Meu Piloto favorito

I.

Estou começando mais uma vez, um dos meus dias como professor.

Sou um dos melhores professores de toda Tokyo mas, ser disputado por várias diretorias é um saco.

Sou o professor de história da Saebom School. Dando aula do sexto ano até o terceiro do ensino médio.

Eu adoro meu trabalho e o que eu faço porém, é cansativo ter que lidar com alguns alunos de algumas salas.
Ja até pedi pra me mudarem pra outra sala mas, não quiseram e, isso me deixou puto. Entretanto, como não quero perder meu emprego nessa escola, permaneci calado.

Estou dirigindo rumo à escola para mais um dia de trabalho.

Dirigindo meu carro até lá, coloco minha playlist pra tocar no carro, começando por Happier Than Ever, da  cantora Billie Eilish, assim indo aleatoriamente por outras músicas até meu destino.

Após chegar, estaciono meu carro em uma vaga livre do estacionamento e desço do mesmo, indo em direção ao portão de entrada para a escola.

Assim que entro, vou em direção a sala dos professores, cumprimentando os funcionários e pessoas que estavam pelos corredores.

Assim que chego, estava vazia, devo ter sido o primeiro a chegar, como sempre, guardo uma das minhas bolsas no meu armário e, me sento em uma das cadeiras daquela grande retangular mesa.

Como ainda eram exatas 06:48, estava atoa. Apenas fazendo alguns afazeres como revisar matérias que fiz, pontuando os erros dos alunos em trabalhos, corrigindo provas e avaliações. Coisas normais para professores.

Após um tempo, os outros professores foram chegando. Um que chegou após a mim foi meu colega de trabalho e melhor amigo, Chifuyu Matsuno, um rapaz de 23 anos, sendo um ano mais novo que eu, o professor de matemática daqui.

Estávamos conversando e fazendo nossos afazeres até ouvirmos o sinal tocar, indicando que hora a aula.

Saímos da sala juntos, já que nossas salas eram uma ao lado a outra e nossos turnos nessa hora eram iguais.

Chegando na porta de nossas salas, nos despedimos e entramos nelas, comigo indo pro 1°A1 e ele pro 1°B1.

Entrando na sala, já consegui ver que estava quase cheia faltando apenas três alunos em específico.

- Onde estão Hanako, Yoniko e Suizushi?

- Não sabemos profes-

- Chegamos! Desculpe o atraso professor Takemichi!_se curvam e se desculpam em uníssono_

- Que não se repita!

- Sim, senhor!

Foram sentar em suas carteiras e comecei minha aula. Sinceramente, esses três estão me dando problemas.

Eles só se atrasam em minhas aulas, vivem dando desculpas para sair, não prestam atenção nas matérias e as notas e frequências em minhas aulas estão baixas. Não fazem nem compensação de ausências.

Estou a um milímetro de fazer ocorrência e chamar os pais deles para conversarmos.

Mas deixando esses pensamentos de lado, comecei a passar a matéria na qual entrariamos, Posse da terra.

- Apropriação de terras é um processo histórico que começou no período Neolítico e se desenvolveu a partir do século 16, especialmente no século 18. A propriedade privada da terra é uma forma de assegurar os frutos do trabalho, mas também pode levar a relações desiguais de propriedade e exclusão de pequenos camponeses. 

- Quero que vocês façam uma redação sobre isso e me entreguem ao final da aula, caso não, me entreguem na sala dos professores no intervalo.
Podem pesquisar MAS, se eu pegar fazendo outra coisa, é direção na hora e chamo o responsável pra vir buscar o celular.
Estamos entendidos?

- Sim!

- Podem começar.

Comecei a corrigir as redações dessa classe e, os erros não eram brincadeiras.

- Hideki Mochikaru, venha aqui por favor.

- Sim, professor?

- Olha, você é um ótimo aluno na minha matéria, isso é fato. Entretanto, você têm errado algumas palavras nas suas redações, trabalhos e até mesmo em alguns textos que eu passo em sala. Sua escrita é perfeita porém, esses erros de japonês e pontuação estão acabando com isso.
Gostaria que você treinasse e revisasse o erros que você anda cometendo. Se tiver tempo, faça quando chegar da escola assim que possível e peça ajuda de algum responsável ou parente.

- Certo, me desculpe pelos erros professor. Eu tenho estado tão... Sem vontade por conta de alguns problemas pessoais que, acabou afetando minha vida colegial.
Sinto muito._se curva_

- Não precisa disso Hideki e, se te consola, eu também estou assim.
Perdi minha avó a uns dias atrás e isso está me matando.

- Sinto muito, professor.

- Está tudo bem mas, obrigado._dou um sorriso gentil_

- Agora vá se sentar e fazer a redação, é pra nota.

- Sim!_diz e sai_

Hideki é um bom aluno, um dos melhores da sala. Mas os erros de escrita dele estão afetando nisso e, acaba que as vezes nem consigo corrigir por estar embaralhado as vez.

Passado 1h e 45m a aula acabou. Saio da sala indo pro 8°A1.

Essa sala é um inferno! Os alunos não sabem respeitar e minha paciência com ela está acabando. Uma gracinha e eu explodo.

Conto até 3 antes de entrar e entro...

Minha nossa senhora das graças!

Tava o caos! Papéis espalhados pela sala, as carteiras bagunçadas, a lousa com desenhos obscenos, os alunos gritando, se batendo, rindo, atacando bolinhas de papéis uns nos outros.

- CHEGA!

- ...

- ARRUMEM ESSA SALA AGORA! OU TODO MUNDO PRA DIRETORIA E EU CHAMO OS PAIS OU RESPONSÁVEIS PARA MOSTRAS A ZONA QUE ESTÁ ESSA SALA!

Após a minha bronca, eles começam a arrumar a sala inteirinha, enquanto eu fico sentado na minha mesa, observando tudo.

_________________~♡~_________________

Foi isso, hoje ainda vai ter o capítulo 2, sendo ele na visão do nosso Micolzinho.

Beijinhos azuis e tchau!