Quinze anos atrás, ajudei a colocar meu sequestrador atrás das grades.
E evitei os eventos do meu passado traumático. Eu vivi uma vida feliz com minha esposa.
Até o temido telefonema.
Jeon Jungkook está em liberdade condicional.
Jeon Jungkook...
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Jimin
— Sinto muito. — Arrastei-me para fora da cama, minhas bochechas corando enquanto eu pegava minha calça do pijama.
— Querido, o que está fazendo? — Minjin sentou-se na cama, parecendo confusa e chocada.
A camisola estava aberta, revelando os seios fartos com os mamilos escurecidos. Meu estômago revirou e desviei o olhar.
Que porra estava acontecendo comigo?
Como se você não soubesse.
Dois dias atrás, eu o vi nu. Apenas parado ali na frente da janela, se despindo e se masturbando. Quem se masturbava em frente a uma janela com as cortinas abertas? Era quase como se ele estivesse fazendo um show para mim.
Mas isso não poderia ser. Ele não tinha ideia de que eu o estava perseguindo - seguindo-o.
— Preciso... de um momento. — Enfiei meus pés na calça e corri para o banheiro, onde mal cheguei ao banheiro e esvaziei meu estômago.
Quando terminei, sentei-me pesadamente no chão, meu coração batendo descompassado.
Por que isso está acontecendo comigo? Eu o odeio. Eu o odeio tanto. Por que eu o sigo como um louco?
Levantei-me e dei descarga no vaso sanitário.
— Jimin , está tudo bem? — Minjin perguntou através da porta. — Estou preocupada. Devo levá-lo ao hospital?
Um caroço se formou na minha garganta. Doce Minjin . Ela não merecia alguém quebrado... alguém fingindo todos os dias que estava bem. Eu estava tudo, menos bem. Senti como se estivesse enlouquecendo.
O que eu poderia fazer neste estágio senão fingir?
— Estou bem — resmunguei. — Só preciso de um minuto.
— Há algo que eu possa fazer?
— Por favor, deite-se. Não se preocupe. Não é nada.
Seus passos recuaram, e soltei um suspiro profundo e enxuguei minhas bochechas. Pela segunda vez naquela noite, escovei os dentes e gargarejei com antisséptico bucal, mas o gosto amargo na boca não ia embora. Cada vez que eu pensava nele, voltava. Sequei meu rosto molhado com uma toalha e olhei de soslaio para minha imagem.
Ouça-me. Você tem tudo o que poderia desejar. Uma carreira de sucesso, uma linda esposa, um lar e um bebê a caminho. Você não é mais sua vítima. Não vai deixálo destruir o que você passou os últimos quinze anos construindo.
Sentindo-me mais calmo, saí do banheiro. Minjin sentou-se em seu lado da cama, lendo. Ela fechou o livro, com a testa franzida e os olhos cheios de preocupação.
— Jimin?
— Provavelmente algo que comi. — Deitei-me na cama ao lado dela e puxei-a para os meus braços. — Quer tentar de novo? — Beijei sua têmpora.
