Pov's Chou tzuyu.
-Então, você é a Chou Tzuyu?
-A própria. E enquanto a você?
-Acho que quem eu sou não importa, o que importa é o que vai acontecer.
-Não estou entendendo aonde você quer chegar.
-Não precisa entender nada, Chou.
-Como sabe meu nome?
O homem nada disse, apenas tomou dois shots seguidos de vodka.
-A única coisa que tenho para lhe dizer, é que é tarde demais
Após essa última frase, a homem se levantou e se retirou do ambiente. Eu estava intrigada e sem reação aparente.
Mas sem respostas eu não ficaria.
Sendo assim, saí do ambiente e comecei a seguir o homem, estava longe o suficiente para o mesmo não notar minha presença. Ele parou em frente a um prédio, por coincidência era o mesmo em que Minatozaki morava.
Ele pegou o celular do bolso e ligou para alguém. Ficou na frente do edifício por poucos minutos e em sequência adentrou o local.
Eu fiquei ali esperando qualquer movimento estranho, mas parecia tudo normal.
Maldita inocência.
Quando estava prestes a ir embora, as coisas começaram q ficar estranhas. Viaturas da polícia e até mesmo uma ambulância pararam em frente aquele apartamento e entraram às pressas para dentro.
Me perguntei o que havia acontecido.
Resolvi me aproximar da situação e pedir informação aos oficias que estavam ali presentes. Logo que me aproximei, fui barrada.
-Aconteceu alguma coisa grave?
-Não podemos dar detalhes, peço que se afaste, por gentileza.
Nem tive tempo de me afastar, os enfermeiros e polícias estavam saindo do prédio com duas macas às pressas, e quando pude observar de quem eram os corpos, eu não pude acreditar.
Meus pensamentos falharam, assim como minhas pernas.
-Sana...não.
Tentei me aproximar daquela maca e comecei a chamar por seu nome, na esperança de que me ouvisse, mas novamente fui barrada.
-Você conhece essa mulher? – um dos oficiais me pergunta.
-Sim...
-Nos acompanhe, por favor.
Fui levada para a delegacia e fui interrogada. Não pude ajudar de muita coisa, apenas contatar que havia visto o homem minutos antes, mas acabei descobrindo que o mesmo homem em que havia me dito coisas estranhas, era nada mais nada menos que seu ex-marido.
Eu nem sabia que ela tinha marido, e pelo o que me falaram ele era um escroto. Aparentemente ele era filho de um prefeito com uma ficha um pouco carregada de más coisas, ele não queria aceitar o termino do casamento e a Sana fugiu do seu país para cá.
Pelo menos, o homem estava morto e não a incomodaria mais. Mas, por outro lado, a Sana ficou bem machucada e em estado grave devido a uma pancada na cabeça, no entanto, não tive mais informações além dessas.
Sem noticiais da mulher que era dona dos meus pensamentos, o fim de semana passou e já estava na sala de aula.
Antes de até mesmo um "bom dia" da professora de Artes que adentrava a sala, chamou a atenção de todos os alunos.
-Preciso falar de um assunto muito sério com vocês. Não posso dar muitos detalhes, mas a professora de química, Minatozaki Sana foi atacada na noite de sábado. O estado dela não é nada bom, no momento ela está em coma.
Todos os alunos da sala se entreolharam chocados pela situação, inclusive eu. Sabia que ela estava machucada, mas não ao ponto estar em coma.
Estava me sentindo arrasada, quebrada.
E desde aquele dia, passei a visitar a mulher que me tinha. Todo dia, sem falta, levava flores e ficava falando com ela, mesmo que não me respondesse ou me ouvisse.
Deste modo, foram dias, semanas, meses e anos.
No seu aniversário, levei um bolo para comemorar, mesmo não me sentindo feliz. Queria que ela estivesse comemorando comigo, sorrindo, e não deitada na merda de uma cama hospitalar sem saber que eu estava ali.
Durante esse tempo, terminei o colegial e até a faculdade, me tornei uma Psicóloga. Eu queria, mas ficar nos EUA não me fazia bem desde aquele ocorrido.
Pensando nisso, decidi ir para o Japão passar um tempo e aprofundar meus estudos de psicologia, faria bem para minha cabeça e currículo.
E assim foi feito. Pela última vez, visitei Sana e deixei flores, junto de um bilhete.
"Vou ir para o Japão. Se acordar, não se esqueça de mim.
-Sua Tzu."
Logo que cheguei no país, me instalei em um apartamento mobiliado e fiz um tour pela cidade de Osaka na primeira semana. Foi um pouco complicado por não saber japonês, mas meu inglês me ajudava.
Para esquecer as coisas, quis resgatar um pouca da juventude e ir até uma festa.
Eu nunca mais fui desde aquele incidente.
Aquela sensação da noite era libertadora, me senti como uma adolescente do colegial de novo. Assim que entrei na boate, dei uma olhada pelos arredores e caminhei em direção ao bar e pedi o drink da casa.
Consegui me divertir e me comunicar com algumas estrangeiras que também estavam lá.
Depois de muito tempo, me senti feliz e completa novamente. Senti que tudo estava no seu devido lugar.
Como gostei muito daquela boate que frequentei, passei a ir nela todo final de semana durante esse último mês. Fazia a mesma coisa de sempre: adentrava o local, olhava aos arredores e seguia em direção ao bar e pedia algo.
Enquanto tentava curtir o ambiente, sentada naquele banco estofado giratório, segurando o copo com as duas mãos, senti alguém tocar meu ombro.
Aquele perfume frutado me parecia familiar, muito familiar.
De repente, me fez sentir aquela sensação de nostalgia.
Assim que levantei do banco com o copo em mãos e me virei para trás, eu senti meu corpo estremecer e meu copo cair involuntariamente das minhas mãos, fazendo as pessoas em volta se assustarem pelos cacos de vidro que voaram pelos arredores, mas eu não me importei.
A única coisa que importava era a mulher que estava diante de mim.
Minha boca abria e tentava falar algo, mas as palavras não se formavam.
Era ela. A mulher que me tinha.
-Vai ficar aí parada ou vai me dar um beijo?
A obedeci e selei nossos lábios.
Eu estava com tanta saudade desse beijo, desse toque, tudo.
Nem parecia que depois de todo aquele tempo ela estava ali, comigo.
Agora, de fato, podemos viver uma ao lado da outra.
E eu era a mulher mais feliz do universo, por ter minha galáxia junto de mim.
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Auto-controle
RomanceNão temos controle das situações em que a vida nos coloca, logo, não temos autocontrole perante a esses acontecimentos. Essas situações podem ser as mais variadas, inclusive sobre uma mulher apaixonada pela profissão que exercia e uma garota mais ex...