Capítulo 11

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Recadinho: Vocês querem maratona de 5 capítulos amanhã? Deixe seu comentário pra eu saber e farei a maratona!

~•~

Pov Marília.

Durante o caminho até a casa da Maraisa, senti medo, não medo dos meus pais e sim de como a família dela iria reagir, não sei se ela já falou com a mãe dela sobre mim ou o que pode acontecer lá.

Minhas mãos soam, minha respiração fica um pouco pesada por estar demorando pra chegar e eu estar sozinha com um desconhecido a noite, sei que é perigoso pegar Uber uma hora dessas, mas não tive escolha.

O moço parecia ser bom, mas ele me olhava muito pelo espelho, o que me deixou aflita e com mais medo ainda.

- Tá tudo bem moça? - ele pergunta olhando no espelho - tu está com a respiração pesada e acho que seu concentrador de oxigênio não está sendo suficiente.

- Tô - abaixo a cabeça com medo.

- Quer que eu abaixe o vidro? Talvez ajude.

Assenti e ele abaixou os vidros, o ar que entrou em meus pulmões me fez ficar um pouco mais calma, ele não queria me machucar, só estava preocupado comigo.

Após virarmos uma rua, vejo a Maraisa em frente uma casa, o carro para e eu desço, ela vem até mim e me abraça como se fizesse anos que não me via.

- Tá tudo bem? - pergunto rindo.

Ela se afasta e vejo seus olhos cheios de lágrimas.

- O que foi?

- Quer que eu pague o Uber? Já a gente conversa.

- Não precisa, a Luísa me deu o dinheiro.

Me afasto dela um pouco preocupada e pago o moço, ele sai com o carro e eu olho pra ela novamente.

- Por que tu tá chorando? Aconteceu alguma coisa?

- Só me abraça por favor.

Acolho ela em um abraço apertado até ela se acalmar um pouco e poder me explicar o que está acontecendo, noto uma pessoa na janela, uma pessoa que parece ser a mãe dela observando a gente, ela sorri pra mim, de uma forma gentil e educada.

Senti medo, medo de estar me precipitando em relação a mãe dela, e se ela não me aceitar?

Após a Maraisa se acalmar, ela me olha intensamente.

- Agora tu pode me dizer por que tá chorando?

- Eu só...

Fala logo caceta.

- Só o que?

- Eu tô com medo de te perder Marília, eu sei que nunca te disse isso, mas eu te amo, amo muito.

Ouvir ela dizer que me ama é muito bom, me senti feliz com isso, sem pensar muito juntei nossos lábios em um beijo calmo, um beijo que transmitia o que sentimos uma pela outra, mas me lembrei da mulher na janela e me afastei repentinamente.

- O que foi? - ela me olha sem entender.

- Tem alguém olhando a gente na janela.

Maraisa olha pra trás em busca da mulher e me olha rindo.

- É a minha mãe, ela já sabe que estamos tendo algo.

- Sabe? O que ela disse?

- Vamos lá dentro? Podemos conversar sobre isso depois.

Assenti e entrei com ela, ao entrar, sua mãe veio a nosso encontro.

- Mãe, essa é a Marília.

- É um prazer conhecê-la - ela se aproxima e me abraça - me chamo Almira.

Até meu último dia (MALILA)Onde histórias criam vida. Descubra agora