Capítulo 22

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Aurora

A vida toda tive "medo" do amor. Sempre me disseram que ele é uma fraqueza e agora estou descobrindo que é verdade. O Suga parece não ter ficado surpreso com minha confissão e mesmo vendo as suas mercadorias e eu tendo falado da forma mais grosseira possível pra que ele sentisse raiva de mim,tudo o que ele fez foi dizer que eu sou a única coisa que importa pra ele,me fazendo sentir um aperto no peito e mesmo sentindo vontade de chorar as lágrimas se quer ameaçam cair dos meus olhos. Depois dele jogar essa bomba em meu colo eu saio o mais rápido possível de perto dele e no caminho ligo pra Anna e peço pra ela me encontrar após mandar a localização

— Aurora você tá bem? O que aconteceu? — ela senta a minha frente e me observa atentamente

— Amanhã eu tô voltando pro México e vai ser de vez — respondi sentindo meu coração se quebrar em mil pedaços

— Mas como assim? E o seu marido?

— Eu vou pedir o divórcio

— Dios mío... Me conta o que aconteceu,ele te fez alguma coisa? Você falava dele tão apaixonada e agora isso?

Após contar tudo,a mesma fica um tempo em silêncio processando a avalanche de informações e suspira pesadamente,em parte sei que também é por causa do JK

— Ele não tem noção do que fez — ela balança a cabeça em negação

— Sentimentos sempre falam mais alto,a dor pela morte do pai dele foi o que o manteve focado na vingança. A única coisa lógica a se fazer agora é manter ele longe de tudo isso o mais rápido possível

Meu celular começou a tocar e minhas mãos começaram a tremer quando vejo o nome do meu pai na tela,engulo em seco e atendo

Ligação on

— Mi Hija! Como está depois da confusão de ontem?

— Estou bem papá...

— Ótimo! Venha aqui,tenho algo pra você — o mesmo dá uma risada após finalizar a frase

— E o que seria? — pergunto com medo da resposta

— Quero que veja com seus próprios olhos,se apresse e venha estamos te esperando

Ligação off

— E agora essa? Porra,eu vou enlouquecer de vez!

— É melhor a gente ir logo,sabemos que paciência não é o forte do seu pai

Saímos do local e dirijo até a mansão do meu pai,assim que desço do carro o mesmo estava fumando um charuto e abre um sorriso ao me ver,o acompanho pra dentro e a medida que caminhamos até o final do corredor que dá acesso ao porão meu coração acelera e assim que entramos me deparo com dois homens com a farda da Interpol. Ambos estão vendados e amordaçados, ajoelhados com os pulsos amarados pra trás e os tornozelos também

— Esses são os homens responsáveis pelo tumulto de ontem. — assim que meu pai fala,os homens resmungam algo visivelmente apavorados

— Como conseguiu os pegar tão rápido?

— Parece até que você não conhece seu velho pai,mi amor. — ele toca meu ombro. — Eu consigo tudo o que quero e agora que tudo isso é seu e esses homens atrapalharam um momento tão importante que foi sua posse,nada mais justo que você mesma os matar

O mesmo me entrega uma pistola com silenciador e em seguida eu aponto pra cabeça de um deles,a verdade é que eu não queria nada disso mas o quanto antes eu fizer mais rápido estarei longe daqui. Me afasto um pouco apenas pra que o sangue não respingue em minha roupa e em dois tiros limpos e precisos mato os dois homens a minha frente fazendo com que meu pai dê uma risada satisfeita, devolvo a arma e ele a guarda

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