16 - Captivity (Victoria e Albert)

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Captivity — ou cativeiro, é uma prática sexual e fetiche no qual uma pessoa assume o papel de estar "presa" ou "detida," geralmente em um cenário de fantasia que envolve confinamento ou restrição física. Esse fetiche é comum no universo BDSM e pode incluir elementos como amarração (bondage), restrição de movimento, vendas nos olhos, ou ser colocado em um ambiente controlado pelo parceiro dominante. A ideia é que o ato de estar "cativo" intensifica a sensação de vulnerabilidade e entrega, o que pode ser altamente excitante para alguns.


I lose who I am when you're around, yeah

Got my heart in your hands, it's beating me down

I might be damned, I don't understand why I'm aroused

I know you love me, yeah I do too

And I hate that I love you

Hold me, just control me, like you own me

I hate that I love you

Play me, dominate me, you're amazing

I hate that I

Jonathan Roy — I Hate That I Love You

Victoria Avery se orgulhava em ser uma das poucas comensais da morte que fazia seu trabalho de maneira impecável. Problemas em passar uma lei no Ministério? Ela sabia muito bem quem sequestrar. Um nascido-trouxa idiota e nojento portando uma varinha e usando magia como se fosse merecedor? Ela se certificava de que ele não tivesse mais mãos. Aurores perseguindo-a? Nunca teve problemas em usar uma Imperdoável atrás da outra.

Naquela tarde gélida de Outubro, ela estava se esgueirando na ruela próxima do Gringotes quando encontrou dois de seus alvos. Sua máscara metálica de comensal, com chifres na testa e dentes afiados ao estilo dos japoneses, refletia a imagem dos bruxos conversando como se negociassem algo muito importante.

Não era a negociação que importava. Sua atenção foi imediatamente capturada pelo homem de costas para ela. Era alto, usava um chapéu-coco e um ulster coat. Seu coração pulou algumas batidas e a mão que não segurava a varinha instintivamente se embrenhou na gola de sua camisa, buscando a correntinha que pendia de seu pescoço.

Os dedos se esfregaram de maneira religiosa no relicário dourado, na superfície gasta e opaca. Victoria apertou aquele objetozinho oval na palma da mão, recusando-se a abri-lo e encarar a foto que a assombrava todos os dias.

Não podia perder tempo com isso. Respirou fundo e se recompôs, esquadrinhando a ruela da esquerda, onde um casal estava se pegando. Ela deu o sinal e os capangas imediatamente pararam, iniciando o ataque à distância contra os outros dois.

No instante em que os feitiços brilharam nas paredes úmidas do Beco Diagonal, Victoria disparou, aproximando-se pela retaguarda deles, o vento gelado cortando suas bochechas.

Ela fintou o feitiço-escudo de seu conhecido e jogou o corpo violentamente em seu alvo. Antes mesmo que ela pudesse alcançá-lo, no entanto, algo a puxou para trás. Victoria se agarrou na primeira coisa que conseguiu e desaparatou com um estalo, segurando com força para não deixar escapar.

Quando sentiu que estava prestes a ressurgir, ela soltou. Ouviu o estrondo da pessoa agarrada voando na parede, enquanto ela recuperou o equilíbrio ao aparecer no quartinho de tortura.

Kinktober 2024Onde histórias criam vida. Descubra agora