Coffee.

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[NOTAS INICIAIS]

Cheguei com mais um capítulo, curtinho, mas que vai ser essencial para a história. Estou amando que vocês estão gostando da au e isso me motiva a escrever mais dessa história que estou amando também. Estou no bluesky: brielfaye.
*Erros, reviso depois.*

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Simone estava encolhida no sofá com um olhar perdido naquela casa enquanto as meninas ficavam andando pelo lugar montando equipamentos e olhando Rebeca, que estava desacordada no quarto, mas tomando remédios intravenosos. Ela passou por uma cirurgia para fechar o ferimento e Lorrane doou um pouco de sangue para ajudar ela a se recuperar. Jordan e Sunisa chegaram depois para dar suporte a Simone, mas estava sendo difícil animar a amiga já que o amor da vida dela estava em outro cômodo debilitada por justamente salvar a sua vida. O fato é que a raiva de Simone ter descoberto sobre a Rebeca ser um soldado, não foi por conta disso e sim pela ideia de que quando abrisse a porta ou recebesse uma ligação, a notícia não seria a que ela queria ouvir e agora ela vivenciando isso estava a corroendo por dentro, por isso ela se levantou do sofá de forma ríspida quando Sunisa se aproximou com uma caneca de chá para lhe entregar, não havia possibilidade de ela ficar calma naquele momento.

- Eu nunca vi Simone desse jeito. – Sunisa falou ao se aproximar de Flávia, que estava mexendo no notebook enquanto comia um sanduíche.

- Você ainda não entendeu, não é japinha? – A loira disse enquanto focava na tela do notebook.

- Primeiro, me chamo Sunisa e segundo, não sou japinha, sou descendente de família chinesa. – Ela se sentou ao lado da loira que deu de ombros. – E não entendi o quê?

- Argh. – Flavia limpou a boca e olhou para a morena ao seu lado. – Rebeca e Simone se amam e elas têm uma história juntas.

- O quê? – Sunisa olhou curiosa para a loira que sorriu fraco. – E ela nunca me contou isso?

- Relaxa, eu só soube quando eu e Rebeca estávamos no Iraque e eu a vi segurando uma foto de Simone, foto essa que ela guardava no bolso esquerdo da jaqueta acima do peito. – A loira revirou os olhos.

- Muito gay. – As duas falaram juntas e se entreolharam por um tempo sorrindo.

- Então... É isso. – Flavia engoliu a seco desviando o olhar. – Elas se amam e a única coisa que vai deixá-la feliz, é Rebeca acordando e provando que está bem.

- Mas ela vai ficar bem? – Sunisa estava realmente preocupada.

- Vai, ela perdeu muito sangue apenas, mas com a doação da Lorrane, logo ela estará de pé. – Flavia sorriu para Sunisa, que sorriu fraco concordando.

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Rebeca estava suando frio e se remexendo na cama, barulhos de tiro e explosões ecoavam em sua mente, memórias de seus momentos no Iraque vieram como um turbilhão. Foram os piores dias que ela já passou na sua vida, longe da família e amigos e principalmente do amor da sua vida, mas era isso ou perder a sua reputação no exército.

- Eu prometo voltar para você, meu amor. – Ela disse olhando a foto de Simone um pouco surrada em seus dedos trêmulos e sujos, enquanto se protegia em uma casa abandonada e destruída pela guerra.

Ela novamente virou o rosto e murmurando algo enquanto aquelas memórias assombravam a sua mente, Flávia estava passando na porta do quarto, quando viu e entrou desesperada segurando o corpo de sua amiga pelos ombros, Rebeca se contorcia na cama murmurando o nome de Simone, então ela gritou por Júlia e assim que a mais nova apareceu, ela pediu que chamasse a mulher que estava na área externa da casa com suas amigas.

Lifeguard - Rebiles AUOnde histórias criam vida. Descubra agora