19. Nosso

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Rebecca Armstrong


Freen tem andado mais ansiosa desde aquela manhã, como se voltasse a me esconder algo, detesto ter este pensamento quando penso que sei de tudo parece que apenas estou na superfície dos seus problemas. 

Sempre que tento tocar no assunto ela foge, tenho de descobrir, pode ser algo grave, como suspeito.

 Apesar dela estar mais afastada psicologicamente tem estado mais grudenta como uma despedida, ela deve de estar a planear algo e não me quer dizer o que é.

Reparei que o seu armário tem ficado cada vez mais vazio e que a mala de viagem que ela antes mantinha no canto inferior direito, está agora escondida no canto inferior esquerdo, perto do lado da porta, longe da visão de quem entra no quarto.

Sorte a minha que sou observadora. 

Hoje a Freen tem estado mais grudenta e sempre cheia de lagrimas nos olhos, mais satranha do que o resto da semana.

No fim de semana tive o meu sobrinho aqui em casa e a Freen ficou colada a ele, fizeram tudo juntos, e no final do dia a Freen chorou quando nos despedimos.

Foi então que eu tive a certeza: a Freen Irá nos deixar.

Bem... isso é o que ela pensa.

Já alertei a minha equipa para monitorizar todos os passos dela, se ela for... todos nos vamos.


05:00 da manhã


Ouço o meu sensor de movimento alertar que o corpo está em movimento, é agora que a Freen vai embora. Me mantenho quieta, pois tem uma equipa lá fora a ver tudo por diversas câmaras que foram instaladas ao longo da semana para não levantar suspeitas da vizinhança. 

Vejo a porta do meu quarto ser aberta devagar e facho os olhos instantaneamente, sinto uma mão tremula pousar na minha cara e um carinho suave. 

— ...lamento imenso Becky.... não queria abandonar a nossa pequena familia, mas o meu filho precisa de mim... Ele está vivo... E ele pode voltar para mim, finalmente vou poder pegar o meu filho ao colo e sentir o seu corpo contra o meu... Tenho de viver o meu pesadelo de novo... mas será por um bem maior....

Sinto o colchão ficar mais leve e um pequeno selinho na minha testa, passado um tempo seinto menos claridade no quarto, ela saiu, foi atras do filho dela.

Bem o que ela não sabe é que agora o filho é nosso.

E se o filho é meu também, também estou disposta a entrar no pesadelo dela e tornar esse pesadelo nosso.

Quando vejo uma luz branca a piscar da janela do meu quarto sei que posso me levantar, pois ela já não está em casa, pego na minha mochila, na arma e corro em direção á porta.

Olho para a minha casa uma ultima vez antes de sair, vejo todas as memorias que criamos, e penso nas novas memorias que podemos criar.

Claro, com o novo membro da família.


07:20 da manhã


Mais de 2 horas a seguir o carro da Freen e estamos no meio do nada, claro tem muitos carros na estrada mas a ultima vez que vi uma casa foi á cerca de 30 minutos atras. 

A Freen está tão concentrada em chegar ao seu destino que apenas tivemos de trocar de carro 3 vezes, ela apenas parou 1 vez durante a viagem para reabastecer. Apesar de estarmos á muito tempo dentro do carro  ela parece saber exatamente para onde vai.

Finalmente depois de andarmos tanto tempo sempre em frente, ela vira e entra para uma cidade, bastante industrializada mas ainda assim menos influente comparada á nossa.

Tem alguns prédios altos de vidro, algumas cafetarias e uma pequena clinica, por tenho a impressão de já ter estado aqui.

— Olha, tivemos uma missão nesta cidade, certo Becky? Tínhamos de descobrir informações e sobre uma gangue e nos infiltrar, e saímos da cidade com 2 capangas e com informações de uma máfia. Nunca te perguntei, mas porque voltaste descalça? Aqueles sapatos eram tão a tua cara: gays.- perguntou a Irin.

Sim a Irin estava aqui o tempo todo, mas estava com a cabeça tão cheia que nem falamos, além disso ela estava ocupada a enviar relatórios.

— Bem... acho que a pessoa a quem dei os sapatos precisava mais do que eu.

— OH! Te fiz sorrir pela primeira vez hoje! 

— Só tu mesmo....

— Acho que chegamos, ela acabou de virar para esta casa.- diz enquanto continuava a seguir o caminho  a perdendo de vista, paramos 2 saídas á frente e voltamos a pensar em como invadir a casa, que agora sabemos que é enorme- Infelizmente, acho que não temos tropas suficiente para invadir temos de aguardar e receber tropas para invadir com segurança.

— Não temos temos tempo, ele pode voltar a lhe magoar, segundo os relatórios ele é o chefe de uma das máfias que andamos á procura, então imagina o que ele pode fazer com ela!

— Tem calma agente Armstrong , eu sei disso, mas não podemos simplesmente entrar lá dentro e dar tiros para todas as direções, se as informações que nos deste estiverem certas tem uma criança lá dentro, temos de ter cuidado. Por enquanto vamos instalar a nossa equipa perto da casa e ver se tem alguma movimentação anormal, mas não podemos fazer mais do que isso.

— Certo.

Nos levantamos e vestimos por cima dos coletes roupas normais para nos misturarmos com os civis e andamos até ao caminho que a Freen tinha entrado, não era preciso ser muito inteligente para saber que a casa com aproximadamente de 3 andares, fonte e altos muros era casa do ex-marido dela. 


08:00 da manhã


Apenas mais 1 hora para os reforços chegarem, e eu estava a suar frio, até agora não houve movimentação alguma, o que deveria ser bom, mas infelizmente não é o caso.

— Becky...? Escuto?

— Sim Irin?

Os nossos vigias detectaram que a vitima está a ser ameaçada por uma ar- POM!

— Merda!


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Mais um!

A fanfic está mesmooo a acabar dou apenas mais 3 episódios.

Mas tenho mais uma em mente, esta apenas irá sair quando estiver completa assim não têm de esperar muito para sair.  

Tudo por causa de um café (freenbecky)Onde histórias criam vida. Descubra agora