- Espera aí - disse Alexandre - eu vou junto com você.
Eu entrei na casa logo atrás de Alexandre, assim que observei a cozinha eu tive milhares de deja vu's , notei que a mancha de café que eu havia feito na parede quando pequena ainda estava na parede, avistei a sala e lembrei de dia que pulei no sofá e quebrei o braço.
- Qual desses era o seu quarto? - Perguntou Alexandre olhando ao redor.
Parei de andar e fiquei de frente pra uma porta, cuja tinha o meu nome escrito à lápis.
Abri a porta, na esperança de encontrar o quarto que eu tinha quando era mais nova, porém a única coisa que vi foram várias caixas de papelão acumuladas.
- O que estão fazendo? - ouvi o velho dizer, e então rapidamente fechei a porta.
Ele arquivou a sobrancelha, e entrou dentro de um cômodo. Alexandre e eu nos entreolhamos.
- Esse homem pode sair a qualquer momento desse quarto com uma arma e nos fazer de refém - disse Alexandre, e eu dei um tapa no seu ombro.
No mesmo segundo o homem saiu do quarto com algo nas mãos.
- No dia que me mudei, encontrei isso no chão de um dos quartos, e resolvi guardar.
Ele me mostrou o que segurava nas mãos. E era o meu colar em formato de coração dourado. Me entregou, e eu observei com muita atenção. No dia que iríamos embora eu fiquei a manhã toda procurando ele mas não o encontrei.
Abri ele e vi uma foto minha com meu pai, de quando tínhamos ido para a praia, quando era pequena o colar parecia ser maior.
- Isso é seu? - o senhor perguntou. Mas eu não escutei, estava muito concentrada tentando segurar as minhas lágrimas.
- É sim, - respondeu Alexandre colocando as mãos em meu ombro - este colar é dela sim.
- Que bom, sabia que algum dia o seu dono iria acha-lo.
Fechei as mãos ao redor do colar e o coloquei próximo ao peito.
- Muito obrigada por ter guardado ele - falei.
Nos despedimos do Senhor é nos retiramos da casa.
- Que horas são?
- São 12:50 - disse Alexandre olhando o relógio no pulso.
- Ai meu Deus, eu tenho que ir pra casa almoçar - falei assustada
- Você pode almoçar lá em casa se quiser.
- Obrigada pelo convite - disse sorrindo para ele, - mas eu prometi que iria almoçar com o meu tio hoje.
- Você pode me passar o seu número pelo menos?
Eu fiquei muito sem graça, porque naquele momento eu não andava com o celular, e se eu falasse isso, iria parecer que eu não estava nenhum pouco interessada nele.
- Bem... mais tarde eu posso ir na sua casa, e aí eu deixo meu número lá, - Alexandre fez uma cara de confuso - e que eu não estou com o meu celular agora, e não, eu não sei o meu número decorado. - falei morrendo de vergonha.
- Tudo bem - respondeu ele - só que eu posso ir na casa do seu tio, eu sei onde ela fica.
* * *
Assim que entrei em casa, vi minha irmã e o meu tio com olhares assustados.
- Onde você estava?!?!? - perguntou Karina.
- Nos estamos desde as 11:00 procurando você. - disse meu tio - nem almoçamos.
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O garoto que aparece nos meus sonhos
Novela Juvenil"- sabe o que eu acho? - disse Betty - ele era sua alma gêmea, mas ele faleceu antes de te conhecer, então ele aparece no seu sonho, para viver um amor uma única vez antes de desaparecer pra sempre." Perola andava tendo sonhos com um garoto de olho...