Sempre foi ela, sempre será ela - Simoraya

Início - Parte 2 (Simone)

Nota da autora: Esse é o último capítulo com flashback das personagens. Talvez depois faça algumas lembranças mas nada que vire capítulos. Espero que gostem da minha maluca criatividade. Curtam e comentem... É muito importante receber msgs de vocês.
Boa leitura!

Pov Simone...

Algumas coisas mudaram depois do que Soraya me disse naquela tarde. Já não me limitava a admirar apenas seu sorriso e seu jeito de ser; comecei a notar seu jeito de andar e seus atributos. Ela era linda. Como poderia estar apaixonada por mim, sendo ela tão maravilhosa e eu tão sem graça?

Nas manhãs de sexta-feira, eu trabalhava na Assembleia de Campo Grande. Naquela época em especial, participei de uma reunião com os deputados e o senador, meu pai. Confesso que, naquele dia, meus pensamentos estavam voltados para Soraya. Eu adorava quando ela dizia que eu era sua professora favorita e me observava, esperando ver minha reação. Ela sempre gostava de me deixar vermelha de vergonha.

- Como podemos justificar isso? Simone?

- SIMONE! - A voz do meu pai cortou meus devaneios.

- Desculpe, pode repetir a pergunta? - pisquei algumas vezes, tentando me recompor.

- Quanto à possibilidade de renúncia de receita? Como podemos justificar isso? - indagou o deputado.

- Precisamos apresentar um estudo de impacto financeiro que mostre como a renúncia será compensada ao longo do tempo. Isso fortalecerá nossa argumentação e aumentará as chances de aprovação do projeto.

- Excelente! Quais são os próximos passos? - questionou outra deputada.

- Sugiro que realizemos uma reunião com a Comissão de Finanças para discutir as previsões orçamentárias. Assim, teremos uma base sólida para defender o projeto.

- Ótimo! Precisamos disso o quanto antes. Marque essa reunião para segunda-feira. - disse meu pai, com um olhar firme.

- Senador, desculpe, mas não poderei comparecer. Lembre-se de que de segunda a quinta dou aula. - Ele sabia dos meus compromissos, mas insistia para que eu priorizasse a política.

- Então, marcamos para a próxima sexta! - Ele se levantou, cumprimentando os demais deputados. - Senhoras e senhores, até a próxima semana, no mesmo horário. - Ia sair quando meu pai segurou delicadamente meu braço. - Simone, fique! - Voltei a me sentar enquanto ele terminava de conversar com um deputado e os outros se retiravam.

- O que está acontecendo com você? Parece distante, como se estivesse em outro planeta. - Fechou a porta.

- Desculpe, papai, só estou um pouco cansada. - Desconversei.

- Isso não é cansaço. Eu te conheço bem.

- Está tudo bem, papai!

- Simone...

- Pai...

- Como estão as coisas com o Eduardo?

- Normais. O de sempre.

- Pergunte-me como estão as coisas com a sua mãe.

- Hã?

- Pergunte...

- Como estão as coisas com a mamãe?

- Estão boas. Morro de saudades dela durante a semana e conto os dias para vê-la. Sempre que chego, dou uma rosa a ela, e o sorriso que ela me dá é o mesmo que vi quando nos encontramos pela primeira vez.