capítulo 4

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"Quando a luz dos olhos meus
E a luz dos olhos teus
Resolvem se encontrar
Ai que bom que isso é meu Deus
Que frio que me dá o encontro desse olhar
Mas se a luz dos olhos teus
Resiste aos olhos meus só p'ra me provocar
Meu amor, juro por Deus me sinto incendiar'

Luiza chegou à fazenda por volta das 10 da manhã, acompanhada de seu filho, Léo, e de seu pai, Augusto. Assim que desceram do carro, pediram para que levassem as malas para os quartos. Maria, a empregada mais antiga da casa, logo veio ao encontro deles.

- Luiza, minha querida! Que saudades! - exclamou Maria, com um sorriso caloroso no rosto.

Luiza, emocionada, abriu os braços para abraçar Maria.

- Ah, Maria! Você sabe que é como uma segunda mãe para mim. Não tem como vir aqui e não me sentir em casa por sua causa - respondeu Luiza, apertando-a com carinho.

Maria sorriu, visivelmente comovida. Sabendo do gosto de Luiza e Léo, preparou o prato preferido deles: bife com batatas fritas.

- Preparei o que vocês mais gostam! - disse Maria, enquanto colocava os pratos na mesa.

Léo, animado, não conseguiu esconder a alegria.

- Bife com batata frita! Obrigado, Maria! Você é a melhor! - disse o menino, já se sentando à mesa com um brilho nos olhos.

Depois do almoço, Luiza e Léo decidiram dar uma volta pela fazenda, aproveitando o dia ensolarado. Caminharam entre os campos, observando os cavalos ao longe, e Léo corria à frente, cheio de energia.

- Essa fazenda tem o cheiro da minha infância - comentou Luiza, nostálgica, enquanto andava ao lado de seu pai.

- E ainda será o cenário de muitas memórias para o Léo - Augusto, com um sorriso.

Todos terminaram a refeição com sorrisos satisfeitos, e Luiza, cheia de gratidão, elogiou o prato que Maria havia preparado.

- Maria, você se superou mais uma vez! A comida estava simplesmente maravilhosa! - disse Luiza, lançando um olhar carinhoso para a cozinheira.

- Fico feliz que tenham gostado, minha menina - respondeu Maria, com humildade, recolhendo os pratos enquanto lançava um sorriso .

Após o almoço, Luiza e seu pai, Augusto, dirigiram-se ao escritório da casa, onde conversas mais sérias costumavam acontecer. Assim que entraram, Augusto fechou a porta, criando uma atmosfera mais reservada.

- Filha, hoje começa mais uma etapa da nossa vingança contra os Albuquerque - disse ele, com a voz grave e controlada, enquanto se sentava atrás da grande mesa de madeira. - O Marcos vai estar lá com todos os filhos. Precisamos manter a calma perto do Pedro... e daquele verme do Marcos.

- Ele está na minha mão. Está à beira da falência - continuou Augusto, cruzando os braços. - Mas a chave de tudo é Valentina, a filha mais nova. Precisamos tirá-la de campo.

Luiza olhou para o pai, confusa.

- Como assim, pai? O que exatamente você quer dizer? - perguntou ela, com uma ponta de hesitação na voz.

Augusto inclinou-se para frente, o olhar calculista e intenso.

- É aí que você entra, minha filha. Valentina herdou uma quantia considerável do falecido marido, além da fazenda. Há rumores de que essa fazenda pode ter esmeraldas, e isso poderia salvar o Marcos da falência. Precisamos impedir que isso aconteça. Você vai conquistá-la. Use seus encantos, aproxime-se dela.

Luiza, surpresa com a proposta, recuou ligeiramente, balançando a cabeça.

- Pai, eu... não sei se gosto dessa ideia. Não me sinto bem com isso. Manipular alguém dessa forma...

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