O sobrenatural bate à porta - Parte 2

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Olá, hunters❤️ Como estão?

Voltei com a segunda parte de toda confusão do capítulo anterior e hoje, pelo o que vocês podem ver na capa, conheceremos a queridíssima Savannah Cross.

Espero que gostem, boa leitura!

~ Isabelle Drisdale ~

Caminhei por aí, sem um lugar ao certo como destino, sentindo vontade de chorar, gritar, explodir. A falta de estabilidade em minha vida era corriqueira, mas isso não tornava tudo mais confortável. A reposta óbvia é: vai pra casa. Era a coisa mais sensata a se fazer, entretanto, eu não conseguia, não conseguia simplesmente bater na porta e despejar em cima dos meus pais mais um problema. O nome da minha família já está correndo na boca da cidade o suficiente depois da minha auto internação. Mesmo meu pai tentando silenciar as más línguas, nada adiantou, no fim das contas.

Primeiro, o xerife da cidade adota uma menina com um longo histórico de furto e moradora de rua, o que já não é muito coerente. Depois essa menina se torna uma grande investigadora, levando a população a pensar em nepotismo. Tempos depois, ela se interna em uma clínica psiquiátrica com medo de um surto mental. Agora ela acaba de explodir uma sorveteria cheia de gente inocente.

Não. Eu não vou para casa. Não dá, não tem como, não tem a menor condição de envolvê-los em mais um problema abrigando uma fugitiva dentro de sua casa, pois é certo que a polícia virá atrás de mim.

O desesperado era aflorado em mim, mas parecia crescer cada vez mais quando eu me dava conta de que não sabia o que fazer. Estava tão absorta em meus pensamentos que o carro parando ao meu lado repentinamente não ativou o modo alerta do meu cérebro, a ação passou como um mero detalhe antes de a voz feminina me chamar.

- Izzie...? - me virei rapidamente, piscando algumas vezes e pondo a mão na frente do rosto por causa do farol aceso. Metade de seu corpo estava para fora do carro, o cenho franzido e tom relutante personificavam sua dúvida antes de a clareza iluminar suas feições ao confirmar que era eu. - Meu Deus, o que você...

A jovem veio até mim sob passos rápidos, colocando as mãos em meus ombros e me analisando de cima a baixo, enquanto eu era o puro choque, sem reação. Savannah Cross não havia mudado em absolutamente nada, com exceção do cabelo, esta troca de cabelo literalmente todo mês. Dessa vez estava morena, com cachos de babyliss um pouco abaixo dos ombros.

- Sav... - sussurrei meio sem jeito, não conseguindo distinguir se sentia pânico ou alívio em vê-la.

- O que aconteceu com você?! 'Tá toda machucada! Meu Deus, sua perna... viu te levar para um hospital agora! - me pegou pelo braço e tentou me puxar, mas eu travei meus pés no mesmo lugar.

- Não, não precisa, eu estou bem. - minhas palavras eram totalmente contraditórias ao meu estado. Eu sentia meu rosto inchado de tanto soco que levei. A runa de cura, por estar com o desenho enfraquecido, está com um efeito mais lento.

- Você saiu da clínica quando? Onde estão tio Robert e tia Sofía? - foram tantas perguntas que não consegui escolher qual responder primeiro, meu cérebro parecia ter derretido e não sabia qual atitude tomar. Seu cenho se franziu novamente com a minha falta de resposta e eu pude ver até um traço de irritação por causa minha inércia. Novamente me olhou de cima a baixo, avaliando o sangue que manchava minha roupa e meus machucados. - Em que tipo de encrenca você se meteu?

Não adiantava, eu poderia esconder o que for, mas Savannah me conhecia até o último fio de cabelo. Minha ex-cunhada - e, depois de tudo, acho que ex-melhor amiga - me analisava com um olhar preocupado, mas inteligente. Foi aquele olhar que a fez ser a melhor funcionária do departamento de TI da minha delegacia. Tudo o que tem a ver com tecnologia, Savannah tira de letra.

NIGHTFALL | Dean WinchesterOnde histórias criam vida. Descubra agora