I - O encontro

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Aviso: essa história terá duas partes, uma que irá se passar em 1680, em Salem, sobre o relacionamento de Agathario, mas não é parecido com a série. A outra parte será em Westview, mas, novamente, não será parecido pois eu vou mudar muitas coisas. Mas não se preocupem porque, futuramente, irei fazer uma história que será parecida com a série.

Boa leitura!

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Salém, 1680

"Na Lua de Sangue, quando o véu dos vivos e dos mortos se encontra em uma linha ténue, Agatha Harkness, irá passar por uma experiência jamais vista antes no mundo das bruxas, algo que irá despertar o seu lado oculto, em meio a penumbra, ela estará lá, salvando Agatha do vale das Almas, fazendo que seus destinos, suas almas, e seus corações, se tornem um só."

A profecia Harkness, assim como a bruxa que a contara havia chamado, ecoava na mente de Evanora, ao ver a filha quase morta na floresta de Salem, as duas haviam tido um desentendimento, que fez que Evanora perdesse o controle e atacasse sua própria filha com os seus poderes, os ferimentos estavam graves, não que fosse a primeira vez que algo parecido acontecera, mas certamente, ela havia passado dos limites, todavia, esse era o normal para um ser como ela.

As palavras de uma bruxa que Evanora havia encontrado, ainda quando Agatha tinha um pouco mais de nove anos, a mãe ouviu atentamente a profecia sobre a própria filha, mesmo nunca acreditando, as palavras não saiam da mente da mulher.
Ela se aproximou do corpo de Agatha, a jovem estava desacordada, seu rosto pálido estava sendo iluminado pela luz vermelha da lua.

A Lua de Sangue estava acontecendo, não demoraria muito para a profecia ser cumprida.

A Lua de Sangue era um fenômeno extremamente poderoso para as bruxas, haviam boatos que La Muerte, andava solta pelo mundo, escolhendo a olho as almas que levaria com ela.

Evanora Harkness jamais tivera um relacionamento saudável com a filha, sempre a odiou, falando como ela era um erro, uma aberração, a verdadeira afronta a natureza.
Agatha nunca entendeu a razão do comportamento de sua mãe, com os anos, aprendeu a não ligar.

Então, a mãe fez uma escolha, decidiu entregar sua própria filha para os braços da morte. Evanora olha o corpo da jovem, seu olhar era sombrio, e repleto de amargura, ela se vira e volta para sua casa, deixando o corpo de Agatha para trás.

Uma presença fúnebre toma conta da floresta, a energia era tanta, que a mesma fora capaz de acordar Agatha.

A bruxa sente seu corpo pesado, uma marca de queimadura estava em sua barriga, no local onde os poderes de sua mãe haviam lhe atingido. Ela não consegue se levantar por completo, sua visão ainda estava embaçada, sua cabeça doía, Agatha estava mais para morta do que viva. Havia algo de errado com a floresta, ela sentia que estava em Salem, mas algo a dizia que havia algo muito maior acontecendo, parecia que quanto mais sua consciência voltava, mais sombrio o lugar ficava, o clima gélido fazia Agatha ter arrepios.

Tudo parecia fúnebre, as cores das árvores estavam apagadas, ela sentia que estava em outra dimensão. Em meio a penumbra da floresta, uma figura misteriosa observa cada movimento de Agatha de forma feroz. A bruxa sente que estava sendo observada, só não sabia por quem. Em um movimento lento Harkness consegue se levantar, ela sente uma presença, o olhar que ela sentia sobre seu corpo não era o que estava incomodando, mas ela começou a sentir uma presença, não era uma bruxa, era algo muito maior, algo que a mesma não conseguia entender, mas estava disposta a tentar.

Agatha sentia cada vez mais sua respiração pesada, sua mente estava confusa, ainda se sentia fraca, queria entender o que estava acontecendo, mas nada parecia fazer sentido, novamente, sente um olhar sobre ela, irritada, seus olhos azuis, agora brilhavam em um tom púrpura, a magia passeava entre seus dedos, ela escuta uma risada baixa, mas alta o suficiente para chamar a atenção da bruxa, Agatha não falava nada, mas uma postura de defesa estava tomando conta de seu corpo.

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