Pulseira.

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Na manhã seguinte, coloquei suco de laranja em um copo alto e toma um gole enquanto mexia a cabeça ao som da música em meu iPod

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Na manhã seguinte, coloquei suco de laranja em um copo alto e toma um gole enquanto mexia a cabeça ao som da música em meu iPod.

Acordei antes de o sol nascer e fiquei me revirando na cadeira reclinável até as oito.

Depois decidi limpar a cozinha para matar o tempo, até que meus colegas de apartamento acordassem.

Enchi a lava-louça, varri, passei pano no chão e limpei as prateleiras.

Quando a cozinha estava reluzindo, peguei o cesto de roupas limpas e me sentei no sofá, dobrando-as até ter mais de uma dúzia de pilhas de roupas dobradas ao meu redor.

Ouvi murmúrios vindos do quarto de Vetuche.

Eduarda deu uma risadinha e depois tudo ficou quieto por alguns minutos.

Seguiram-se ruídos que fizeram com que eu me sentisse um pouco desconfortável sentada ali, sozinha, na sala de estar.

Coloquei as pilhas de roupas dobradas dentro do cesto e levei-o até o quarto de Gustavo, sorrindo quando vi que ele não tinha saído da posição em que caíra no sono na noite anterior.

Coloquei o cesto no chão e puxei a coberta para cima dele, abafando uma risada quando ele se virou na cama.

— Olha, Beija-Flor — disse ele, murmurando algo inaudível antes sua respiração voltar a ficar lenta e profunda.

Não consegui evitar e fiquei observando-o dormir.

Saber que Gustavo estava sonhando comigo me fez sentir uma excitação que eu não sabia explicar.

Ele parecia ter voltado a um sono silencioso, então decidi tomar banho, na esperança deque o som de alguém se levantando e andando pela casa fizesse com que Vetuche e Eduarda parassem com os gemidos e as batidas da cama contra a parede.

Quando desliguei o chuveiro, percebi que eles não estavam preocupados com quem poderia ouvi-los.

Penteei os cabelos, revirando os olhos ao ouvir os gritinhos agudos de Eduarda, que lembravam mais um poodle do que uma estrela pornô.

A campainha tocou, me enrolei no roupão atoalhado e cruzei correndo a sala de estar.

Os ruídos vindos do quarto de Vetuche cessaram de imediato e abri a porta do apartamento, dando de cara com o rosto sorridente de Luan.

— Bom dia — ele disse.

Joguei os cabelos molhados para trás com a ponta dos dedos.

— O que você está fazendo aqui?

— Não gostei da forma como nos despedimos ontem à noite. Saí hoje de manhã para comprar seu presente de aniversário, mas não consegui esperar para entregá-lo. Então... — disse ele, puxando uma caixa reluzente do bolso da jaqueta. — Feliz aniversário, Aninha.

Belo Desastre | miotela ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora