Depois de capturar Jesse Curau James e seus capangas, Jack Pipoca se sentiu como um verdadeiro herói em Sacramento. As notícias sobre sua bravura se espalharam rapidamente pela cidade, e os moradores o saudaram com aplausos e sorrisos ao passar pelas ruas. O xerife estava determinado a garantir que a paz reinasse, mas mal sabia ele que a verdadeira batalha estava apenas começando.
Após uma semana de festividades e celebrações em honra de Jack, um novo mistério surgiu. Estranhas ocorrências começaram a afetar Sacramento: os grãos de milho das plantações estavam desaparecendo sem explicação, e os moradores começaram a relatar ruídos misteriosos à noite. Para Jack, isso não era um bom sinal. Sabia que, com Jesse em custódia, outro vilão poderia estar por trás desses eventos inexplicáveis.
Naquela noite, enquanto refletia sobre as dificuldades que Sacramento enfrentava, Jack decidiu que era hora de investigar. Com um lampejo de determinação, ele chamou Mary para se juntar a ele. Ela sempre teve um faro aguçado para problemas e poderia ajudar a desvendá-los.
— Mary, precisamos dar uma olhada nas plantações — sugeriu Jack, olhando para o horizonte onde a lua brilhava intensamente. — Algo não está certo, e eu não posso ignorar os avisos dos moradores.
Mary, que já estava preparada para a ação, acenou em concordância. Assim, os dois saíram em direção ao campo de milho sob a luz da lua, prontos para enfrentar o que quer que estivesse acontecendo. Ao chegarem à plantação, perceberam que o ambiente estava anormalmente silencioso, um silêncio pesado que envolvia tudo.
— Olhe, Jack — disse Mary, apontando para o chão. — Essas marcas... parecem pegadas.
Jack se agachou e examinou as marcas no solo. Elas eram grandes, muito maiores do que as de qualquer ser humano. Com uma expressão de preocupação, ele começou a juntar as peças.
— Acho que temos algo bem maior do que esperávamos — murmurou, sentindo um arrepio na espinha. — Isso não pode ser bom.
De repente, um barulho estrondoso veio do fundo do campo. Jack e Mary se entreolharam, os olhos arregalados de surpresa e medo. Com um movimento rápido, Jack puxou Mary para se esconder atrás de uma grande espiga de milho. Eles observaram em silêncio enquanto a fonte do barulho se aproximava.
Um enorme animal surgiu na escuridão, algo que parecia uma combinação de um touro e um cavalo, mas com um olhar maligno e olhos vermelhos como brasas. Ele estava sendo seguido por mais algumas criaturas semelhantes, que avançavam em direção à plantação.
— O que são essas coisas? — sussurrou Mary, com os olhos fixos nas criaturas.
— Não faço ideia, mas precisamos impedir que destruam tudo! — respondeu Jack, já planejando o que fazer.
Com uma coragem renovada, Jack saiu de seu esconderijo e pegou uma espiga de milho. Mary fez o mesmo, e juntos começaram a fazer barulho para assustar as criaturas. Eles se aproximaram lentamente, e quando estavam a poucos metros, Jack gritou.
— Ei! Aqui estamos! Vamos lá, voltem para onde vieram!
As criaturas pararam e olharam para os dois, perplexas. Jack sentiu seu coração disparar, mas manteve a postura firme. Então, o líder da manada, o maior dos seres, começou a avançar na direção deles. Mary, percebendo que estavam se aproximando demais, puxou Jack para o lado.
— Precisamos de um plano! Não podemos enfrentá-los assim — disse ela, ofegante.
Jack rapidamente olhou em volta e teve uma ideia.
— E se tentássemos atraí-los para o poço? Eles provavelmente não conseguirão sair de lá!
Mary assentiu, e os dois começaram a correr em direção ao poço. As criaturas, intrigadas e impelidas pela perseguição, começaram a segui-los. Jack e Mary usaram toda a sua agilidade, fazendo zig-zag pelo campo, sempre atentos para não serem alcançados.
YOU ARE READING
Jack Pipoca e Mary Pamonha: Uma Aventura no Velho Oeste
FantasyNas terras áridas e escaldantes do Velho Oeste, onde o sol brilha impiedoso sobre uma vasta paisagem e a coragem é tão essencial quanto a habilidade com o revólver, o xerife Jack Pipoca, com seu longo bigode grisalho e jeito atrapalhado, se vê diant...