CAPÍTULO 1

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Este aí sou eu me preparando para mais um dia de trabalho, a mesma rotina metódica de um atendente de telemarketing, aquele parecia ser um dia qualquer como todos os outros.

Eu sempre passo no Mayls pra fazer um lanche antes de chegar no trabalho, mas eu simplesmente me atrasei aquele dia e tive que passar direto até a empresa.

Todo mundo sabe que em Nova York o trânsito muda em questão de minutos e quando entrei na rua principal dei de cara com aquele engarrafamento imenso bem no centro, não que eu não tivesse acostumado com isso, mas eu sempre passava bem mais cedo por ali pra evitar.

Tive que pegar um atalho então contornei duas quadras e consegui chegar na Woodh que fica praticamente por da empresa, porém como o horário já estava estourando Eu tive que pisar fundo pra chegar a tempo, como eu precisava saber a rua onde teria que sair eu estava olhando as placas de sinalização no alto e tirei a vista da rua e foi bem nesse momento que o pior aconteceu.

Um carro atravessou o cruzamento e eu bati em cheio bem no meio dele, depois da batida eu apaguei...

Acordei um dia depois na cama do hospital sem entender direito o que aconteceu, eu me sentia bem e pelo visto eu estava inteiro so estranhei um pouco a tonalidade da minhas mãos, pareciam pálidas mas mesmo assim não perguntei nada a enfermeira.

A coisa só veio ficar feia na hora que eu pude finalmente ir ao banheiro e me olhei no espelho, foi então que percebi que eu não era eu.

Levei um susto tremendo e me afastei do espelho levei o rosto e olhei denovo devagar, era o rosto de outra pessoa não o meu mas como aquilo podia ser possível? Seria uma alucinação minha?
Não dava para acreditar, eu dei uma conferida em tudo se é que me entende, não era eu ali pelo menos não o meu corpo. Fiquei em choque por um longo tempo, foi aí que a enfermeira entrou e comprovou que não era loucura minha quando ela olhou pra mim e me chamou de Julian, de início eu não respondi nada pois aquele não era meu nome, mas ela retornou a perguntar como eu me sentia e disse o nome novamente, não tinha jeito eu era esse tal de Julian. — E-Eu... Estou bem Senhora. Respondi com a voz abafada de nervoso.

E agora o que eu iria fazer? Onde foi parar meu corpo? Pra onde é que eu vou Agora?

Minha cabeça não parava, estava a mil, muitas perguntas sem respostas me rodeavam nessa situação, eu preciso saber quem é esse Julian.

QUEM SOU EU? Julian Casablancas Onde histórias criam vida. Descubra agora