CAPÍTULO 10

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Dizem que as mães se apaixonam ainda mais pela forma como são tratadas no pós parto

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Dizem que as mães se apaixonam ainda mais pela forma como são tratadas no pós parto. São três da madrugada e estou dando de mamar para o meu pequeno, que é sonolento durante o dia, mas um verdadeiro furacão durante a noite. Está atrapalhando o meu merecido sono da beleza, mas eu deveria ter pensado antes de abrir as pernas. Deixando muito bem arreganhada, por sinal.

Porém, olha esse rostinho adorável… uma réplica perfeita da beleza um certo salafrário, sem-vergonha e miserável.

Aliás, o cretino poderia estar dormindo, afinal, apesar de ser um tetudo gostoso, não pode amamentar em meu lugar. No entanto, está aqui ao meu lado, bocejando, mas presente.

— Esse moleque só chora — resmunga.

— Está com fome, imbecil. Olha só, já se acalmou — ressalto, retirando o bico do meu seio da boca dele.

O biquinho que se forma em seus lábios pequenos é o ápice da fofura. Seus olhinhos fechados, mergulhando no mundo dos sonhos.

Dou um cheirinho nele.

Cheira tão bem. Um cheiro de pureza. Então é esse o cheiro de alguém que não tem boletos para pagar? Que não tem uma desilusão amorosa? Que tem uma casa, uma vaca leiteira e uma conta poupança, sem nem saber o que é dinheiro? Que só precisa resmungar para ter a mãezinha enlouquecida para saber o que o principezinho quer?

Ser mãe é tão novo para mim. Porém, é incrível como parece algo que nasci para ser. Não afoguei ele nenhuma vez, acreditem se quiser. Isso que passei por um terror ontem quando ele fez côco na banheira, enquanto tomava banho. Se não soltei ele nessa circunstância, o resto é mero detalhe.

— O que precisamos fazer agora? — Toji pergunta, já se levantando. — Para depois podermos descansar em paz.

— Trocar a fralda.

Ele pega o bebê dos meus braços. Um ser tão pequeno, com apenas vinte dias de vida, no colo de um homem tão grande e gostoso, é a visão do paraíso. Toji está vestindo apenas uma calça de moletom, com o abdômen à mostra.  Uma tentação para um pobre recém-parida de resguardo.

Observo a sua prática desajeitada, porém estranhamente eficiente. É difícil de admitir, mas ele sabe o que está fazendo. Eu que sou a mamãe desastrada de primeira viagem.

— Não troquei muitas fraldas do meu outro moleque.

— Então por que está fazendo isso agora?

Ele termina de trocar a fralda e coloca o bebê no berço ao lado da cama sem dizer uma palavra. Deito de lado, entregando-me ao cansaço, de alguma forma ele está tentando ajudar. Logo sinto seu peso no colchão ao se deitar atrás de mim. Em seguida, começa a me desestabilizar, beijando meu pescoço suavemente como quem não quer nada.

— Resguardo — recordo.

— Você já falou isso, mulher. É só um beijo — ralha. — Faltam quantos dias?

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⏰ Última atualização: Oct 17 ⏰

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HEAVEN TO YOU- Toji Fushiguro.Onde histórias criam vida. Descubra agora