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O olhar de Rhaenyra para Criston transmitia raiva, mágoa e principalmente tristeza. Criston suspirou e deu um passo para frente ficando mais próximo a ela.

– Me encontre na minha casa… Lá conversaremos sobre isso. - disse num tom baixo para que somente ela pudesse ouvi-lo. – Prometo te contar o que está acontecendo.

– Te encontro lá. - Rhaenyra respondeu dando um leve aceno com a cabeça antes de se virar e voltar para seu carro enquanto Criston entrou no carro que o esperava.

Rhaenyra respirou fundo e entrou em seu carro, tendo um Daemon nada contente lhe encarando.

– Posso saber que palhaçada foi essa? - perguntou assim que ela fechou a porta.

– Siga aquele carro… Vamos na casa do Criston. ‐ Rhaenyra pediu e Daemon a encarou boquiaberto. – Por favor, Daemon!

– O que foi mamãe? - Visenya perguntou.

– Criston tem uma história pra me contar e eu quero saber… - Rhaenyra respondeu e olhou para Daemon. – Você tem duas opções Daemon… Você pode ir comigo ou pode me deixar ir sozinha.

– Deixar você sozinha com aquele metido a besta está fora de questão. - Daemon bufou.

Rhaenyra revirou os olhos e colocou o cinto de segurança enquanto Daemon ligou o carro e saiu dali indo em direção a casa de Criston.

Não demoraram a chegar, assim que Daemon estacionou em frente a casa de Criston o mesmo já os esperava do lado de fora. Rhaenyra foi a primeira a descer do carro, seguido de Visenya e Daemon que não estavam nada satisfeitos com a situação.

– Entrem! - Criston sorriu fraco abrindo o portão e dando a devida passagem para os três passarem por ele que entrou por último trancando novamente o portão. Caminharam em passos lentos e silenciosos, Criston abriu a porta fazendo sinal para que eles entrassem e se sentassem no sofá. Rhaenyra se sentou no sofá menor enquanto Daemon e Visenya sentaram no maior.

– E aí?! - Criston perguntou aleatoriamente e se sentou ao lado de Rhaenyra que o encarava esperando que ele dissesse mais. – Olha eu ia te contar… Uma hora eu acho… Na verdade não sei, porque não tem muito o que contar é só mais uma história triste.

– O que aconteceu? - Daemon perguntou.

– Quando fui pra Alemanha eu já sentia umas dores estranhas no peito, mas eram bem de vez em quando eu ficava dias sem sentir e às vezes sentia um incômodo e em outras vezes sentia uma dor um tanto considerável, mas suportável… - Daemon explicou alternando sempre o olhar entre Rhaenyra e Daemon. – Fiquei uns dois anos nessa até finalmente ir no médico… De início não encontraram nada, mas mesmo assim fiz diversos exames e bem deu que eu tenho uma doença séria no coração… É rara e com um nome bem complicadinho, mas isso não importa o que importa é que eu nasci assim e a doença iria se manifestar de qualquer jeito…

– E qual o tratamento? - Rhaenyra perguntou num tom um tanto apreensivo. Criston a encarou e sorriu leve, soltou um suspiro breve e respondeu.

– Essa é a parte mais engraçada… Não tem… Preciso de um transplante de coração e isso é tão difícil… Aí eu fico indo no hospital quase sempre pra tomar uma injeção só pra adiar o inevitável.

– Não tem? - Rhaenyra sussurrou.

– A única alternativa é o transplante, mas eu tô cansado sabe? Não sei se vou aguentar esperar… As dores pioram a cada dia tenho a sensação que meu peito vai explodir é horrível. - Criston disse colocando a mão brevemente sobre o coração.

– Caramba Criston… Foda isso aí em. - Daemon disse num tom mais calmo.

– Pois é cara… Mas no fundo ainda tenho esperança de que vai ficar tudo bem mesmo, que eu não acredite nisso totalmente.

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