Capítulo 5, Namjoon O CRUEL POV

62 12 0
                                    

Não havia álcool suficiente no mundo que fizesse as presenças de Jung Donghae e Kim Hyeon mais suportáveis.

Eu não queria nada mais do
que cortar as suas gargantas e os ver sangrar até a morte. Taehyung me
lançou um olhar de canto de olho, provavelmente sabendo exatamente o
que eu estava pensando.
Ele não hesitaria um segundo se eu lhe
pedisse para puxar as facas, Tae estava sempre pronto para enfiar a faca em qualquer pessoa que o irritasse. 

— Ela é uma verdadeira beleza, Kim Namjoon? — Jung Donghae disse com
orgulho. — Você não vai se arrepender de sua escolha.

Realmente não tinha havido nenhuma escolha da minha parte, mas eu guardei esse pensamento para mim mesmo. Não adiantava nada começar uma briga, especialmente com meu pai me observando como um falcão.

— Ela é completamente pura. Ela nunca tem permissão para ir a qualquer lugar sem seus guarda-costas. Ela é só sua.

Forcei um sorriso, não que eu não apreciasse isso. Eu não gostava de dividir, sempre fui um idiota possessivo.

— Não há nada melhor do que quebrar essas garotinhas.

Disse o primo de Nabi , Park Bo-gum.
Ele era uma cabeça menor do que eu. Se esta noite terminasse em um banho de sangue, ele seria aquele que eu
mataria por último, só para ter o meu tempo com ele. Vamos ver se ele ainda vai ter esse sorriso feio no rosto, com a minha faca cravada na sua órbita ocular. 

Alguém bateu na porta.
Quando a porta se abriu, Nabi entrou  evitando olhar para nós, eu endureci.

Ela não se parecia com a garota que eu tinha visto ontem. Ela estava usando um vestido justo e curto, que revelava pernas longas e magras, pele cremosa e uma bela bunda.
Droga.

Quando ela finalmente levantou a cabeça  , percebi que a frente era igualmente boa de olhar. Então meus olhos viajaram mais para cima. Nabi baixou cabeça mais uma vez, os olhos cravados no chão, e eu podia ver a garota tremendo de medo e
desconforto.

Algo protetor e furioso se levantou no meu peito.
Como poderia sua mãe ter deixado que ela andasse vestida assim? Eu apostaria
minha bola esquerda que Nabi não tinha tido uma palavra a dizer na escolha desse maldito vestido.
Eu já tinha fodido garotas que se vestiam
igual, mas essa era a minha futura esposa, e ela tinha apenas quinze anos. Seus pais deveriam protegê-la , não a tratar desse jeito.
Ela finalmente arriscou mais uma olhada para cima e encontrou o meu olhar.
Pelo amor de Deus, parecia que ela queria chorar. Se eu tivesse a chance, mataria Jung Donghae e apreciaria muito isso.

Larguei meu copo antes que eu o arremessasse contra a parede. 
Os olhos de Nabi correram pela sala nervosamente. Os outros
homens da sala a olhavam com o devido respeito, mas aquele filho da puta do Park Bo-gum estava lhe despindo com os malditos olhos.

Se isso fosse no meu território, eu iria lhe aliviar do fardo de ver qualquer coisa no futuro. E talvez eu fizesse isso de qualquer maneira, se ele não tirasse esse olhar malicioso de cima dela.

Alheio ao
desrespeito de Park Bo-gum, Kim Donghae me apresentou a Nabi.

Ele me olhou como se esperasse que meu queixo caísse no chão por causa dela. Ela
era linda, e em três anos eu apreciaria muito a ver vestida assim, mas
agora só me irritava que o Jung tentou fazer Nabi parecer uma gostosona quando ela obviamente odiava. 

— Esta é a minha filha, Jung Nabi.

Jung disse com um olhar ansioso como o de um cachorro que espera seu mestre jogar o pedaço de pau.

Kim Hyeon me deu um sorriso de autossatisfação.

— Eu não exagerei, não é?

Vai se foder.

— Não, você não exagerou.

O irmão mais novo de Nabi parou sorrateiramente ao seu lado e deslizou sua mão na dela. Meus olhos foram para as pernas dela por um momento, mas eu os afastei. 

— Talvez o futuro casal queira ficar sozinho por alguns minutos?

Disse meu pai com um olhar que eu conhecia muito bem. Ele provavelmente pensava que estava me fazendo a porra de um enorme favor. Eu não perdi a expressão de pânico de Nabi, ou a forma como ela praticamente implorou ao seu pai com os olhos para que isso não
acontecesse.
Claro que o bastardo não fez nada. Ele provavelmente me deixaria maltratar livremente a menina na sua frente, desde que eu não roubasse a sua virgindade antes do casamento. 

— Eu devo ficar?

Perguntou o seu guarda-costas e
Alívio passou pelo rosto de Nabi.

— Deixe que eles fiquem uns minutos a sós.

Disse Jung Donghae, e Nabi congelou.
O que ela pensava que eu faria com ela? A estupraria em cima do sofá?
Meu pai piscou para mim.
Ele obviamente, pensava que eu ia apalpar minha noiva de quinze anos de idade. Ele provavelmente teria feito isso. 

Todo mundo começou a sair até que apenas o garoto ficou, agarrado protetoramente à irmã. Eu tinha que respeitar o anão, ele era o único na Outfit que tinha um pingo de coragem.

— Hoseok. Saia daí agora.

Jung Donghae retrucou, e o menino soltou
Nabi e me lançou um olhar fulminante antes de sair.
Eu gostava desse pirralho insolente.

A porta se fechou e Nabi e eu ficamos sozinhos.
Ela olhou para mim através de seus longos cílios, mordendo o lábio. Será que ela tinha que parecer tão malditamente aterrorizada?
Eu sabia como eu parecia para os outros, e para uma menina pequena como ela, provavelmente parecia um gigante ameaçador prestes a esmagar ela, mas eu não tinha a menor intenção de a machucar, muito menos ter um gostinho dela, não importava que ela parecesse deliciosa. Eu não era tão depravado.

Para distrair de seu terror óbvio, eu perguntei.

— Foi você que escolheu esse vestido?

Ela saltou, seus olhos se arregalaram .

— Não. Meu pai escolheu.

Disse ela com aquela voz suave e gentil.

Sim, claro que ele escolheu.

Eu decidi cortar esse encontro ridículo, e estendi minha mão para pegar o anel que tinha comprado para Nabi alguns dias atrás.
Minha pequena noiva se encolheu e meu
humor caiu ainda mais. Eu lhe mostrei a caixa de veludo, na esperança
de a deixar mais à vontade, mas ela só ficou olhando.
Eu queria lhe sacudir, mas isso só teria justificado seus medos. Deslizei a caixa para ela, que finalmente a pegou.

Quando seus dedos tocaram os meus, ela
se afastou com um suspiro. Tive que sufocar meu aborrecimento, não
só com ela, mas pelos seus pais, Kim Hyeon e o meu pai, que foram os
responsáveis por trazer toda essa confusão até nós.

Eu só podia esperar que ela ganhasse alguma confiança nos próximos três anos. Eu não queria uma esposa que se encolhia diante de mim.

— Obrigada.

Disse ela depois de conferir seu anel. Seus olhos encontraram os meus. Estendi meu braço, ela o pegou com uma certa
hesitação, e eu a levei para a sala de estar, de volta para as pessoas que a tinham traído.

Ligados pela Honra, Kim Namjoon.Onde histórias criam vida. Descubra agora