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A luz do sol invade meu rosto oque me faz acordar num pulo e ver Rafe abrindo as cortinas deixando o ambiente mais claro.

──── Levanta, vamos no posto comprar a gasolina. ──── disse já saindo do quarto.

A essa altura do campeonato meu celular já tinha acabado a bateria, Sarah e as meninas devem estar desesperadas pelo meu sumiço repentino.

──── Que horas são? ──── digo com a voz rouca de sono, Rafe se vira para mim pegando seu celular do bolso e mostrando a tela para mim, são 𝟏𝟑:𝟐𝟎𝐡𝐫𝐬 da tarde.

Meu Deus sou muito dorminhoca.

Me levanto amarrando meu cabelo em um rabo de cavalo e vou até Rafe que me esperava sentado no sofá de maneira desleixada.

──── Você acordou agora?

──── Não, acordei tem duas horas. ──── fala se levantando e indo para a entrada do barco.

──── E porque não me acordou a duas horas? ──── fico paralisada observando ele andar.

Ele se vira para mim e arqueia as sombrancelhas tipo “porque isso não é problema meu????”

──── Porque não, agora vamos. ──── diz, acompanho ele e saímos do barco.
Andamos lado a lado até o posto que não é muito longe, é mais um menos uns 5 minutos de distância do barco. E aproveitei também para ver um pouco as ruas da cidade que eu não conheço, Manteo tem uma estrutura antiga e parece que você está em Veneza!! Tento ignorar o clima estranho que está entre eu e Rafe, na realidade não tem porque o clima estar estranho, MAS O CLIMA ESTÁ ESTRANHO!! Entende?

Chegamos no posto e sem enrolação, Rafe vai até um local aonde vende galões de gasolina. Olho ao meu redor e de longe eu juro ver as duas crianças que roubaram a gasolina ontem, elas me olham com um sorriso assustador no rosto, são dois garotinhos morenos e de estatura baixa. O posto não é tão grande e uma dúvida vem em minha mente. Porque estão me seguindo?
Vou dando passos para trás mas ainda olhando para os garotos, com os olhos arregalados e uma leve sensação de desespero. Tudo parece estar em câmera lenta como uma verdadeira cena de filme de terror! E é impossível explicar o medo que sinto

Eu preciso ir embora daqui.

Sinto algo duro atrás de mim, parecendo uma parede. Olho para trás e solto a respiração que nem sabia que estava prendendo quando vejo Rafe atrás de mim. Olho para frente novamente e os moleques sumiram!

──── Viu um fantasma? ──── ele sorri ladino.

──── Não engraçadinho! ──── olho para baixo o vendo com uma sacola na mão. ──── Oque é isso?

──── Comida. ──── ele praticamente soca a sacola no meu peito e saí andando.

Abro, vendo alguns pães, queijos e... Espera! Vinho?

──── Porque comprou vinho? ──── ando rápido para conseguir alcançar Rafe que estava uma distância grande de mim.

──── Para beber? ──── debocha e olha rápido para mim com uma expressão óbvia.

──── Eu sei idiota, eu quero diz- Ah esquece! ──── continuamos a andar de volta para o barco, em silêncio.

Não demoramos muito para chegar, vou até a pequena cozinha e pego duas taças de vidro, e com muito esforço consegui tirar a rolha da garrafa. Despejo todo o conteúdo nas taças e em seguida dei um gole. Eu sei que não é bom tomar álcool de barriga vazia, mas uma vez na vida não vai me matar. Rafe está no andar de cima então subi as escadas até ver ele sentado em um tipo de sofá redondo, ele está de cabeça baixa e com as mãos cobrindo o rosto. Pigarreio chamando sua atenção e direciona seu olhar para mim.

PASSIVE AND POSSESIVE. 𝗥𝗮𝗳𝗲 𝗖𝗮𝗺𝗲𝗿𝗼𝗻Onde histórias criam vida. Descubra agora