Kriscya Ferreira, mais conhecida como katrina, garota de 15 anos que cresceu em uma família pobre no subúrbio de Salvador foi abandonada pelo seu pai quando ela tinha 8 anos, morando apenas com a mãe, mas a mesma trabalhava como empregada e passava...
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Narradora.
Katrina saiu da prisão feminina de Salvador com um misto de emoções. Alívio por finalmente estar livre, mas também ansiedade pelo que a esperava lá fora. Ela havia passado dois anos atrás das grades, refletindo sobre seus erros e planejando sua próxima jogada.
Ao pisar nas ruas quentes de Salvador, Katrina sentiu o sol forte sobre sua pele. Ela fechou os olhos, respirou fundo e começou a caminhar. Não sabia para onde ir, mas sabia que precisava encontrar um lugar para começar de novo.
Seu pensamento imediato foi em Soarez, seu antigo "cliente". Ele havia sido seu parceiro em vários roubos e sempre a ajudara a encontrar trabalho. Katarina sabia que Soarez ainda estava na cidade e decidiu procurá-lo.
Ela caminhou pelas ruas estreitas do Pelourinho, passando por prédios coloniais e lojas de artesanato. O barulho da música afro-brasileira e o cheiro de comida de rua a envolveram, trazendo de volta memórias de sua vida antes da prisão.
Depois de alguns minutos de caminhada, Katrina chegou ao endereço que Mesquita lhe havia dado antes de ela ser presa. Era uma casa simples, com uma fachada de tijolos aparentes e uma porta de madeira. Ela bateu três vezes e esperou.
A porta se abriu e Soarez apareceu, com um sorriso no rosto. — Katrina! Você está livre! — Ele a abraçou forte e ela sentiu um lampejo de gratidão.
— O que você ta fazendo aqui magrela? — Soarez sorriu enquanto explicava o plano a Katrina.
— Eu não tenho para onde ir — , Katrina respondeu, sentando-se no sofá. — E preciso de trabalho.
Soarez olhou para ela com um brilho nos olhos. — Eu tenho um trabalho para você. Algo "grande". Você está pronta?
Katrina sorriu, sentindo a adrenalina começar a correr em suas veias. — Estou pronta.
Soarez sorriu enquanto explicava o plano a Katrina. — É um roubo de joias, em uma pequena loja no centro da cidade. O dono é um senhorzinho que ganha um bom dinheiro e tem uma coleção valiosa.
Katrina ouviu atentamente, seus olhos brilhando com interesse sem acreditar que seria tão fácil assim. — Quanto nós "vai" ganhar?
— Papo de uns 120 mil reais em joias — respondeu Soarez. — E não é apenas joias ou dinheiro. É a fama também. Esse roubo vai sair nos jornais.
Katrina sentiu um arrepio de excitação. Ela sempre quis ser conhecida como uma ladra habilidosa e ousada.
— É um roubo de joias, em uma loja de luxo no centro da cidade. O dono é um empresário rico e tem uma coleção valiosa.
