aproximei dele.

── Lembra do dia que fomos comprar seu vestido de noiva, certo?

── Certo.

── Quando eu o vi, tinha uma protuberância ali nos... ── ele colocou a mão no peitoral como se seus mamilos fossem grandes, se eu não estivesse preocupada o bastante com certeza estaria rindo disso.

── Peitos.

── Sim! Acho que pode ser uma mulher...

Uma mulher? Existe uma mulher no mundo tão nojenta a ponto de 𝘦𝘴𝘵𝘳𝘶𝘱𝘢𝘳 outra mulher?

── Ou talvez seja dois... ── confessei cabisbaixa.

Ele me olhou compreensível, parecia estar me entendendo.

── É uma ótima suposição para continuar a investigar. ── sorriu minimamente.

Continuamos a trocar olhares em completo silêncio, porém seus olhos diziam tudo.

Até meu corpo levar um susto com meu celular tocando no meu bolso, peguei e vi que era Ward me ligando.

Estranho, muito estranho.

── Quem é? ── Rafe perguntou interessado.

── Seu pai.

Cameron arqueou as sombrancelhas, e eu atendi a ligação.

── Ward?

── 𝘋𝘪𝘢𝘯𝘢! 𝘈𝘪𝘯𝘥𝘢 𝘣𝘦𝘮 𝘲𝘶𝘦 𝘮𝘦 𝘢𝘵𝘦𝘯𝘥𝘦𝘶. ── a voz dele era de alívio.

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⏰ Última atualização: Oct 15 ⏰

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PASSIVE AND POSSESIVE. 𝗥𝗮𝗳𝗲 𝗖𝗮𝗺𝗲𝗿𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora