capítulo 2 · violence

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Billie

14:25

- não tá batendo — encarava os papéis na minha mesa, junto a uma calculadora

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- não tá batendo — encarava os papéis na minha mesa, junto a uma calculadora. Pressionava minhas têmporas com as pontas dos dedos enquanto mantinha meus cotovelos apoiados sobre a mesa.

- conta de novo — Vitor, um dos meus parceiros, exclamou apontando para os papéis, suas mãos apoiadas sobre a mesa — essa porra tem que bater!

- eu sei que essa porra TEM que bater, mas eu já refiz esse caralho três vezes! — me levantei socando minhas mãos na mesa com força, e ele recuou um passo atrás. Estava prestes a explodir e ele sabia disso.

Respirei fundo e pesado e fui até a mesa de sinuca que tinha no centro da sala. Onde tinha notas de bolos de dinheiro jogados, garrafas de whisky, drogas, algumas armas e meu maço de cigarro.

- Billie, precisa ter calma nesse momento - ele se virou para a minha direção se aproximando.

- calma? — soltei um riso nasal — tem alguém me roubando. E você sabe que não tem nada que eu odeie mais, do que mexerem no que é meu.

Minha voz saiu soou mais como um rosno, já fazem meses que venho notado algum dólares faltando nas minhas cargas. Começou baixo, com miséria; 2 mil, 3 mil e quinhentos, 5 mil, depois foi pra 10. Mas eu nunca me importei, tem que ser muito necessitado pra roubar 10 mil reais.

Mas agora eu estou lidando com um ladrão de verdade, roubar 150 mil não é pra qualquer um. Essa pessoa não está sozinha, e nem dura, com certeza é a mesma que vem me roubando a meses.

O que é estranho por que a segurança com os transportes das minhas cargas são máximas, pra ele conseguir me roubar - ainda mais uma quantidade tão notável - e não morrer, ele só pode estar fechando com alguém de dentro.

Todos estavam em silêncio. Acendi meu cigarro e coloquei o isqueiro sobre a mesa de sinuca com certa força. Me virei de costas lentamente, passando meus olhos sobre todos que estavam presentes, todos me olhando receosos, o cheiro de morte estava nas minhas narinas.

- é o seguinte — prendi o cigarro na boca e tirei minha arma da parte de trás da minha cintura, a destravando.

- que porra é essa, Eilish? — meus olhos rapidamente encararam Caio do outro lado da sala, ele sabia que eu odiava esse nome.

- Eilish, porra? — mirei nele.

- O'connell — disse rápido, ele estava com medo. Ele sabia que eu estouraria a cabeça dele sem dó se precisasse, a qualquer momento.

- voltando ao assunto... — mirei para a placa alvo que ficava atrás da minha cadeira — 150 mil. Um filho da puta, que com certeza está aqui nesse momento — traguei o cigarro que segurava entre os dentes — me roubou, junto com alguém de fora. Mexeram no que é meu, e vocês sabem como isso me deixa irritada. Não sabem? — passei meus olhos por todos calados.

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