Kriscya Ferreira, mais conhecida como katrina, garota de 15 anos que cresceu em uma família pobre no subúrbio de Salvador foi abandonada pelo seu pai quando ela tinha 8 anos, morando apenas com a mãe, mas a mesma trabalhava como empregada e passava...
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Narradora:
Katrina acordou ao amanhecer, enquanto os meninos ainda dormiam profundamente. Ela olhou em volta, observando a forma como a luz do sol entrava pelas janelas quebradas do trapiche.
Ela se levantou silenciosamente, pegou suas coisas e começou a se preparar para partir. Pedro Bala, o líder dos Capitães da Areia, estava dormindo ao seu lado, sua respiração tranquila. A luz do sol ele parecia ser mais belo do que katrina já havia visto na noite passada. Katrina o olhava com um olhar mistoso de gratidão e curiosidade.
Katrina parou antes de sair do trapiche e viu um jornal velho em cima de uma mesa abandonada. O título da manchete chamou sua atenção:
"Capitães da Areia: Meninos Órfãos que Reinam nas Ruas de Salvador"
Ela pegou o jornal e começou a ler:
"Um grupo de meninos órfãos, conhecidos como os Capitães da Areia, tem sido responsável por uma onda de roubos nas ruas de Salvador. Ledo por Pedro Bala, um jovem de 16 anos, o grupo tem se especializado em roubar de comerciantes e turistas.
A polícia tem dificuldade em capturar os meninos, que são conhecidos por sua habilidade em se esconder nas ruas estreitas do Pelourinho.
O grupo é formado por cerca de 20 meninos, todos órfãos ou abandonados, que vivem nas ruas e se sustentam com os roubos.
A comunidade local tem opiniões divididas sobre os Capitães da Areia. Alguns os veem como heróis, que lutam contra a injustiça social, enquanto outros os consideram criminosos perigosos."
Katrina olhou para Pedro Bala, que ainda dormia, e se surpreendeu. Ela não sabia sobre esses meninos, e que os tais "Capitães da Areia" eram tão conhecidos.
Ela dobrou o jornal e o colocou de volta na mesa, pensando em sua própria situação. Ela também era uma ladra, mas não tinha a mesma justificativa que os Capitães da Areia.
Katrina saiu do trapiche, sentindo-se mais reflexiva sobre sua própria vida e escolhas. Ela sabia que precisava encontrar um novo caminho, longe da vida de crime.
Mas, por enquanto, ela precisava encontrar Soarez e contar sobre sua noite com os Capitães da Areia. E também precisava encontrar um lugar seguro para se esconder, longe da polícia.
Ela respirou fundo, sentindo o ar fresco da manhã, e começou a caminhar pelas ruas desertas de Salvador.
Ela sabia que precisava encontrar Soarez novamente, para contar sobre sua noite com os Capitães da Areia. E também precisava dividir o acerto do roubo.
Enquanto caminhava, Katrina sentiu uma sensação estranha. Ela havia se sentido confortável com os Capitães da Areia, mas sabia que não podia ficar com eles. Ela tinha seu próprio caminho a seguir.
A cidade estava começando a acordar, e Katrina sabia que precisava se apressar. Ela não sabia o que o dia iria trazer, mas estava pronta para enfrentar qualquer coisa.
