Silver.

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[ NOTAS INICIAIS ]

Estavam com saudades? Pois eu também estava! Gente eu fiquei off para sossegar um pouco a mente, mas aqui estou eu com mais um capítulo e tem
personagem novo! Aproveitando para dizer que tem uma oneshot rebiles no meu perfil aqui no wattpad, vão conferir e comentar kkkkk' Sem mais delongas, boa leitura e estou no X e Bluesky: brielfaye.
*Erros, reviso depois.*

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Rebeca abriu a porta da enorme casa de uma forma bruta e caminhou até a sala, onde Ralph se encontrava bebendo o seu tão conhecido whisky e fumando o seu cigarro, enquanto conversava com alguém ao telefone. A brasileira estava desconfiada de que ele seria o responsável por essa confusão toda, mas ao saber da suposta morte de Jade e Flávia, agora ela tinha certeza, porque ele foi um dos responsáveis por dedurar o esquadrão dela na guerra por justamente olhar mais para o lado do dinheiro, mas a verdade é que Rebeca desconfia dele por ele justamente saber de toda a sua vida, então não restava dúvida para ela.

- Olha só, mas que surpresa agradável. – Ele sorriu ao repousar o cigarro em seu cinzeiro. – Quanto tempo Rebeca.

- Eu não vim aqui para brincar de casinha, onde estão as minhas amigas? – Rebeca se aproximou olhando seriamente para o rapaz.

- Que amigas? – Ele olhou sem entender.

- Não me testa, Ralph! Eu sei que é você que está por trás de tudo isso que está acontecendo com a Simone, mas mandar matar a Jade e a Flávia?

- Querida. – Ele se levantou olhando sem entender para a brasileira. – Do que você está falando? Eu não mandei matar ninguém.

- Como você consegue mentir e ser tão frio? – Rebeca levou suas mãos ao rosto e começou a andar de um lado para o outro. – Mais uma vez você me traindo! E mais uma vez por sua causa, vidas foram perdidas.

- Ei! – Ele bateu na mesa um pouco irritado. – Não diga mais isso, ouviu? Eu posso ser um canalha, mas jamais um assassino! – Passou a mão pelos cabelos e respirou fundo. – Eu realmente não sei do que você está falando, mas de uma coisa eu tenho certeza, quem está fazendo isso, está deixando rastros e se você for esperta, é melhor ficar atenta.

- Eu... – Rebeca se afastou andando de um lado para o outro e suspirou. – Eu não sei, mas algo está dizendo para eu acreditar em você e eu odeio isso. – Olhou de relance para o homem.

- Acredite, eu mudei, meu amor. – Ele sorriu abrindo os braços e se aproximou da negra, que se afastou dois passos colocando a mão em sua arma, fazendo ele levantar as mãos e assobiar. – Pelo visto você continua a gatinha nervosa de sempre.

- Me chama de gatinha mais uma vez e... – Rebeca trincou os dentes.

- Calma, calma. – Abaixou as mãos e suspirou. – Não vamos brigar, ok? – Sorriu ao se escorar na mesa. – Da última vez que nos encontramos, você tinha um colar, não tinha? – Ele analisou o pescoço de Rebeca, que suspirou.

- E o que isso tem a ver?

- Onde você estava usando ele pela última vez? – Ralph olhava para Rebeca com atenção e sorriu quando viu a expressão dela mudar e ela sair a passos apressados. – Obrigado! – Falou alto e sorriu quando ela apontou o dedo do meio, então ele pegou o telefone e discou para um número que atendeu no segundo toque. – Como elas estão?

- Estáveis e incomunicáveis.

- Ótimo! Ela não pode saber de nada. – Seu olhar estava na mesma direção que Rebeca havia saído.

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Simone suspirou ao se sentar na beirada da proa do veleiro de Rebeca e olhou para o mar pensando em como a sua vida mudou em questão de dias com o retorno da mulher que mexe com os seus sentimentos, mas ela não parava de pentear em como iria contar tudo isso para o seu noivo, Jonathan que estava em outra cidade despreocupado com ela, a ponto de nem ao menos fazer uma ligação, não que isso importasse para Biles, afinal ela não o ama, mas estava preocupada em pensar na forma de como ele iria reagir a notícia de que a mulher que estava tomando conta dela, é sua ex que retornou, salvou sua vida e que ainda a ama. Simone não amava o Jonathan, mas gostava dele e o respeitava e não queria acabar o relacionamento deles de uma forma dramática. Mas ela também estava pensando em Rebeca e na culpa que ela estava sentindo após aquela cicatriz, por mais que a brasileira tenha dito que estava tudo bem, aquilo ainda rodeava em sua mente.

