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"Pode se encontrar a felicidade mesmo nas horas sombrias, se a pessoa se lembrar de acender a luz

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"Pode se encontrar a
felicidade mesmo nas horas
sombrias,
se a pessoa
se lembrar de acender a luz."

A biblioteca estava vazia, e a luz do dia começava a desaparecer lentamente, dando lugar a sombras longas e ameaçadoras que se estendiam pelo chão de pedra fria

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A biblioteca estava vazia, e a luz do dia começava a desaparecer lentamente, dando lugar a sombras longas e ameaçadoras que se estendiam pelo chão de pedra fria. Havia passado a tarde estudando poções para a aula de Snape, e agora eu tentava me concentrar, mas a inquietação no ar era palpável.

Enquanto as últimas horas de luz diminuíam, ouvi a porta da biblioteca se abrir com um rangido. Eram Harry, Ron e Hermione, trazendo um pouco de vida ao ambiente silencioso.

— Oi, Ellie! — Harry acenou, sorrindo para mim.

— Acha que vamos conseguir entender alguma coisa no próximo teste de poções?

— Se você continuar tirando notas baixas, eu não sei como ajudar — brinquei, e Ron deu uma risada nervosa.

— Você está certa, mas pelo menos meu jeito de pegar os ingredientes é inigualável! — Ron respondeu, piscando para mim.

Conforme conversávamos, o clima leve da biblioteca começou a se dissipar. Harry e eu, sendo gêmeos, tínhamos uma conexão especial. Eu sempre podia perceber o que ele estava pensando. Olhei para ele, sentindo um aperto no coração.

— Você vai se cuidar, certo? Não quero que você se meta em problemas por causa do... você sabe quem — ele murmurou, seu olhar passando por mim antes de se afastar para encarar o espaço ao nosso redor.

— Vou ficar bem, Harry — garanti, forçando um sorriso. — Você e seus amigos também. Mas e quanto a você? Como está lidando com tudo isso?

Ele hesitou antes de responder. — Estou tentando. É tudo um pouco difícil, mas sabemos que estamos juntos nisso.

O tempo passou rapidamente enquanto conversávamos sobre nossos estudos e as dificuldades que enfrentávamos. Ron sempre tinha uma piada pronta, fazendo-nos rir e esquecermos um pouco do peso que carregávamos. No entanto, assim que as luzes da biblioteca começaram a se apagar, o riso se esvaiu, e uma sensação estranha me envolveu.

— Precisamos ir. A biblioteca vai fechar em breve — Hermione disse, olhando para o relógio na parede.

Quando Harry e Ron se despediram, meu coração apertou um pouco mais. — Até mais, Ellie — Harry falou, dando um rápido abraço em mim.

— Cuide-se! — eu disse, assistindo-os sair, e a porta se fechou com um estalo.

Com a biblioteca agora silenciosa e escura, eu tentei me concentrar de novo. A luz do luar filtrava-se pelas janelas, e eu me perdi nos meus pensamentos. Mas à medida que a escuridão aumentava, um frio intenso percorreu minha espinha.

Sem perceber, uma sombra começou a se formar atrás de mim. Eu continuei estudando, tentando ignorar a sensação de que não estava sozinha. E então, a biblioteca se transformou em um lugar de pesadelos.

— Bom, vamos jogar um jogo — uma voz sombria sussurrou, fazendo meu coração disparar. A sombra se aproximou, revelando a figura do Ghostface, sua máscara branca como a lua refletindo no chão. Ele segurava uma faca que brilhava à luz da noite.

— O que você quer? — eu murmurei, tentando manter a voz firme, embora as lágrimas começassem a escorregar pelo meu rosto.

Ele deu uma risada fria.

— Vou contar até cem, e você terá que se esconder. Se eu te encontrar... bem, vamos ver o que acontece. — Ele girou a faca com os dedos, e um arrepio percorreu meu corpo.

— Um...

— Dois... — sua voz ecoava, e meu instinto de sobrevivência entrou em ação. Corri até a porta, mas estava trancada. Uma onda de pânico me tomou.

— Não! Por favor!

— Trancada? Que pena. Você vai ter que jogar o jogo, então — ele disse, e uma onda de terror me atingiu. — Se eu te encontrar, você sabe o que acontece, não sabe?

— Três... quatro... — A contagem continuava, e eu precisava encontrar um lugar para me esconder. Olhei ao meu redor e me joguei atrás de uma estante de livros, meu coração martelando no peito.

— Você sabe que não pode fugir de mim por muito tempo, ratinho — a voz dele sussurrou, mais próxima agora. — Você é minha.

As palavras dele cortaram o ar, e o medo me deixou paralisada. Meu corpo tremia enquanto tentava controlar a respiração. "Ele não pode me encontrar", repetia para mim mesma. As luzes continuavam a piscar, e a biblioteca parecia um labirinto, a escuridão engolindo tudo ao meu redor.

— Dez! — ele gritou abruptamente, interrompendo meus pensamentos. — Agora é hora de procurar.

Ele começou a se mover, e eu me encolhi mais atrás da estante, meu corpo inteiro tenso. Ele andava lentamente, como se estivesse se divertindo com o jogo. O barulho da faca cortando o ar era uma música macabra que ecoava na minha mente.

— Onde você está, princesa? — ele provocou, sua voz carregada de desprezo.
— Não gosto de você perto daquele Mattheo Riddle.

Senti um nó na garganta ao ouvir o nome dele. A ideia de que Mattheo poderia estar em perigo me deixou ainda mais apavorada. Ele não tinha nada a ver com isso! Mas, claro, Ghostface sabia como me manipular.

— Se eu lhe encontrar, irei foder você — ele sussurrou, e eu soltei um soluço involuntário, cobrindo a boca com a mão para evitar que o som escapasse.

— Eu odeio você perto daquele garoto! — sua voz ecoou, e eu tremi, lutando contra as lágrimas.

Ele continuava a se mover, e eu sabia que não poderia ficar ali para sempre. Ele estava se aproximando, e a adrenalina tomou conta do meu corpo. Assim que ele se virou, eu saí do meu esconderijo e corri na direção oposta.

Mas ele me viu.

Porra.

— Ah, você não vai escapar! — Ele gritou, correndo atrás de mim. A biblioteca se tornou um campo de batalha, e eu me esforçava para não olhar para trás.

Fui mais rápida do que pensei, mas a sensação de estar sendo caçada era insuportável. Em uma curva, tentei me esconder novamente, mas ele me pegou pelos cabelos, puxando-me com força, fazendo com que eu tombasse e batesse contra a parede.

O impacto me deixou atordoada, e a dor na cabeça era intensa. Ele se aproximou, e a lâmina da faca estava tão perto do meu rosto que eu podia sentir seu frio.

— Você é minha — ele sussurrou, a voz baixa e ameaçadora. Eu não sabia como responder. Não havia como discutir com alguém assim. Ele era um monstro, e eu estava presa em sua teia.

Com um movimento brusco, ele me soltou e eu caí no chão. Ele se afastou, como se tivesse se divertido o suficiente. A sensação de impotência me deixou paralisada.

— Até a próxima, ratinho — ele sussurrou, desaparecendo na escuridão da biblioteca.

Eu fiquei ali, sozinha, com lágrimas escorrendo pelo meu rosto, o coração acelerado e o medo ainda dominando meu corpo. O que era aquele jogo? O que ele realmente queria de mim? E o que aconteceria se eu não conseguisse escapar dele?

GHOSTFACE | MATTHEO RIDDLEOnde histórias criam vida. Descubra agora