CHAPTER 20 - Han.

54 13 25
                                    

Entrei dentro de casa e me lembrei da época em que meu pai era vivo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Entrei dentro de casa e me lembrei da época em que meu pai era vivo. Uau.. bons tempos. Ou talvez. Mesmo que eu sempre fale bem do meu falecido pai, ele nunca foi tanto. Talvez eu esteja lembrando dele por causa de Hyunjin. Eu era feliz na época e, sou muito feliz hoje. Ou eu acho que sou, pois eu só me engano. Minto pra mim mesma, querendo buscar alguma memória feliz. Ele era uma boa pessoa. Não tanto comigo mas, era. Eu tenho medo. Medo do que minha mente pode fazer para mim. Se eu tenho consciência de que um morto só se tornou bom pois morreu, o que mais ela pode fazer?

Like Van Gogh.
Você com certeza já ouviu falar desse artista.
Ah, as lindas e belas pinturas.
A noite estrelada, os girassóis, amendoeira em flor. essas e outras pinturas nunca deixaram de ter amarelo. Por que todas elas incluíam amarelo? Talvez você já tenha ouvido falar que Van Gogh amava amarelo mas, existem chances de você não saber um dos motivos: o amarelo é assimilarizado com a Alegria. Ah, amarelo. É uma linda cor, não é? Quem diria que o próprio Van Gogh comeria tinta amarela para tentar ser feliz...
Tá, ele tinha vários problemas mentais, mas como alguém poderia ser tão triste? Ah, eu sei. Eu sei muito bem.

"A tristeza durará para sempre".
Foi o que ele disse antes de se matar.
Literalmente as suas últimas palavras.

Mas o que isso tem a ver comigo?
Van Gogh não era tão reconhecido antes de morrer. Mas depois que se matou, ele se tornou um dos pintores mais famosos do mundo. Como isso, ou, por que isso acontece? Por que as pessoas dão valor somente aos mortos?!

Por que minha mente sempre diz que meu pai fez coisas que nunca fez? "Me levou ao parque", "fomos tomar sorvete", "me ensinou a escovar os dentes". Isso nunca aconteceu, então por que eu insisto em dizer que aconteceu? Talvez minha vida tenha sido tão difícil que eu só quero poder pensar em coisas boas, ao menos um dia.

Talvez eu não seja Van Gogh. Mas eu sou uma pessoa que preza por reconhecimento. Eu cobro muito de mim mesma mas, eu gosto disso. Eu gosto de sentir reconhecimento por mim mesma. Essa sou eu. Desde o início, eu sempre fui assim. Acha que eu vou mudar só porquê você diz que isso faz mal? Ou só porquê eu sei que isso faz mal pra mim? Não. Porque não sei mudar. Odeio mudanças e, são coisas que ninguém segura.

Me deitei em minha cama, sentindo um vento gelado vir da janela. Mas eu não abri a janela.
Fui até ela e fechei. Quem abriu, não sei. Olhei ao redor, novamente eu estava me sentindo vigiada.

Comecei a ouvir passos. Passos pesados. Até que ouço algum vidro se quebrar no corredor dos quartos. Fui até a porta e a tranquei. Verifiquei vendo se tudo estava fechado.

Meu celular.
Procurei na bolsa, na cama e no quarto inteiro, até que veio uma memória em minha mente: deixei no carro de Hyunjin. Puta que..

Os passos se aproximavam, me escondi no guarda-roupa e ouvi uma tentativa de abrir a maçaneta da porta. Sai do guarda-roupa peguei um taco de beisibol que Mysuki sempre me obriga a deixar debaixo da cama. A regra é clara: se for homem, eu bato no saco dele até ele morrer. Se for mulher, eu bato nos beijos.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

𝖧𝖾 𝖭𝖤𝖵𝖤𝖱 𝗅𝗈𝗏𝖾 𝗒𝗈𝗎 𝗅𝗂𝗄𝖾 𝖨 𝖣𝖮 - 𝖧𝗐𝖺𝗇𝗀 𝖧𝗒𝗎𝗇𝗃𝗂𝗇Onde histórias criam vida. Descubra agora