Capítulo 26, Kim Nabi POV

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Levar um tiro era um problema.

Eu tive que cobrir meus curativos para tomar banho, mas a sensação de lavar
com água quente o sangue e o suor, valeu a pena. Areum, Dohee e Hoseok tinham ido embora menos de uma hora atrás, meu pai tinha insistido que eles fossem embora. Não que eles estivessem muito mais seguros em casa, a Bratva estava fechando o certo sobre o Outfit também.

Pelo menos, eu os tive comigo um dia a mais do que o planejado. Eles
me mantiveram entretida enquanto eu estava deitada na cama, ao mesmo tempo em que Namjoon cuidava de tudo.

Como Capo, ele não podia abandonar seus soldados. Ele precisava mostrar a eles que tinha um plano de ação.
Eu já estava me sentindo muito melhor, talvez fosse o efeito prolongado dos analgésicos que eu tinha tomado há duas horas. Saí do chuveiro e desajeitadamente e coloquei minha calcinha.
Eu podia mover meus dois braços, mas o médico tinha dito que eu deveria usar o
esquerdo o mínimo possível por isso vestir a camisola foi mais difícil.

Eu tinha conseguido passar a alça por cima do ombro ferido quando voltei para o
quarto, onde encontrei Namjoon sentado na cama. Ele se levantou imediatamente.

- Tudo feito? - perguntei.

Ele assentiu com a cabeça, veio em minha direção e deslizou a segunda alça no lugar, depois ele me levou para a cama e me fez sentar. Nós não tínhamos sido capazes de falar a sós desde a nossa
primeira conversa, quando eu fui dopada com morfina.

- Eu estou bem.

Eu disse de novo, porque parecia que ele
precisava ouvir isso. Ele não disse nada por um longo tempo antes , de repente, se ajoelhou diante de mim e apertou o rosto contra o meu estômago.

- Eu poderia ter perdido você há dois dias.

Eu tremi.

- Mas você não perdeu.

Ele olhou para mim.

- Por que você fez isso? Por que você levou um tiro por mim?

- Você realmente não sabe por quê? - eu sussurrei.

Ele ficou imóvel, mas não disse nada.

- Eu te amo, Namjoon.

Eu sabia que dizer em voz alta era um
risco, mas eu achei que fosse morrer alguns dias atrás, então isso não
era nada. Namjoon trouxe seu rosto até o meu e segurou minhas bochechas.

- Você me ama.

Ele falou isso como se eu tivesse dito a ele que os céus eram verdes, ou que o Sol girava em torno da Terra, ou que o fogo era
frio ao toque. Como se o que eu disse não fizesse sentido, como se isso não se encaixasse na sua visão do mundo.

- Você não deve me amar, Nabi. Eu não sou alguém que deve ser amado. As pessoas têm medo de mim, elas me odeiam, elas me respeitam, elas me admiram, mas elas não me amam. Eu sou um assassino. Eu sou bom em matar.
Provavelmente sou melhor nisso do que em qualquer outra coisa, e eu não me arrependo. Porra, às vezes eu até mesmo gosto disso. Esse é o homem que você quer amar?

- Não é uma questão de querer, Namjoon. Não é como se eu pudesse escolher parar de te amar.

Ele balançou a cabeça, como se isso explicasse muito.

- E você odeia me amar. Eu me lembro de você dizendo isso antes.

- Não. Não mais. Eu sei que você não é um bom homem. Eu sempre soube disso, e eu não me importo. Eu sei que eu deveria. Eu sei que eu deveria ficar acordada à noite me odiando por estar tudo bem
pelo fato do meu marido ser o chefe de uma das organizações criminosas mais brutais e mortais da Ásia. Mas não. O que
isso faz de mim?

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⏰ Última atualização: Nov 04 ⏰

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