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-Finalmente podemos ir.- Dylan comentou depois de esperar por quase três horas a Ayla escolher um vestido.

-Ah qual é, nem demorei tanto.- Ayla falou indo em direção ao carro do Dylan, mas então ele chamou a atenção dela.

-Ayla, você vai com os seguranças, a Estela vai comigo.

-O quê?? E por quê ela pode ir e eu não?

-Por que você falou que vai fazer as unhas e eu tenho que resolver umas documentações minhas e vai demorar, então para você não perder seu horário na manicure...

Ela rosnou indignada quase saltando em cima da Estela com raiva.

Dylan abriu a porta do passageiro para a Estela e a mesma entrou no carro agradecendo por ele ter aberto a porta, ele logo entrou no motorista e a Ayla berrou o nome do Dylan, mas o mesmo saiu cantando pneu, deixando eles para trás.

-Qual é o seu lance com a Ayla?- Estela perguntou curiosa.

-Não tem lance nenhum.

-Não? Então você acha normal uma pessoa que você não tem nada sentar no seu colo? Pra mim isso requer muita intimidade.

-Quando eu cheguei aqui, a Ayla parecia outra pessoa, ela não era tão mimada e não forçava tanta intimidade, em um dia bebemos um pouco e ficamos naquele dia, só isso. Porém, depois disso a Ayla mudou totalmente...

-Ou só mostrou quem ela era de verdade, né?- Interrompi e ele concordou com a cabeça.

-Exato, ela começou com um drama desnecessário, ficou no meu pé querendo saber até quantas vezes eu ia ao banheiro, de uns tempos pra cá eu tento manter ela distante, mas como você viu hoje, ela não tá nem aí.

-Foi por isso que você não quis que ela viesse com você no carro?

-Também, acontece que eu quero pegar uma coisa e ela e nem ninguém pode saber, mas como eu e você somos do mesmo time...- Ele deu um sorrisinho e eu gostei desse negócio de “mesmo time”.

Dylan parou em um lugar e eu não soube muito bem que lugar era esse, mas ele pediu para que eu permanecesse dentro do carro e assim fiz.

Do outro lado da rua vi uma sorveteria e me deu muita vontade de um sorvetinho de menta...

Logo o Dylan voltou e o que ele tinha em mãos me deixou surpresa.

-Dylan!!! Minha bolsa...- Ele estava com a bolsa do dia que fui sequestrada, é uma bolsa transversal pequena, porém o suficiente para caber meu celular e foi a primeira coisa que fiz, tirei meu celular lá de dentro e vi que todos os meus documentos e carregador estão lá.- Achei que estava tudo perdido.

-Geralmente eles mandam os itens pessoais das pessoas que eles sequestram para cá e soube que sua bolsa veio ontem a noite, então eu precisava vir o mais rápido possível antes que a destruíssem.

-Por que eles queriam destruir?

-Aqui é basicamente uma casa de destruição, tudo o que as pessoas trazem para cá é destruído, desde uma bolsa até um carro.

-Caraca...

-Pois é, e como eu pretendo te tirar daqui, é mais que justo devolver suas coisas, mas você não poderá voltar para o hotel com a bolsa, com o celular nós podemos dar um jeito, mas com a bolsa não.

-E onde eu posso guardar?

-Pode deixar no carro, quando eu for para a minha casa eu guardo lá.

-Tudo bem!

-Antes de irmos embora, você quer tomar um sorvete?- Dylan perguntou e provavelmente minhas pupilas dilataram como se eu fosse um gato.- Pela sua cara eu acho que a resposta é sim.

Salva-meOnde histórias criam vida. Descubra agora