17.Número Desconhecido

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[Autora]



Minho encontrava-se preguiçosamente deitado em sua cama encarando o teto. Havia acordado a mais de uma hora.

A manhã nublada e fria, lhe trazia a mesma sensação que os dias ensolarados. Solidão.

Após que 2 meses sem notícias de Jisung, estava em um estado que assemelhava-se ao luto. Era o que sentia, havia perdido alguém importante para si. Seguia sua rotina normalmente, mas era uma casca vazia. Não sentia a mesma alegria de antes ao receber um elogio por seu prato ou socializar com outras pessoas. Simplesmente não conseguia pensar em outra pessoa.

Vestia o casaco moletom deixado pelo mesmo em seu carro, talvez ficasse levemente apertado em si, mas não se importava, comprou o mesmo perfume que o outro para que o cheiro continuasse vívido. 

Depois de tanto tempo, queria esquecê-lo, mas a simples ideia de apagá-lo da mente era capaz de marejar seus olhos. Lembra-se avidamente do gosto dos beijos, da sensação eletrizante quando se tocavam, cada pequeno detalhe daquele ser que o fazia suspirar, amar e afogar em lembranças.

Não era tão religioso, mas rezava todos os dias para que o pequeno de bochechas avantajadas voltasse pra sua vida. Trazendo de volta o sorriso em formato de coração, que o deixava tão bobo.

Como agora, relembrando de momentos singelos como o simples ato de passarem a tarde assistindo anime de mãos dadas enquanto roubavam beijinhos de vez em quando. Seu sorriso sorriso tão abobado agora demonstra que ainda está tão apaixonado quanto antes. 2 meses não foram suficientes para sequer adormecer o sentimento que tinha pelo menor.

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--Ainda na cama Lee Minho?


Era Lee Yeri, mãe do grande chef Lee. Ela passou a fazer visitas regulares, após Minho adoecer, a quase dois meses atrás, passou dias acamado, foi as consultas, mas ninguém sabia o que aconteceu. Até uma última tentativa com um médico de outro país, este constatou que a doença originou-se por seu estado emocional.

Só então o filho contou sobre o jovem que conhecera e estava apaixonado. Ficou de coração partido ao ver o filho. No início quis ajudá-lo, mas depois de certo tempo, passou a sentir raiva do jovem que sequer conhecia. Não havia motivos para tal sentimento, mas na primeira semana após se recuperar, Minho entrou em estado de negação, ao fato de Jisung ter ido embora. Passou horas bebendo sozinho e terminou por ir até o apartamento do jovem bater em sua porta durante a madrugada.

Recebeu uma ligação para que fosse buscá-lo. Pela primeira vez via seu filho daquela maneira. Sempre foi esforçado, tirava às melhores notas, nunca deu trabalho em casa. Mas estava ali chorando como uma criança se recusando a sair da frente daquela porta. Odiou profundamente aquele jovem.


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--Com essa cara de idiota, deve estar pensando naquele rapaz não é Lee? Já te falei pra esquecê-lo, olha o sofrimento que te causa.


--Mãe, não começa por favor.


--Você é idiota de continuar pensando nele meu filho. A essa altura ele está bem longe, feliz e provavelmente já encontrou outra pessoa.


Aquelas palavras perfuraram seu coração como um galho cheio de espinhos, sentiu uma pontada em seu peito com o pensamento de Jisung ter outro que não a si. Mesmo sendo uma possibilidade, ainda doía como facas o atravessando. Era uma verdade, mas por algum motivo, a esperança em seu coração seguia inabalável.


--Vá tomar banho pra se organizar pra hoje, e por favor doe esse casaco, está pequeno pra você.


Lee não quis estender aquele assunto, apressou-se em levantar. Escutou seu telefone tocar e pediu para que sua mãe atendesse enquanto dobrava o casaco cuidadosamente e escolhia outra roupa em seu closet .


--O que temos hoje? --Perguntou de forma audível.


Viu sua mãe afastar o celular da orelha pra lhe responder.


--Acertar alguns detalhes do casamento, Minho.


Levou novamente o aparelho a orelha e desligou em seguida.


--Quem era mãe?


--Número desconhecido, disse que foi engano.


Deu de ombros e direcionou-se ao banheiro.


--Te espero lá em baixo pro café. Apresse-se a Karina está chegando.


Foi o que escutou antes da porta ser fechada.

Não sentia vontade nenhuma de fazer sala pra ela e acerta os detalhes do casamento, queria apenas ficar enrolado em seu moletom favorito, mas era uma peça importante da cerimônia tinha que resolver isso.



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Oiiii, como vcs estão?

Sou eu de novo :)

Cap curtinho gente, queria mostrar esse ponto de vista antes.

O próximo será melhor


Bjsss :)

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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You are my Soulmate(Minsung) +18Onde histórias criam vida. Descubra agora