7. SETE

57 19 26
                                    

╴╴╴╴╴╴╴╴╴╴ 
Jimin e Jungkook continuam nesse nem come nem sai de cima. Vamos continuar acompanhando eles....
︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶︶

.

Jungkook sente o gosto de Jimin, antes mesmo de seus lábios se tocarem. Ouve o gemido abafado, pedindo mais. Então, a boca de Jungkook devora o dele, e o calor espalha-se por seu corpo, penetrando nos ossos, como um fogo incontrolável.

— Jimin. — Jungkook murmura, e Jimin enterra os dedos no peito dele, puxando-o para mais perto. — Não devíamos... — As mãos dele deslizam pelo peito forte de Jungkook, mas Jungkook segura-lhe os pulsos, prendendo-os atrás das costas dele (JM).

— Não. — Grita Jimin, o desejo transformando-se em raiva. — Não
posso. — Ofega, afastando os lábios dos de Jungkook. — Não consigo viver assim. Se não confiar em mim, não pode haver nada entre nós.

Jimin luta para livrar-se, e imediatamente Jungkook solta seus
pulsos. Jimin não olha para trás, enquanto corre para a casa, o corpo
ansiando pelo de Jungkook, o coração partido.

Jungkook o vê se afastar, tentando recuperar o fôlego. Isso não está acontecendo, não pode ser, diz a si mesmo, o corpo ardendo de desejo. Mas, no mesmo instante, se vê como uma imitação patética do homem que foi um dia. E detesta.

Depois de uma corrida que testa até o limite seus músculos doloridos, Jungkook volta para casa, pegando um copo de água antes de subir. Ao passar pela sala, encontra um dos desenhos de Jimin sobre a mesinha de café. E um esboço de Eunchae dormindo na poltrona com a gatinha. Há outro, da casa, e mais um, de Eunchae sorrindo graciosamente. O que o surpreende não é apenas o fato de que são muito bem feitos, mas o amor que é possível detectar em cada traço. E foi feitos num bloco simples, a lápis. Jungkook pega um dos desenhos de Eunchae e dirige-se ao quarto, quase sem se importar em ser descoberto vagando pela casa. Sabe que Jimin fará de tudo para evitá-lo.

Os dois dias seguintes provam que estava certo. Jimin deixa as refeições na porta da suíte, com uma batida na porta, e não mais do que duas palavras. Sabe que, se falar com ele, as lembranças voltarão, e o desejo também. Também sabe que não irá adiantar, mas precisa de tempo para pôr a cabeça e o coração, no lugar. No entanto, cada vez que pensa em Jungkook, fica mais confuso.

Eunchae parece especialmente feliz nesse dia, e Jimin tenta se concentrar na menina, para esquecer suas apreensões. Eles andam na praia, catando conchas, que lavam e colam na moldura de um espelho antigo que ela encontrou na garagem. Um dos lados da garagem está todo desarrumado, enquanto o outro está em ordem e limpo. Jimin imagina que muitas daquelas caixas devem ter  pertencido à ex-mulher de Jungkook, e guardam lembranças do casamento.

— Quer pintá-lo para combinar com seu quarto? — Pergunta Jimin, e Eunchae nega, com um gesto de cabeça.

— Quero dá-lo para o papai.

Jimin pisca surpreso, mas logo sorri.

— Aposto que ele vai adorar.

— Vou levar para ele.

— Querida, não sei se é uma boa ideia. — Mas Eunchae já corre para a casa, o tesouro apertado contra o peito. Jimin segue, alcançando-a na escada. — Espere Eunchae. Precisa secar. Por que não põe em seu quarto, por enquanto?

— Não! Quero dar para ele. — Eunchae solta-se da mão de Jimin e corre escada acima. Mas Jimin é mais rápido e alcança-a, abraçando-a contra o peito. — Me solte!

— Querida, não pode vê-lo. Ninguém pode.

Eunchae começa a chorar e Jimin senta-se nos degraus, abraçando-a carinhosamente e pondo de lado o espelho. Algumas conchas caem, e a menina passa os braços e pernas em volta de Jimin, soluçando.

DOMESTICANDO A FERA - Jikook Onde histórias criam vida. Descubra agora