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Meu coração acelera junto com minha respiração ofegante e meu suor frio. Sento na cama e encolho minhas pernas chorando muito. São meia noite em ponto e como sempre tenho uma crise de pânico, já tentei tomar todos os remédios possíveis para dormir mas nunca adianta porra nenhuma, acho que o máximo que posso fazer é aceitar que não vou ter uma boa noite de sono pelo resto da vida.

Estico minha mão pro lado com expectativa de pegar minha garrafa d'água na mesinha mas tudo que encontro é uma garrafa totalmente vazia.

Merda, não me lembro de ter tomado tudo.

Levanto da cama e abro a porta caminhando pelos corredores escuros oque faz meu pânico e minhas lágrimas aumentarem e me dar uma certa falta de ar pelo breu. Chego na cozinha e abro a geladeira pegando a jarra d'água e colocando em cima da mesa e enchendo minha garrafa, respiro fundo e enxugo minhas lágrimas finalmente me acalmando.

Olho para o lado e tomo um leve susto ao ver Cameron descendo as escadas e chegando na cozinha com as mãos machucadas e enfaixando com uma gaze.

──── As sete da manhã, no barco e sem atrasos.

──── Que? Porque?

──── Ward mandou você ir comigo na cidade vizinha resolver alguns assuntos. ──── ele se aproxima e dou um passo para trás.

──── Tá, mas porque eu? e porque de barco? Não seria melhor ir de carro.

Ele vem se aproximando de mim e me sinto levemente intimidada, vou dando passos para trás até bater minhas costas na parede e ele me prender com os dois braços do meu lado, sem ter como eu fugir.

──── Não me faça perguntas Collins, eu preferia morrer do que você ir comigo e sinceramente? Estou pensando muito nisso, então se quiser saber de algo pergunte ao Ward Cameron.

Eu até perguntaria o Ward se eu visse ele dentro da porra dessa casa, idiota.

──── Como vou fazer isso se ele nunca está em casa, Cameron. ──── cruzo os braços.

──── Isso já não é problema meu.

Percebo ele relaxar um pouco suas mãos da parede, dou um tapa forte no seu braço para que ele tire suas mãos e me deixe finalmente passar.

──── Babaca. ──── vou até o balcão e pego minha garrafinha, subindo as escadas de volta para meu quarto.

Enquanto caminhava pelo corredor escuro, sinto a mesma maldita presença atrás de mim, e sinto um arrepio. Olho para trás e tomo um susto ao ver a sombra do corpo de Cameron atrás de mim, a luz da cozinha está acesa oque faz refletir no corredor me deixando ver só a sombra de Rafe, que me dá medo.

Eu sei que o quarto dele é no mesmo corredor que o meu, mas mesmo assim a presença dele me encomoda.

Corro até o meu quarto e entro o mais rápido possível, fugindo dele. Bebo um pouco da água e coloco a garrafinha em cima da mesinha do lado da minha cama, me deito e fecho os olhos tentando dormir um pouco até as sete da manhã.

(...)

Já são sete da manhã.

Eu não dormi absolutamente nada. Tomo um banho demorado e coloco um biquíni florido e por cima um short jeans curto junto com uma regata branca, passo um corretivo para disfarçar as olheiras e um blush para dar cor ao rosto, finalizo passando um hidratante labial rosa e calço meu All Star branco.

Desço as escadas e saio indo até o pier que fica atrás da casa, de longe vejo Rafe com uma taça de champanhe na mão e um óculos escuros, ele usa apenas um short de malha e tem uma expressão totalmente neutra no rosto.

PASSIVE AND POSSESIVE. 𝗥𝗮𝗳𝗲 𝗖𝗮𝗺𝗲𝗿𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora