Quando acordei, ainda entre a preguiça e a vontade de levantar, o primeiro som que ouvi foi o das notificações no celular vibrando ao lado da cama. Deslizei a tela para desbloquear e lá estava: uma mensagem da Luana, cheia de empolgação."Bom dia, Dara! Não esquece que hoje o dia vai ser nosso!"
Sorri. Mesmo depois de uma noite curta, a ideia de passar o dia com ela era exatamente o que eu precisava para afastar o sono. Dei uma espreguiçada demorada, como se meu corpo precisasse acordar aos poucos, e me levantei em busca de uma ducha fria para espantar de vez a preguiça.
Quando desci para me arrumar, o cheiro do café fresco já preenchia o ambiente, e minha mãe estava por ali, organizando algumas coisas na mesa. Ela levantou os olhos do jornal e me olhou com aquela curiosidade disfarçada de mãe.
"Você vai fazer o quê hoje?" perguntou casualmente, enquanto mexia o açúcar no café.
Dei de ombros e tentei um sorriso tranquilo.
"Nem eu sei direito, mãe. A Lu planejou um rolê."Subi para me arrumar e escolhi uma roupa que fosse confortável, mas que também mostrasse que eu me importava. Coloquei um pouco do meu perfume favorito, ajeitei o cabelo e dei uma última olhada no espelho.
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Quando cheguei à praça do centro, o lugar estava cheio. A cidade parecia inteira acordada, aproveitando o sol que iluminava cada canto e refletia nas folhas verdes das árvores, criando sombras que dançavam no chão. Luana já estava ali, de braços cruzados, com uma expressão irritada.
Fui até ela.
"E aí, de boa?" perguntei."Finalmente você chegou! Não aguentava mais esperar," ela respondeu, me olhando.
"Desculpa pela demora, Lu."
"Sem problemas, agora vamos. Tenho que te apresentar alguém," disse ela, me puxando enquanto seguíamos em direção reta.
Enquanto caminhávamos para sei lá onde, nos deparamos com vários carrinhos de pipoca, algodão-doce e salgados. O lugar estava cheio de crianças correndo de um lado para o outro.
"A gente tá indo aonde?" perguntei, cansada de andar.
"Tamo quase chegando, relaxa," respondeu Luana, ainda focada em procurar algo - ou alguém. Ela observava a praça inteira com atenção.
Meus pés já deviam estar com bolhas. Desde pequena, nunca gostei muito de andar, algo que sempre estressava minha mãe.
"Ali!" disse Luana, me tirando dos meus pensamentos. Segui o olhar dela, que estava fixo em um rapaz perto de uma barraca de salgados. Sem hesitar, ela me puxou na direção dele.
Ele estava de costas. Luana se aproximou por trás.
"Finalmente te achei," ela disse, fazendo o rapaz levar um leve susto.
Ele se virou para nós, revelando seu belo rosto. Ele era alto e moreno, o tipo de pessoa que fazia total tipo para a Luana.
Sua voz grave alcançou meus ouvidos:
"Você tá aí. Achei que não vinha.""Lógico que eu não ia faltar! Aliás, essa é a minha amiga, Dara," disse Luana, apontando para mim, fazendo a atenção do rapaz ser minha.
"Prazer te conhecer," falei, estendendo a mão para ele.
"O prazer é todo meu," respondeu ele, unindo nossas mãos em um aperto firme. "Ah, meu nome é Felipe, mas pode me chamar de Bask."
Sorri para ele.
"Bom, e pelo jeito a gente vai, né?" Luana disse, chamando a atenção para si novamente.
Bask deu um leve sorriso, puxou Luana para seu lado, tirando-a do meu, e passou o braço em volta do pescoço de seu pescoço
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Entre Rimas Afiadas e Batidas Pulsantes
أدب الهواةDara não tinha nenhum plano de ir para uma batalha de rima, mas um pedido insistente do irmão a fez mudar de ideia. Ela só não esperava que, entre rimas afiadas e batidas pulsantes, fosse encontrar Apollo, um homem intenso e talentoso que logo chama...