[NOTAS INICIAIS]
Oi gente! Desculpem a demora, mas a escritora aqui precisou de um tempinho para relaxar a mente e refrescar as ideias kkkkkk' Esse capítulo é curtinho, mas essencial, pois no próximo irei adicionar um personagem novo do mundo de Wynonna Earp e que faz parte do passado da Rebeca, vocês vão gostar dele. Enfim, boa leitura e estou no bluesky e twitter: brielfaye.
*Erros, reviso depois.*--
Já era de manhã quando Simone acordou sentindo algumas dores no corpo, após dormir com Rebeca no carro não tão confortável da brasileira. Diferente da outra que dormia tranquilamente ao seu lado a ponto de estar com a boca aberta e roncando baixo, Simone ainda pensava na conversa que teve com Rebeca e a descoberta sobre ela carregar em seu braço uma chave que poderia desencadear uma guerra nuclear. "Como?" Ela pensou, talvez a pessoa que esteja por trás disso, fez justamente de propósito para pegar Rebeca novamente? Afinal, quando ela estava no Iraque com a outra chave, ela quase morreu para proteger aquilo. "A cicatriz" Simone lembrou e novamente seus olhos marejaram só de imaginar o quanto ela sofreu vivendo aquele inferno e como foi a sua recuperação. Olhou para o horizonte e se lembrou da promessa que Rebeca fez antes de ir embora da sua vida: "Eu vou voltar, baby. Eu prometo." Mas ela não voltou, Rebeca não havia voltado e agora ela sabe o motivo, mas a culpa a consumia por dentro, pois no instante em que Rebeca havia dito aquilo, ela rebateu: "Por mim, você pode sumir ou morrer, não irei sentir a sua falta e isso é uma promessa." As lágrimas desciam pelo rosto de Simone e então o choro que ela tanto segurou por anos, agora a consumia. Seu corpo tremia, suas mãos suavam, seu coração palpitava forte e sua respiração estava falhando, ela estava tendo uma crise de ansiedade e não havia ajuda de ninguém, se não houvesse duas mãos firmes, um corpo quente e um abraço forte, ela estaria realmente sozinha, mas Rebeca estava ali, ela estava lhe amparando e lhe acalmando e escutando o choro doloroso de Simone. Alguns minutos depois, ela começou a se recompor, a controlar o seu corpo, a sua respiração e a sua mente, aquela sensação de formigamento foi embora para dar espaço ao cansaço físico, cansaço esse que ela nunca sentiu quando era uma ginasta, mas sentiu quando era uma ginasta que havia largado uma Olimpíada por conta da sua saúde mental e vivenciar isso de novo, foi terrível.
- Estou aqui, baby. Estou aqui. – Rebeca dizia baixo enquanto alisava as costas de Simone, que estava agarrada em seu corpo.
- Me desculpa, por favor. – Ela disse baixo e triste.
- Ei, está tudo bem. – Rebeca afastou o rosto de Simone e sorriu fraco olhando nos olhos da mais baixa. – Eu estou aqui para te proteger, é o meu trabalho.
- Não é isso, é que...
- Simone, está tudo bem. – Rebeca a interrompeu fazendo carinho no rosto da mulher, que respirava fundo. – Não vou deixar nada te acontecer, eu prometo, está bem? – A brasileira encrava aqueles olhos que ela tanto amava e procurava uma resposta neles, Simone apenas sacudiu a cabeça e ela sorriu. – Assim que fala! Agora vamos? Precisamos tomar um reforçado café da manhã e ir se encontrar com as meninas.
Elas seguiram o caminho até a lanchonete em um silêncio que não era incômodo, mas Rebeca estava preocupada com Simone, que ficou com a cabeça encostada na janela com um olhar vago pela estrada. Ela sabia que não devia ter contado o que estava acontecendo de fato com a mulher, mas ela precisava pelo menos resgatar um pouco da confiança que ainda tinha entre as duas e contar a verdade, até porque ela não queria mais mentiras entre elas duas. Seu olhar desviou da estrada para a lanchonete que estava toda interditada com carros de polícia e estacionou em frente a janela destruída e queimada do local, Simone encarou a mais alta, que soltou o cinto e desceu observando tudo aquilo, mas seu coração bateu mais rápido quando viu o carro de Jade estacionado mais ao lado.
- Não, não, não... – Ela dizia baixo ao andar até o local e entrar sem pedir licença. – Ei! Você! – Apontou para um rapaz alto e magro com uma barba falhada e um cabelo mal arrumado, seu uniforme estava sujo devido a poeira e a fumaça. – O que aconteceu aqui?
