O Segredo do Turbante do Sultão

Capítulo 10: O Legado do Sultão

Com esse sentimento de determinação, o Sultão Amim Ali Aziz decidiu que era hora de um evento especial para celebrar tudo o que haviam conquistado juntos. Ele convocou os cidadãos e os dignitários de Al Zubarah e Al-Hudaybiah para uma grandiosa festa, intitulada "A Celebração da Amizade". Ele queria que todos participassem, fossem eles nobres ou humildes, pois acreditava que a alegria é mais saborosa quando compartilhada.

Os preparativos para a festa foram animados. Uma multidão de trabalhadores correu de um lado para o outro, decorando o palácio com tecidos coloridos, lanternas brilhantes e flores de todas as cores. O cheiro da deliciosa comida se espalhava pelo ar, com pratos típicos de ambos os reinos sendo preparados para o grande evento. Havia até um estande de sucos exóticos e um outro com sobremesas que faziam qualquer um salivar. As crianças corriam, rindo e brincando, ansiosas para ver o que o Sultão tinha reservado para elas.

No dia da festa, o céu estava claro e ensolarado, como se Alá estivesse sorrindo sobre o evento. O Sultão fez um discurso empolgante no qual elogiou o esforço de todos e ressaltou a importância da união e da amizade. Ele usou uma de suas piadas favoritas:

— Dizem que amigos são como estrelas; você não sempre vê, mas sabe que estão lá! Se algum de vocês estiver se perguntando onde eu estou quando preciso de um dente de ouro, é porque estou guardando-o na árvore da amizade!

O público explodiu em risadas. Ele continuou a brincar sobre como ele poderia precisar de mais dentes no futuro, só para mostrar o quanto estava feliz e satisfeito. Após o discurso, a festa começou. Danças vibrantes foram realizadas, e os tambores ressoavam, criando um ritmo contagiante que fazia todos se moverem.

Em um momento da festa, o Sultão decidiu organizar uma competição de piadas. Ele chamou os mais jovens para participar, com a promessa de que o vencedor teria um prêmio especial. As crianças, com sorrisos enormes, começaram a contar suas melhores piadas.

Uma garotinha se levantou e, com a voz alta, disse:

— O que um dente disse para o outro?

— Não sei — respondeu o Sultão, com uma expressão intrigada.

— Vamos sair para a festa!

As risadas ecoaram, e o Sultão teve que se conter para não rir tão alto que acabasse soltando um de seus dentes de ouro! Outros jovens também subiram ao palco, e cada um tinha sua própria piada. O Sultão se divertia cada vez mais, até que finalmente ele mesmo decidiu entrar na brincadeira.

— Ouçam, ouçam! — começou, fazendo um gesto teatral com as mãos. — Por que os dentes de ouro não gostam de ir à praia?

— Não sabemos, Sultão! — gritou a multidão.

— Porque eles têm medo de se perder na areia!

A multidão caiu na gargalhada, e as crianças se contorciam de tanto rir. O ambiente estava repleto de alegria e felicidade, e o Sultão sentiu que seu coração estava verdadeiramente leve.

Conforme a festa continuava, uma grande mesa foi montada no centro do salão, com pratos típicos e uma enorme torta que representava a união dos dois reinos. O Sultão, em um momento de grande humor, decidiu que todos deveriam ter a chance de fazer um pedido. Ele levantou um grande pedaço de torta e, com uma pitada de dramatização, fez uma expressão de sério:

— A quem você gostaria de dar o pedaço de torta? A um amigo ou a alguém que você gostaria que fosse seu amigo?

As crianças se agitaram, e o Sultão, rindo, jogou o pedaço de torta para o público, e ela aterrissou diretamente na cabeça de um dos dignitários! O Sultão e todos os presentes caíram na risada, enquanto o dignitário, surpreso, tentava limpar a torta do rosto.

— Vossa Alteza, parece que você não só trouxe amizade, mas também a sobremesa! — disse o dignitário, rindo da situação.

A festa se estendeu até a noite, com danças, músicas e muitas, muitas risadas. O Sultão estava tão feliz que decidiu que, a partir daquele dia, haveria uma celebração anual da amizade, onde todos poderiam compartilhar histórias, risadas e, claro, dentaduras de ouro, caso alguém quisesse fazer mais piadas!

Enquanto o sol se punha, lançando um brilho dourado sobre Al Zubarah, o Sultão sentiu uma profunda satisfação em seu coração. Ele sabia que a amizade não era apenas um conceito; era um laço que unia as pessoas de todas as idades e origens.

E Ao olhar para o horizonte de Al Zubarah, com suas palmeiras balançando ao vento e o som da risada ecoando em seus ouvidos, ele sorriu e pensou:

— Bem, talvez eu deva começar a colecionar amigos em vez de dentes de ouro!

E com essa fala, o Sultão se despediu, imaginando quantas mais histórias e sorrisos poderiam vir pela frente.

Fim