Little Angel, Big men.

Capítulo 8- O problema sou eu?

O grupo saiu da casa pouco depois do café da manhã, caminhando pelas ruas movimentadas da capital. O clima estava leve entre eles, exceto por Jota, que mantinha seu ar de indiferença e distanciamento. Âmbar tentou não pensar muito sobre isso, focando nas risadas e conversas que ecoavam ao redor dela.

O bairro famoso por suas feiras artesanais e de alimentos era encantador. Barracas coloridas enfeitavam as ruas, e o cheiro de comida fresca misturava-se ao ar. As pessoas caminhavam despreocupadas, observando os produtos à venda, desde joias artesanais até pães e doces tradicionais.

— Olha essas pulseiras, Âmbar! — exclamou Soph, puxando a amiga em direção a uma barraca cheia de acessórios feitos à mão. — Eu acho que essa ficaria perfeita em você!

Âmbar sorriu, deixando-se levar pela animação de Soph. Enquanto experimentava uma pulseira de miçangas, notou Anthony se aproximando com um sorriso suave no rosto. Ele pegou uma pulseira similar e segurou ao lado da dela.

— Acho que temos bom gosto, não é? — ele brincou, e Âmbar sorriu, sentindo aquele calor familiar em seu peito.

— Parece que sim — ela respondeu, tentando ignorar o fato de que Jota estava observando tudo de longe, com uma expressão que ela não conseguia decifrar.

Enquanto Anthony pagava pelas pulseiras, Âmbar olhou ao redor e notou o quanto o grupo parecia estar se divertindo. Os primos Dallas tiravam fotos com as artesanias locais, e Vick já segurava algumas sacolas com lembranças.

No entanto, o comportamento de Jota continuava perturbando-a. Ele caminhava um pouco afastado, como se não quisesse fazer parte do grupo, mas ao mesmo tempo, ela sentia seus olhos sobre ela a todo momento. Aquela tensão não tinha desaparecido desde a conversa na noite anterior, e agora parecia ainda mais forte.

Eles continuaram andando pela feira, parando para experimentar doces e comidas típicas. A cada barraca, o grupo ria e brincava, mas Âmbar não conseguia se desvencilhar da sensação de que algo estava prestes a acontecer.

Em determinado momento, enquanto olhavam uma barraca de pães artesanais, Jota finalmente se aproximou. Ele pegou um pedaço de pão oferecido pelo vendedor, mastigando lentamente, e olhou diretamente para Âmbar.

— Parece que você está se divertindo, Amber — ele disse, sua voz carregada com aquele tom provocativo que a deixava desconcertada.

Âmbar o encarou, sentindo seu coração acelerar. Por que ele continuava a chamá-la assim? Era uma tentativa de afastá-la? Ou uma forma de mantê-la por perto, mesmo sem saber como?

— Estou tentando aproveitar o dia, Jota.— ela respondeu calmamente, tentando não se deixar afetar por suas palavras.

— Que bom. — Ele deu de ombros e desviou o olhar, mas Âmbar sabia que havia mais por trás daquelas palavras. Ela o conhecia bem o suficiente para saber que, quando ele estava assim, algo o estava incomodando profundamente.

Anthony, que estava ao lado de Âmbar, pareceu perceber a tensão e colocou uma mão suave no ombro dela.

— Vamos pegar um pouco de suco ali na frente? — ele sugeriu, tentando aliviar o clima.

Ela assentiu, agradecida pela interrupção, mas enquanto se afastava com Anthony, sentiu o olhar de Jota queimando em suas costas.

O dia continuou com o grupo explorando cada canto da feira. Vick e Cam estavam cada vez mais próximos, claramente curtindo a companhia um do outro. Âmbar, por outro lado, sentia-se dividida. Anthony era gentil, atencioso e a fazia sentir segura, mas a presença de Jota, mesmo irritante e confusa, mexia com ela de uma forma que ela ainda não conseguia entender.