A manhã seguinte trouxe para Rafa uma mistura de ansiedade e expectativa. A mineira se movia pela cozinha iluminada pela luz natural que entrava pelas janelas com um sorriso no rosto, preparando o café da manhã caprichado, - o que era sua marca registrada. O aroma de pão fresco e café em grãos enchia o ar, misturando-se com o perfume das flores que decoravam a mesa.Enquanto arrumava tudo com cuidado, como se estivesse criando uma obra de arte, seu pensamento estava longe, relembrando os momentos com Bianca na noite anterior. Os beijos trocados por toda a noite ainda queimavam em seus lábios, fazendo seu coração bater mais rápido e sentir um arrepio na espinha ao lembrar do olhar que a empresária manteve em si por horas seguidas. Rafaella se perguntava se estava realmente pronta para isso, e o que "isso" era, de fato.
Colocando os pratos e talheres na mesa com cuidado, adicionou flores frescas e preparou o café com uma habilidade que apenas anos de prática poderiam ensinar. Enquanto trabalhava, sentia as sensações as quais era desacostumada lhe tirarem do seu eixo comum. No entanto, o aroma do café já pronto encheu a cozinha, trazendo-a de volta à realidade. Rafaella sentiu um suspiro de satisfação lhe escapar sem que percebesse, enquanto se mantivera perdida em pensamentos.
Maya sorria enquanto caminhava a passos silenciosos demais pra uma criança de seis anos até a cozinha, seguida pela pequena Alice que prontamente tratou de se enfiar em baixo da mesa. Rafaella que ainda estava distraída, sorriu ao ver sua filha mais velha á observando.
— Bom dia, minha princesa! – a cumprimentou animada, abaixando pra beijar seu rosto.
Maya então, percebendo o plano da irmã, negou com a cabeça e sussurrou de volta.
— Mamãe, a Lice vai te assustar! – confessou também sorrindo e, de repente, a pequena pulou de baixo da mesa, gritando "BÚ".
— Ahhhh! Sua monstrinha, vem aqui!
A mulher abraçou o corpinho esgueiro a fazendo gargalhar, e entre vários beijinhos, também puxo usuário primogênita pro ato.
— Chega de folga. Cês tão fome?
As menores assentiram e desenvolveram alguns assuntos ao mesmo tempo que Rafaella passo já acompanhar superficialmente. Em seguida, sentou-se à mesa com suas filhas, servindo o café da manhã. Alice como de praxe, tomava a mamadeira sentada nas pernas e aconchegada nos braços de Rafa, mexendo em seu cabelo como uma mania que tinha.
Enquanto comiam, Maya tomou um gole de suco e olhou para Rafaella.
— Mamãe, eu tive medo da chuva ontem à noite – disse sem muita importância mas no entanto, Rafa parou de comer e olhou para Maya com carinho.
— Achei que não acordaria, estava tão cansada... mas que bom que veio dormir comigo! Cê sabe que é meu trenzinho precioso demais da conta e que eu estou aqui para te proteger. A chuva pode ser assustadora, mas estamos seguras em casa.
Alice, sentada nas pernas de Rafaella, brincava com o cabelo da mãe, atenta á conversa das duas mesmo que entendesse pouco do que era dito.
Rafaella continuou.
— E você sabe que pode sempre vir para a minha cama quando estiver com medo. – a menina sorriu e assentiu com um manear afirmativo de cabeça.
Rafa as observava com atenção. Maya era a mais velha, era curiosa e determinada. Amava ler e aprender coisas novas. Seus olhos brilhavam quando descobria algo interessante mas ainda sim, sua coisa favorita era conversar com a irmã mais nova e fazer absolutamente tudo com ela e não havia nada que fizesse a mineira mais feliz.
Alice, a pequena, era uma bola de energia e alegria. Adorava dançar e cantar, e sua risada contagiante iluminava o ambiente. Era impossível não se apaixonar por sua menina que tinha tanto de si fisicamente. Que era ligeiramente um pedacinho seu. Rafaella observava suas filhas com orgulho, reconhecendo suas singularidades enquanto falavam sobre algo que não compreendia bem enquanto tomavam café, e Alice terminava sua mamadeira. Mais uma vez, Rafaella sorriu, valorizando esses momentos de intimidade e crescimento.
VOCÊ ESTÁ LENDO
take me home
FanfictionDepois de tantas desavenças sem nenhum tipo de explicação vinda de nenhum dos lados, o destino se encarregou de mudar o que até então eram fatos. Munidas de incertezas, brincar com as consequencias de tantos atritos sem nenhum tipo de alento, não er...