Teal was the color of your shirt when you were 16 at the iogurte shop

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- Espera aí - disse Alexandre - eu vou junto com você.

Eu entrei na casa logo atrás de Alexandre, assim que observei a cozinha eu tive milhares de deja vu's , notei que a mancha de café que eu havia feito na parede quando pequena ainda estava na parede, avistei a sala e lembrei de dia que pulei no sofá e quebrei o braço.

- Qual desses era o seu quarto? - Perguntou Alexandre olhando ao redor.

Parei de andar e fiquei de frente pra uma porta, cuja tinha o meu nome escrito à lápis.

Abri a porta, na esperança de encontrar o quarto que eu tinha quando era mais nova, porém a única coisa que vi foram várias caixas de papelão acumuladas.

- O que estão fazendo? - ouvi o velho dizer, e então rapidamente fechei a porta.

Ele arquivou a sobrancelha, e entrou dentro de um cômodo. Alexandre e eu nos entreolhamos.

- Esse homem pode sair a qualquer momento desse quarto com uma arma e nos fazer de refém - disse Alexandre, e eu dei um tapa no seu ombro.

No mesmo segundo o homem saiu do quarto com algo nas mãos.

- No dia que me mudei, encontrei isso no chão de um dos quartos, e resolvi guardar.

Ele me mostrou o que segurava nas mãos. E era o meu colar em formato de coração dourado. Me entregou, e eu observei com muita atenção. No dia que iríamos embora eu fiquei a manhã toda procurando ele mas não o encontrei.

Abri ele e vi uma foto minha com meu pai, de quando tínhamos ido para a praia, quando era pequena o colar parecia ser maior.

- Isso é seu? - o senhor perguntou. Mas eu não escutei, estava muito concentrada tentando segurar as minhas lágrimas.

- É sim, - respondeu Alexandre colocando as mãos em meu ombro - este colar é dela sim.

- Que bom, sabia que algum dia o seu dono iria acha-lo.

Fechei as mãos ao redor do colar e o coloquei próximo ao peito.

- Muito obrigada por ter guardado ele - falei.

Nos despedimos do Senhor é nos retiramos da casa.

- Que horas são?

- São 12:50 - disse Alexandre olhando o relógio no pulso.

- Ai meu Deus, eu tenho que ir pra casa almoçar - falei assustada

- Você pode almoçar lá em casa se quiser.

- Obrigada pelo convite - disse sorrindo para ele, - mas eu prometi que iria almoçar com o meu tio hoje.

- Você pode me passar o seu número pelo menos?

Eu fiquei muito sem graça, porque naquele momento eu não andava com o celular, e se eu falasse isso, iria parecer que eu não estava nenhum pouco interessada nele.

- Bem... mais tarde eu posso ir na sua casa, e aí eu deixo meu número lá, - Alexandre fez uma cara de confuso - e que eu não estou com o meu celular agora, e não, eu não sei o meu número decorado. - falei morrendo de vergonha.

- Tudo bem - respondeu ele - só que eu posso ir na casa do seu tio, eu sei onde ela fica.

* * *

Assim que entrei em casa, vi minha irmã e o meu tio com olhares assustados.

- Onde você estava?!?!? - perguntou Karina.

- Nos estamos desde as 11:00 procurando você. - disse meu tio - nem almoçamos.

O garoto que aparece nos meus sonhos Onde histórias criam vida. Descubra agora