Capítulo 14, Kim Nabi POV

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Eu já estava vestida com um maxi vestido maxi chocolate e um cinto dourado para marcar minha cintura quando Namjoon saiu do banheiro usando nada além de uma toalha.
Sentei-me na cadeira em frente a minha penteadeira, colocando um pouco de maquiagem, mas congelei com o pincel de rímel na mão quando o vi.

Ele caminhou em direção ao guarda-roupa e escolheu uma calça preta e uma camisa branca antes de deixar cair a toalha, sem
vergonha.
Eu não desviei o olhar rápido o suficiente e fui recompensada com a visão do seu traseiro firme. Baixei os olhos e me ocupei olhando para minhas unhas até me atrever a enfrentar o espelho novamente e
passar o rímel.

Namjoon abotoou a camisa, exceto os dois botões superiores. Ele prendeu uma faca em seu antebraço, rolou a manga sobre ela e depois colocou um coldre de arma em torno de sua panturrilha. Eu me virei.

— Você nunca vai a qualquer lugar sem armas?

Hoje ele não usava o coldre no peito, porque não poderia ser escondido apenas pela camisa branca.  

— Não se eu puder evitar.  Você sabe usar
uma arma ou uma faca? 

— Não. Meu pai não acha que as mulheres devem se envolver em brigas. 

— Às vezes as lutas chegam até você. A Bratva e a Camorra não fazem diferença entre homens e mulheres. 

— Então você nunca matou uma mulher? 
Sua expressão se apertou. — Eu não disse isso.

Esperei por uma explicação, mas ele não deu. Talvez tenha sido o melhor assim.
Eu fiquei de pé e alisei meu vestido, nervosa sobre o encontro com
meu pai e Kim Doyum após a noite de núpcias.

— Boa escolha, o vestido cobre as pernas. 

— Alguém poderia levantar a saia e inspecionar as minhas coxas. 

Era para ser uma piada, mas os lábios de Namjoon puxado formando uma carranca.

— Se alguém tentar tocar em você, perde a mão. 

Eu não disse nada. Seu protecionismo me emocionou e me assustou de formas iguais. Ele esperou por mim na porta e eu me aproximei, insegura. Suas palavras no banheiro ainda soavam em meus
ouvidos.

Se contorcendo de prazer.

Eu não tinha certeza se estava perto
de estar relaxada o bastante em torno dele pra sentir prazer.

Areum tinha razão. Eu não podia me permitir confiar nele tão facilmente. Ele
poderia estar me manipulando.
Namjoon colocou a mão nas minhas costas quando saímos.

Quando alcançamos o topo da escada, eu já podia ouvir pessoas falando e
alguns convidados espalhados estavam conversando em pequenos grupos no enorme hall de entrada.
Eu congelei.

— Eles estão todos esperando para ver um lençol com sangue?

Eu sussurrei, consternada.

Namjoon olhou para mim, sorrindo.

— Muitos deles, especialmente as
mulheres. Os homens podem esperar detalhes sujos, outros podem esperar falar sobre negócios, pedir um favor, me pegar de bom humor.

Ele gentilmente me seguiu e nós descemos os degraus.
Hongjong estava esperando no pé da escada, seu cabelo castanho
bagunçado. Ele inclinou a cabeça na direção de Namjoon, então me deu um
breve sorriso.

— Como você está?

Ele me perguntou e depois fez uma
careta, as pontas das suas orelhas ficando realmente vermelhas.
Namjoon riu. Eu não conhecia quaisquer um dos outros homens no salão, mas todos deram a Namjoon piscadelas ou sorrisos largos.

Ligados pela Honra, Kim Namjoon.Onde histórias criam vida. Descubra agora