- Está tudo bem? – Lorrane se aproximou se sentando ao lado da negra e lhe entregou um copo com água.

- Mais ou menos, obrigada. – Sorriu fraco e bebeu um gole da água. – Rebeca me contou o que aconteceu na guerra, sinto muito.

- Hum, obrigada. – Lorrane olhou para frente. – Rebeca e Malu eram inseparáveis, sabe? O colar que ela deu para Rebeca, é a metade do meu. – Mostrou o colar e pingente prateado para a estadunidense. – Eu e Rebeca não éramos tão grudadas, mas depois da guerra, nós criamos um vínculo forte, ainda mais depois dela quase morrer.

- Como ela estava? Rebeca. – Simone olhou para Lorrane com atenção.

- Foi terrível, eu passo mal só de lembrar. – Suspirou com o olhar fixado no horizonte. – Ver ela naquele estado, praticamente morta, a roupa lavada de sangue... – Respirou fundo e soltou o ar. – A cirurgia e a recuperação foram os mais difíceis, ela não podia andar ou fazer esforço, chorava todas as noites e tinha alucinações de febre e o único nome que ela chamava era o seu. – Olhou para Biles, que suspirou desviando o olhar. – Quando fomos encarregadas de vir para cá para te proteger, ela foi a única que não demonstrou algum tipo de reação, ficou mais calada que o normal, então liguei os pontos.

- Eu desejei que ela morresse antes de ir embora... – Simone tinha a voz fraca. – É culpa minha.

- Claro que não é culpa sua, você devia estar com raiva e falou sem pensar, não se sinta assim. – Lorrane sorriu e apertou a mão direita de Simone. – Rebeca está aqui agora e ela está bem.

- Falando de mim? – A brasileira chegou sorrindo, mas logo se assustou quando Simone foi rapidamente ao seu encontro com um abraço. – Ei, está tudo bem?

- Aham. – Se limitou a dizer quando Rebeca retribuiu o abraço.

- Lorrane o que você fez com ela? – A brasileira olhou desconfiada para a sua amiga, que sorriu.

- Nada, ela só sentiu saudades. – Brincou.

- Simone Biles com saudades de Rebeca Andrade? – A brasileira olhou sorrindo para a mais baixa, que se afastou dando língua. – Isso é novidade.

- Ok, me conte, o que está acontecendo? – Lorrane se levantou.

- Então, Lo. – Rebeca suspirou desviando o olhar. – Jade e Flávia estão desaparecidas. – Se limitou a dizer mais coisas e olhou para Simone, afinal ela sabia. – Eu fui até a casa do Ralph para saber se ele tinha algo com isso e ele não tem e por incrível que pareça, ele estava falando a verdade.

- Elas sumiram? Mas como?

- Eu não sei, só sei que essa manhã paramos em uma lanchonete e o carro da Jade estava lá e o rapaz que trabalha no local afirmou que elas estavam lá e depois sumiram. – Passou a mão no rosto e suspirou. – Mas o Ralph me deu uma dica.

- E que dica é essa? – Lorrane cruzou os braços.

- Ele lembrou do meu colar, então eu fui até a casa da Biles e vi que a câmera que eu instalei lá, pegava parcialmente a lareira que eu explodi, então resolvi rever a gravidade no meu celular para ver onde o meu colar caiu quando chegou na parte da manhã, havia dois homens, mas não dava para ver direito, mas um deles pegou o meu colar e...

- E quem tiver com o seu colar, é a pessoa que está por trás de tudo isso. – Lorrane concluiu.

- Exatamente. – Rebeca olhou para as duas mulheres.

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Chico estava na sala da casa organizando suas pastas com pistas do caso de Simone e como ele ia fazer para desdobrar tudo isso, afinal, o caso estava em outro patamar e preocupante, ainda mais agora que o dia da premiação do Oscar estava batendo na porta, então não podia haver deslizes e rastros.

- Ei, Chico. – Júlia apareceu sorrindo fraco. – Vamos treinar um pouco?

- Oi, claro! Já estou indo, vai se aquecendo. – Ele sorriu para a mais nova, que sorriu concordando e saindo da sala.

Ele pegou as pastas e as arrumou e então abriu a sua bolsa e antes que pudesse jogar aquela papelada ali, o acessório de prata reluziu entre as demais pastas, o rapaz apenas sorriu e jogou a papelada organizada ali e fechou a bolsa. Ele se levantou e caminhou em direção a área externa da casa, onde Júlia se encontrava aquecendo com mais outros agentes ali. Sem deslizes e sem rastros.

Lifeguard - Rebiles AUOnde histórias criam vida. Descubra agora