11. ONZE

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Jungkook mexe os ovos na frigideira, assobiando.

— Que bom humor! Imagino o que provocou isso!

Ele sorri, olhando Jimin de lado e adorando o sorriso sensual. Jimin o provoca desde o amanhecer, e depois da noite anterior está surpreso ao ver como tem energia para acordar tão cedo.

— Posso levá-lo para cima e mostrar, se quiser.

— Para cima? Mas há pelo menos uns vinte quartos que ainda não visitamos. — Jimin sorri o corpo antecipando o prazer do toque dele.

— Vinte é pouco. — Jungkook retruca com um olhar cheio de segundas intenções na direção da mesa.

Jimin acha a idéia perfeita.

— Além de sugerir essas coisas, — Provoca — quais são seus planos para hoje?

— Além de olhar para você?

— Puxa, que elogio!

Jungkook leva a frigideira até a mesa e coloca os ovos numa tigela. Então leva a frigideira e todos os utensílios que usou para a pia, lava-os e enxuga-os, guardando tudo. Jimin pisca surpreso, e
quando Jungkook fecha a porta do armário percebe a expressão dele.

— O que foi? — Pergunta, olhando para o jeans e os pés nus para ver se estão respingados de ovo.

— Um homem que arruma a cozinha. Espere até minhas irmãs saberem disso.

Jungkook faz uma careta.

— Vivi sozinho por muito tempo. Se não o fizesse, ninguém faria.

— Continue assim, Jeon. Gosto de homens que sabem que seu lugar é com uma esponja de lavar louça na mão.

Jungkook ri, agarrando-o por trás quando ele passa com um prato de bacon. Jimin coloca o prato sobre a mesa, e Jungkook enterra o rosto no seu pescoço macio.

— Você cheira tão bem.

— Deve ser a gordura do bacon. Dá um toque de mistério.

Jungkook ri, virando-o e beijando-o bem devagar.

O corpo de Jimin reage de imediato e ele puxa Jungkook, acariciando o peito largo coberto pela camiseta azul. Ao afastar-se está sem fôlego, e meio zonzo de desejo. Ele afasta os cabelos de Jungkook da testa.

— Se quiser, posso cortar seus cabelos.

— Não gosta do estilo pirata? — Ele provoca.

— É bonito demais para se esconder atrás dos cabelos.

Jungkook sorri. Toda vez que Jimin diz que ele é bonito, quer acreditar.

— Hoje à noite, então. — Ele o beija de leve, e afastam-se para preparar o café.

Mastigando uma fatia de bacon, Jungkook coloca pão na torradeira, enquanto Jimin pega pratos e talheres no armário, arrumando quatro lugares. Dewey aparece toda manhã para tomar café, mas Eunchae ainda vai dormir pelo menos mais uma hora. Jungkook abre a geladeira para pegar a manteiga, e ao fechá-la vê Jimin imóvel, encarando a porta. Franzindo a testa, Jungkook acompanha o olhar dele.

Eunchae está parada ali, os cabelos despenteados pelo sono, o ursinho pendurado numa das mãos. O pânico o envolve. Oh, Deus! Ela vai ver as cicatrizes.

O olhar de Jungkook volta-se para Jimin, que reconhece o pedido de socorro. Uma coisa era Jimin aceitá-lo, sem restrições. Mas uma criança de quatro anos é diferente.

— Bom dia, Eunchae. — Diz Jimin, e só Jungkook nota o tremor na sua voz. Jimin estende a mão, detendo-o onde está ao perceber que ele ia dar
as costas à filha.

DOMESTICANDO A FERA - Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora