Capítulo 24

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Assim que pousamos no México vamos direto pra mansão do meu pai. Coloco as poucas coisas que trouxe no meu antigo quarto,tudo aqui é familiar mas ao mesmo tempo parece que estou em um lugar completamente desconhecido. Olho pela janela e vejo tantos guardas e empregados pra lá e pra cá, suspiro pesadamente e escuto batidas na porta

— Pode entrar!

— Mi Hija,se arrume e desça pra jantarmos. Há muito o que conversarmos

— Sim, Papá.

Lhe ofereço um sorriso mas me lembro das palavras do Suga. Se realmente foi ele quem matou a minha mãe vou fazê-lo pagar por ter a tirado de mim! Tomo um banho e me visto. Desço as escadas até a sala de jantar e confesso que estava com saudades da culinária Mexicana. Após o jantar fomos até o escritório do meu pai,ele senta na sua cadeira giratória e eu me sento a sua frente na poltrona de veludo

— Acho que já está na hora de me mudar e morar sozinha, sou uma líder agora e preciso do seu próprio império

— Eu concordo,precisa do seu próprio espaço. Temos vários imóveis. Escolha um do seu gosto

— É claro,farei isso. E já que não tivemos tempo pra conversar. Tem algo que quero que saiba. A Irina,ex secretária do Agust D foi a responsável pelo tumulto com os agentes da Interpol naquela noite

— Na verdade,foi ela quem me ajudou a capturar os homens

— Como!? — meu tom soa um pouco alterado fazendo o mesmo franzir o cenho

— Isso mesmo que ouviu. E era sobre ela o que eu queria te falar

— E o que seria?

— Depois daquele dia,ela me ajudou a encontrar os agentes e nós ficamos... Próximos,acho que a palavra seria essa

— Você só pode estar de brincadeira, Papá!

— Não entendo sua irritação?

Penso um pouco,e se tratando da Irina posso esperar qualquer coisa. Decidi não insistir e nem falar demais.

— Eu só estou cansada e minha cabeça dói. Vou dormir,boa noite

— Boa noite,querida

Volto pro quarto e sento na cama essa história está muito estranha. O Suga viu a Irina conversando com um dos agentes antes da confusão e agora a própria os entregou a meu pai!? Isso tá me cheirando a armação,será que meu pai seria tão tolo o bastante assim pra não desconfiar de nada!? Deito na cama e me viro pro lado desejando que ele estivesse aqui,suspiro pesadamente e adormeço nesse quarto frio.

7 AM

— Aurora? — Domênico bate na porta e eu abro rapidamente. — Já está de pé? Parece que nem dormiu

— E não dormi mesmo. — passo por ele descendo as escadas usando uma roupa de corrida e o mesmo me segue

— Vou te acompanhar por uns dias,te levar nos locais de negociação e te auxiliar em outros assuntos também

— Ótimo. Já que vai ficar no meu pé,preciso comprar móveis e também de uma equipe de mudança

— É Claro. E Aurora...

— Sim,precisa de algo? — pergunto enquanto coloco os fones de ouvido

— É bom te ter de volta. — ele sorri pra mim me olhando de cima a baixo

Apenas saio,aqui perto tem um parque onde as pessoas costumam caminhar ou correr. Coloco uma música pra tocar com o volume no máximo, enquanto corro observo as pessoas ao meu redor. Algumas de bicicleta e outras simplesmente sentadas nos bancos como se esperassem por algo ou alguém. Estou tão distraída que acabei esbarrando em alguém

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