Capítulo 23

100 5 13
                                    

As palavras dela me cortaram a alma e partiram meu coração, nunca me senti tão vulnerável e impotente como estou me sentindo agora. Ela evita meus olhos e fecha os punhos com força,quebro o silêncio na tentativa de aliviar a tensão mas quando ouço o Domênico chamar na porta só consigo olha-la enquanto a tristeza toma conta de mim,a seguro contra meu corpo tão forte que a faço arfar. Seguro seu rosto entre minhas mãos e junto nossos lábios em um selar demorado

— Suga... — ela sussurra com a testa colada a minha

— Tudo bem,tudo bem... Eu vou dar um jeito nisso. Eu te prometo!

— Por favor,não faça nada que arrisque sua vida

— Não se preocupe comigo.

O Domênico continua batendo na porta insistentemente fazendo com que a mesma segure a maçaneta alguns segundos antes de abrir. Respiro fundo a observando sair passando pelo Domênico que lança sobre mim um olhar de deboche e minha vontade agora era só encher esse filho da puta de bala.

— Vamos? — ela acena com a cabeça pro Domênico antes de entrar no carro no banco do passageiro

Vou logo atrás e assim que chegamos ao local avisto uns homens do El Diablo e o mesmo está terminando um cigarro

El diablo — Agust D! — ele estende a mão eu a aperto sentindo a repulsa tomar conta de mim e a soltando o mais rápido possível

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

El diablo — Agust D! — ele estende a mão eu a aperto sentindo a repulsa tomar conta de mim e a soltando o mais rápido possível. — É admirável o que fez. Mafiosos não desistem de suas esposas tão fácil

Dou uma risada anasalada com as mãos nos bolsos da calça e a cabeça levemente inclinada pra esquerda olho em volta atentamente antes de responder

— Acredite,fácil não foi. Aurora é uma mulher admirável em todos os sentidos mas é uma líder agora e como um líder também eu entendo que a máfia vem antes de tudo e se ela prefere o México só me resta apoia-la.

Domênico — Tudo pronto,já podemos ir senhor

El Diablo — já que estamos todos resolvidos...  apareça na minha mansão quando for ao México,vamos tomar uma bebida

Concordo com um aceno de cabeça, observo todos entrando no jatinho e ela me dá uma última olhada. Engulo em seco só de imaginar que talvez ela nunca volte,eles decolam e enquanto os perco de vista rezo mentalmente pra que ela nao me esqueça

 Engulo em seco só de imaginar que talvez ela nunca volte,eles decolam e enquanto os perco de vista rezo mentalmente pra que ela nao me esqueça

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Mais tarde no escritório do Agust D

— Tem bastante coisa aqui,mas não acho que seja o suficiente — JK afirma depois de analisar os arquivos do pen drive. — Podemos enviar ao FBi ou a Interpol anonimamente mas não é garantido nada já que o El Diablo tem muita influência nesse meio também

— Merda! Ela tinha razão,não vai ser fácil... Precisamos pensar em algo. E esse "mapa" conseguiu alguma coisa?

— Bem,ao que parece é uma localização mas não tá muito claro

— Acho que eu sei quem pode nos ajudar com isso. — Pego meu telefone e ligo pra Madre mas sem retorno. — Normalmente ela não demora pra atender,eu vou lá não posso perder um minuto se quer.

Alguns minutos depois no orfanato

— Madre,preciso de ajuda!

— Venha,vamos pra dentro

Caminhamos até a sala de música,olho em volta e lembro do meu pai tocando piano aqui. Ela se senta a minha frente sempre calma e sua fala sempre mansa

— Gostaria de um chá ou um café?

— Na verdade eu preciso de respostas

— Bem,nesse caso pergunte. Será um prazer lhe ajudar

— Eu encontrei algo que parece ser um mapa na velha caixinha de madeira. — Pego meu celular e mostro uma foto. — A senhora sempre soube da história toda,por acaso meu pai a contou pra onde eles iriam fugir?

— Bem,eu sei das coisas presenciei. Mas isso não me é estranho... espere um pouco aqui

Ela sai e tempo depois volta com um pedaço de papel,analiso a folha envelhecida e me dou conta de que é a outra parte do mapa

— Quando seu pai morreu havia um piano que ele sempre tocava. Um dia ele precisou de manutenção e achamos isso dentro, considerando quem seu pai era achei melhor guardar,mas acabei esquecendo com o tempo minha memória está ficando ruim

— Obrigado Madre,isso vai me ajudar bastante.

— Se tiver mais alguma coisa que eu possa fazer,não exite em vir aqui meu filho. — ela me oferece um sorriso. — Mas você parece triste

— Eu só tô com muita coisa na cabeça,não é nada

— Aurora está bem? Quando vir novamente a traga

— Ela voltou pro México. — desvio o olhar e a mesma segura meu braço me fazendo voltar a atenção a ela

— Eu sinto muito. Não sei o que aconteceu mas espero que ela volte. Eu vi a maneira como vocês se olham,os olhos nunca mentem. Sei que o amor de vocês vai superar seja lá o que está acontecendo

— Assim eu espero,Madre.

Vou direto pra casa e me tranco no quarto e enquanto observo as coisas delas que ficaram pra trás me afundo na bebida virando a garrafa de whisky e o líquido que antes era refrescante agora queima minha garganta. Dou um longo suspiro  enquanto as memórias invadem minha mente me torturando

Batidas na porta

— Suga,não vem jantar? — a voz da Nally soa baixa do outro lado da porta

— Não estou com fome!

— O JK está esperando no jardim

Me recompus e fui até ele,caminhando em passos lentos e desajeitados ainda me sentindo tonto

— Eu analisei de novo a localização junto com a foto que me mandou e achei estranho...

— O que tem de tão estranho, desembucha logo!

— Parece ser um lugar no meio do nada, talvez naquela época tivesse algo mas agora é meio improvável,a não ser que seja algum ponto de encontro

— Então vamos lá o quanto antes! — me sinto tonto e o JK me segura

— Olha só seu estado,cara! Primeiro deveria ficar sóbrio e depois pensamos em algo. Não podemos ir assim do nada e sem um plano,lembra do que aconteceu da última vez!? Eu sei que você tá mal,eu também tô. Mas se desperar agora não vai ajudar em nada!

— Você tem razão,eu sinto que vou enlouquecer a qualquer momento. Mas precisamos fazer algo e rápido,se aquele diabo descobrir que a Aurora sabe quem eu sou ele não vai perdoa-la JK! Eu não posso deixar que ela sofra por minha causa

— Vamos bolar um plano,se seu pai dividiu essa localização em duas partes então deve ser algo importante. Está tarde então você deveria dormir um pouco,amanhã a gente vê isso — ele dá tapinhas nos meus ombros e sai me deixando perdido em pensamentos

Ele tem razão,nesse momento não posso deixar que meus sentimentos falem mais alto.  Aurora é uma mulher inteligente sei que ela vai conseguir se virar bem sozinha,comi um pouco mesmo não sentindo o gosto da comida e tomei um banho frio. Deito na cama e me viro pro lado que ela dormia e por um momento eu consegui sentir seu cheiro e ouvir sua risada ao fechar meus olhos

— Em que buraco eu fui me enfiar? puta que pariu! vou enlouquecer...

Sussurro essas palavras pra mim mesmo após dar uma risada desacreditado de tudo o que está acontecendo e olhando pro teto adormeço nessa cama fria sem ela pra aquecer meu corpo...

Labirinto de Emoções Onde histórias criam vida. Descubra agora