- Desculpa, mas você é da polícia? – Um outro rapaz com o uniforme policial chegou encarando Rebeca, que o olhou de cima a baixo.
- E isso interessa? – Voltou a olhar para o rapaz e sorriu fraco. – Então Salsicha, não me olha com essa cara de quem perdeu o Scooby-Doo e me responde, o que aconteceu aqui?
- Bom...
- Você não vai responder ela, ela não é da polícia. – Novamente o policial se intrometeu e isso acabou irritando a morena.
- Títulos. – Rebeca fez uma careta e voltou a olhar para o rapaz. – Então...
- Houve um ataque aqui ontem a noite, uma bomba explodiu e houve duas vítimas. – Ele se encolheu nos encarando e eu apenas o analisei mandando continuar. – Mas os homens as levaram, era uma rui...
- Ruiva e uma loira. – Falou quase em um sussurro e saiu dali às pressas até o carro sentindo o seu coração palpitar. – Simone! – Abriu a porta do carro e encarou a mulher, que agora a olhava com uma certa aflição. – Vem comigo.
- O que aconteceu? – Simone desceu quando Rebeca a puxou pela mão. – Rebeca...
- Apenas vem comigo. – Ela andava apressada até o estacionamento atrás da lanchonete, em seguida quebrou o vidro da janela com o cotovelo e abriu a porta.
- Meu Deus! Você vai roubar um carro? – Simone a encarava descrente. – Mais um na verdade.
- Desculpa, mas você quer que eu desroube, linda camponesa? – Olhou a mais baixa que revirou os olhos e bufou. – Você vai dirigir esse carro até o endereço que vou te entregar. – Rebeca dizia enquanto fazia uma ligação direta e ligava o veículo.
- Eu não vou fazer isso, não mesmo. – Simone se afastou de braços cruzados. – Não vou roubar um veículo.
- Tem certeza de que sua preocupação é um carro que vamos pegar emprestado sem data de devolução, do que uma guerra que pode acabar com o mundo em alguns dias? – Rebeca a encarou com as mãos na cintura. – Vai, entra no carro.
- E você vai aonde? – Simone encarou a mais alta.
- Eu vou fazer um pequeno desvio, mas já encontro você. – Tirou um celular descartável do bolso e entregou para ela. – Tem um número nele, é o da Lorrane, você vai ligar daqui há dez minutos e dizer para te encontrar no trailer.
- Trailer?
- Sim, ela vai saber o que é. – Rebeca olhou nos olhos da mais baixa e sorriu fraco. – Eu vou te encontrar, eu prometo. – Deu um breve beijo na testa da mais baixa e se afastou, deixando uma Simone preocupada para trás.
A brasileira entrou no carro de Jade e abriu o porta-luvas, onde pegou toda a documentação e alguns pertences importantes, logo foi na mala onde pegou sua mochila e sua bolsa e caminhou até o carro com o policial ao seu alcance.
- Você tem que ir comigo para a delegacia, mocinha. – Ele se espantou quando ela bateu a porta do carro com uma certa força e virou o encarando com um olhar sério.
- Eu não vou para delegacia alguma, pois não cometi nenhum crime. – Deu a volta no carro e entrou novamente fechando a porta, mas abriu a janela quando o policial ainda a encarava.
- Eu vou descobrir quem você é e de onde você veio. – Ele sorriu. – Não vai fugir de mim.
- Ah, é? Vou dar uma dica para você. – Ela se debruçou na janela. – Anota aí. – Apontou para a caderneta que ele estava segurando e sorriu quando ele começou a escrever. – Meu nome e Joele e vim procurar o meu animal que tem um nariz vermelho. – O policial a encarou sério e ela apenas sorriu em deboche. – E sim, Papai Noel existe, tchauzinho.
Acelerou o carro a ponto de levantar poeira na cara do policial e ela apenas sorriu ao olhar ele parado conforme diminuía no reflexo do retrovisor. Rebeca seguiu seu caminho até um lugar específico torcendo para que a sua loucura desse certo.
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Lifeguard - Rebiles AU
FanfictionRebeca Andrade, uma ex agente militar é obrigada a voltar para a vida de sua ex, Simone Biles, ex ginasta e agora atriz renomada dos EUA. Sua missão é proteger a vida da mulher e quem sabe reconquistar o amor da sua vida.