APOLLO - 3

142 14 2
                                    

Quando cheguei em casa, já era tarde da noite

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Quando cheguei em casa, já era tarde da noite. Deixei a mochila cair num canto, me jogando no sofá, exausto. Bask e Jotape já estavam lá, rindo de alguma coisa que, pela animação deles, tinha a ver com a batalha.

- Mandou bem hoje, mano. - Bask comentou, me dando um soco leve no ombro. - Mas e o moleque que você chamou pra rimar... conhece ele de onde?

Dei de ombros, querendo parecer desinteressado. - Só conheço de vista. Ele tava na vibe, resolvi chamar. Nada demais.

Mas, enquanto respondia, a imagem de Dara, irmã do Leo, surgiu na minha cabeça sem aviso. O jeito como ela olhava para o palco, com uma concentração intensa, me deixava com a sensação de que ela enxergava o Leo de um jeito que ninguém mais via. Aquilo me intrigava.

Jotape percebeu o silêncio e soltou um riso, me olhando com um ar provocador. - Sei... resolveu chamar um desconhecido. Mas fala aí, Apolo, tava mesmo interessado no palco ou tava... olhando pra plateia?

Revirei os olhos, tentando despistar. - Cês viajam demais, sério.

Mas enquanto eu tentava mudar de assunto, meu pensamento voltava sempre para o mesmo lugar. Puxei o celular e, antes que percebesse, já tava no Instagram, digitando "Dara" na busca. Um toque de nervosismo misturado com curiosidade. Ela tinha me dito que tava ali acompanhando o irmão, mas agora eu queria saber mais.

Bask, sempre atento, me jogou uma almofada, cortando meus devaneios. - Acorda, irmão! Tá parecendo que tá em outra dimensão.

Jotape riu, me analisando. - Nunca vi o Apolo tão pensativo. Aposto que foi a irmã do moleque. Vai ver ele tá até apaixonado, hein?

Dei uma risada, desligando o celular e fingindo que era besteira. - Vocês não sabem de nada. No próximo evento, provavelmente nem vou lembrar dela.

Mas era difícil acreditar nisso. Eu sabia que aquela noite não tinha sido só mais uma. O rosto dela continuava ali, na minha mente, como uma lembrança nítida. Bask suspirou, como se já tivesse se cansado de tentar entender.

- Vai ver foi só curiosidade, tá ligado? - ele disse, mais pra ele mesmo. - Só uma pessoa diferente na plateia.

- Pode ser... - murmurei, tentando convencer até a mim mesmo.

Entre Rimas Afiadas e Batidas PulsantesOnde histórias criam vida. Descubra agora