Yin Yang - Sasuhina

O quarto..

Um olhar que me faz perder a noção do tempo.
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Narrativa da Hinata*

A dor na minha cabeça era como um martelo martelando meu crânio. Abri os olhos devagar, sentindo a luz fraca que entrava pela fresta da cortina. O quarto estava escuro, mas não totalmente. Conseguia distinguir as formas do guarda-roupa, da cômoda, entre outras coisas.

Ouvi o som da água caindo, como uma melodia suave. Era a porta do banheiro, alguém estava tomando banho. Não me concentrei muito, a dor me consumia.

Olhei para frente, e reconheci o quarto. Era o mesmo que eu havia acordado antes. Antes, não havia reparado nos detalhes. Era um quarto grande, com um guarda-roupa imponente, uma cômoda com gavetas, uma cama pequena (na qual eu estava sentada), no outro lado, uma escrivaninha com papéis espalhados. Uma janela, coberta por uma cortina, me impedia de ver o que estava lá fora.

A dor era intensa, mas eu precisava me acalmar. Respirava fundo para poder "controlar" a dor.

Estava perdida em meus pensamentos, olhando para a janela escura, quando ouvi a porta do banheiro se abrir. Virei-me rapidamente, meus olhos se arregalando ao ver...Sasuke...

Ele estava ali, nu, apenas uma pequena toalha amarrada na cintura. Meus olhos se arregalaram, percorrendo seu corpo. Ele tinha tatuagens em uma das coxas, em seu abdômen... Meu coração disparou, e eu não conseguia desviar o olhar.

Céus, como esse homem havia ficado tão gato?....

AH!!!No que estou pensando?!Não Hinata! E sua paixão pelo Naruto?Foi um simples Uchiha - que por sinal é gato - não pode tira-lo de sua cabeça!!!

Sinto meus rosto ficar quentes, os olhos negros de Sasuke se encontram com os meus, por algum motivo, eu me senti diferente...Me senti...quente?

‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ - Tsk...Está me olhando novamente, Hyūga... - Sou tirada de meus pensamentos.

‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ - A-ah?

‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ - Não consegue nem disfarçar...

‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ - Hum! E-está e-engano, Uchiha-san....

‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ - Esta gaguejando tanto...nunca viu um homem semi-nu já vida, Hyūga? - Como ele conseguia ser tão direto sobre um assunto desses!?

‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ - N-nunca...

‎ ‎ ‎ ‎ ‎ ‎ - Oh...Fui sua primeira vez? - Ele riu.

Primeira vez?!Por que ele tem que fakar desse jeito sugestivo!?Parece que havíamos feito algo carnal! A respiração ainda ofegante, a pele quente, os cabelos bagunçados... Céus, e que sorriso é esse, um pouco travesso, um pouco satisfeito... Eu provavelmente estou corada até as orelhas, e não consigo desviar o olhar. Seus olhos, escuros e intensos, me prendem como um feitiço. Ele parece um imã.

Ele leva a mão até a toalha, fazendo menção de tirá-la, viro minha cara para o lado oposto, meu rosto ardendo de vergonha. O calor que emanava dele, a promessa de algo mais, me deixava completamente atordoada.

O silêncio se instalou entre nós. Ouvia seus passos firmes pelo quarto. Era como se o próprio ar estivesse carregado de expectativa, e a tensão me apertava o peito.

A curiosidade me corroía por dentro, um verme faminto que roía meus pensamentos. Por que ele estava naquele quarto? O que fazia ali, tão perto de mim? E a pergunta que me assombrava, como um fantasma: ele estava me espionando? Que tarado!